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Censo Escolar 2018: educação básica perde 1,3 milhão de matrículas desde 2014

Queda foi gradativa e culminou no maior índice dos últimos anos. Dados do Censo Escolar foram divulgados nesta quinta-feira (31).

Em 31/01/2019 11h07 , atualizado em 31/01/2019 12h57
Crédito da Imagem: Inep
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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta quinta-feira, 31 de janeiro, as estatísticas do Censo Escolar 2018. O levantamento identificou queda de 1,3 milhão nas matrículas da educação básica (ensinos infantil, fundamental, médio e Educação de Jovens e Adultos - EJA), entre 2014 e 2018. 

O Censo Escolar é realizado anualmente e o levantamento traz um panorama do cenário educacional do Brasil, levando em consideração as redes pública e particular de ensino. Em relação às matrículas, as estatísticas apresentadas pelo Inep mostram dados dos últimos cinco anos.

Matrículas

No geral, as matrículas da educação básica apresentaram queda ano após ano, com exceção de 2016, que registrou um pequeno acréscimo. Em 2014, quase 50 milhões de crianças e adolescentes estavam matriculados na educação básica. No ano passado, eram 48,4 milhões. A queda foi de 2,6%.

Comparativo de matrículas da educação básica
Crédito: Inep/MEC
  • Educação Infantil

As matrículas na educação infantil cresceram 11,1% nos últimos cinco anos, chegando a 8,7 milhões de estudantes matriculados. De acordo com o Censo, o crescimento é resultante do aumento da entrada em creches. 

  • Ensino Fundamental

O ensino fundamental registrou 27,2 milhões de matrículas em 2018, número 4,9% inferior ao registrado em 2014. Os anos finais tiveram maior queda em relação aos iniciais.

Sobre o regime do ensino fundamental, o Censo informou que 9,4% dos estudantes são de escolas de tempo integral, quantidade inferior aos 13,9% de 2017. Os colégios públicos ainda são maioria na oferta do ensino integral - 10,9% contra 2,2% dos particulares. 

  • Ensino Médio

O ensino médio registrou 7,7 milhões de matrículas no ano de 2018, uma queda de 7,1% em relação ao últimos cinco anos. De acordo com o levantamento, o motivo está na menor entrada de estudantes vindos do ensino fundamental e melhor fluxo no ensino médio, ou seja, maior aprovação dos estudantes.

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  • Educação de Jovens e Adultos (EJA) 

Também houve queda no número de matrículas da Educação de Jovens e Adultos (EJA). De acordo com o levantamento, 2018 apresentou 1,5% de matriculados a menos do que o ano anterior, totalizando 3,5 milhões de estudantes. 

  • Educação Profissional

Na contramão, a educação profissional registrou crescimento de 3,9% em relação a 2017. Segundo dados do Censo 2018, as modalidades que mais cresceram foram a concomitante e a integrada ao ensino médio, com 8,0% e 5,5% respectivamente. 

Matrículas no ensino técnico 
Créditos: Inep/MEC
  • Educação Especial

A Educação Especial deu um salto se comparada a 2014, já que foi registrado um crescimento de 33,2% nas matrículas. De acordo com o Censo, o aumento foi gerado pelo maior número de matriculados no ensino médio nesta modalidade educacional. 

  • Distorção de Idade

O Censo da Educação Básica também traz o levantamento sobre a chamada "distorção de idade", ou seja, quando o aluno está matriculado em uma série que não é a esperada para a sua idade. Os dados mostram que a distorção é maior em estudantes do terceiro ano do ensino fundamental, acentuando-se no sexto ano e na primeira série do ensino médio. 

A distorção é maior no sexo masculino, independente da etapa do ensino (fundamental ou médio), sendo a maior incidência na sexta série do ensino fundamental: 31% de homens em idade superior ao esperado contra 19,2% de mulheres. 

Taxas de distorção nas séries da educação básica
Créditos: Inep/MEC

Demais levantamentos

Além dos dados sobre os estudantes matriculados na educação básica, o Censo 2018 também apresenta informações sobre os professores e também a respeito das escolas. O levantamento completo pode ser conferido neste link.

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