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Para que possamos compreender acerca do assunto sobre o qual iremos discutir, devemos estar atentos a um aspecto que se faz preponderante: o fato de o predicado ser constituído por um verbo ou por uma locução verbal. Dessa forma, a depender do papel que ambos desempenham em meio a um dado contexto, os verbos podem se classificar em nocionais e não nocionais. Nesse sentido, certifiquemo-nos das características que norteiam cada uma das modalidades em questão:
Verbos nocionais
Classificam-se como tais aqueles verbos que exprimem processos, ou seja, indicam ação, desejo, atividade mental, fenômeno natural, acontecimento, etc. Somando-se a esses pressupostos, cabe ressaltar que eles sempre serão o núcleo dos predicados de que fizerem parte. Conhecendo alguns deles, temos:
DANÇAR
FAZER
DIRIGIR
NASCER
DESEJAR
TROVEJAR
RELAMPEJAR
PENSAR
PRETENDER...
Verbos não nocionais
Definem-se por aqueles que exprimem estado de ser do sujeito, mais conhecidos como verbos de ligação. Quanto a eles, vale mencionar que, diferentemente do que ocorre com os nocionais, ainda que fazendo parte do predicado, não representam o núcleo desse (do predicado). São exemplos:
SER
ESTAR
FICAR
ANDAR
CONTINUAR
VIRAR
PERMANECER
TORNAR-SE
PERSISITIR
ACABAR...
Analisando alguns deles, pode até ser que, a princípio, podemos nos questionar quanto ao sentido que representam, pois muitos relacionam “visivelmente” à ação. Contudo, em se tratando do contexto em que se encontrarem inseridos, denotam não mais ação, mas sim, estado. Dessa forma, somente a situação comunicativa é que nos dará pistas para classificá-los em tal modalidade. Vejamos, pois, dois exemplos:
A garota virou uma fera.
Indica o estado de ser da garota, portanto, verbo não nocional.
A garota virou o pé.
Verbo nocional, indicando ação.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras