PUBLICIDADE
O unicórnio é um ser mitológico emblemático, já que sua representação física e comportamental muda de acordo com o período histórico e com a localização geográfica. Geralmente, esse animal é retratado como um cavalo (normalmente branco na fase adulta), com apenas um chifre (corno) no centro da cabeça, por isso o nome “unicórnio”: só um chifre.
Apesar de sua figura mais conhecida em ilustrações, roupas e acessórios ser um cavalo bonito, de pelagem clara, alguns autores dão outras versões para sua aparência. O animal teria a predominância do cavalo em seu corpo, patas de elefante, cauda de leão ou javali e uma cabeça similar ao cervo. No entanto, o chifre está sempre presente nas diversas versões e é nele que se concentra a força e o poder do unicórnio.
Os mitos costumam nascer de elementos da natureza que realmente existem, dando-lhes o caráter fantástico para explicar sua criação. No caso do unicórnio, não há registros concretos que digam de onde esse ser mitológico surgiu. Com relação à sua aparência, um ancestral do antílope pode ter sido a inspiração, já que o animal pré-histórico tinha dois chifres muito próximos, localizados ao centro da cabeça, que de longe pareciam apenas um corno.
Comportamento e significado
A figura do unicórnio remete à pureza, à doçura. No entanto, esse animal é retratado em várias culturas como um ser arisco, arredio, de grande força e de certa agressividade, dotado de poderes em seu chifre, pelos e sangue, sendo, por isso, objeto de desejo de muitos caçadores.
A vulnerabilidade do unicórnio está na mulher, no feminino, já que somente moças virgens seriam capazes de domá-lo sem o uso da força. Com a necessidade da Igreja em propagar a figura da virgindade como “honra”, em especial na Idade Média, o mito do unicórnio ganhou mais força nas histórias da época.
O unicórnio e suas representações artísticas
O unicórnio é um mito que despertou o fascínio ao longo dos séculos, por isso é possível ver o animal estampado em diversos brasões, armas de guerra, tapeçarias e em estátuas. Na Escócia, por exemplo, o ser fantástico está presente em vários monumentos e é considerado o animal do país. Uma das hipóteses para esse uso de sua figura seria pela representação de poder, pureza e honra.
No mundo contemporâneo, o unicórnio virou artefato da cultura pop. Atualmente, o animal remete ao lúdico, aos sonhos, à liberdade e está presente em roupas, acessórios, maquiagens, itens de decoração entre outros.
Crédito da imagem: Antratic/Shutterstock
Por Lorraine Vilela
Jornalista