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Compreendermos acerca do assunto que ora se faz presente significa, antes de tudo, tomarmos consciência de que o VERBO representa o núcleo, a parte de maior representatividade, em se tratando do predicado. Passando adiante, sempre partindo desse princípio, de forma a analisar o papel que esse mesmo verbo representa, torna-se de fundamental importância dividi-lo em dois grupos específicos: Os verbos nocionais e os verbos não nocionais.
Assim, em face dessa realidade linguística, voltemos nosso olhar para a análise das características que norteiam ambas as modalidades – fato esse que nos auxiliará de forma significativa no entendimento acerca da relação que existe entre o sujeito e o verbo e entre ele (o verbo) e os respectivos complementos que a ele podem ser atribuídos – pressupostos esses os quais fundamentam a chamada predicação verbal.
Nesse sentido, vamos ao primeiro grupo: os nocionais. Eles, por sua vez, conceituam-se como aqueles que exprimem processos, isto é, indicam ação, atividade mental, fenômeno natural, desejo, acontecimento. Assim, quando neles se fala, é sempre bom lembrarque representam o núcleo dos predicados de que fazem parte. Citando alguns exemplos, temos:
NASCER
RELAMPEJAR
RACIOCINAR
DESEJAR
JULGAR
PRETENDER
PENSAR
OCORRER
CONSIDERAR
CANTAR...
Os considerados verbos não nocionais são representados por aqueles que expressam uma noção de estado, especificamente conhecidos como verbos de ligação. Eles, ao contrário dos nocionais, embora fazendo parte do predicado, não atuam como núcleo desse. Vejamos alguns casos representativos:
SER
ESTAR
CONTINUAR
PERMANECER
FICAR
ANDAR
PASSAR
ACHAR-SE
TORNAR-SE
ACABAR
Outra prerrogativa, também de igual importância nesse estudo, diz respeito ao fato de que o contexto em que se encontra empregado um dado verbo ser o elemento fundamental para tal caracterização, levando em conta as duas modalidades ora discutidas. Trocando em outras palavras, para sabermos se um verbo é nocional ou não nocional é preciso, primeiramente, analisarmos a situação em que ele se encontra empregado. Vejamos os exemplos, portanto:
Carlos anda depressa
Verbo nocional, uma vez indicando ação.
Carlos anda tristonho.
Verbo não nocional, sinalizando, pois, o estado em que se encontra o sujeito (Carlos).
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras