A imigração nos EUA é um fenômeno demográfico e social descrito como a entrada de pessoas no território estadunidense para se estabelecerem por tempo indeterminado. Por trás desse movimento, está a busca por melhoria de vida que atrai milhões de pessoas todos os anos para os EUA, tanto por vias legais quanto por vias ilegais. A região da fronteira com o México, ao sul, é uma das mais vigiadas do mundo justamente pelo volume de travessias ilegais que acontecem em direção ao território estadunidense.
Hoje 47,8 milhões de estrangeiros vivem nos EUA, cerca de 14% da população daquele país. Recentemente, com a reeleição de Donald Trump como presidente, a política de imigração tem passado por profundas transformações que buscam reduzir drasticamente a entrada e a permanência de imigrantes ilegais no país. As medidas, entretanto, têm aumentado um problema já existente anteriormente, o preconceito contra os imigrantes, ampliando a sensação de insegurança dos estrangeiros que vivem no país.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre a imigração nos EUA
- 2 - O que é a imigração nos EUA?
- 3 - O que é preciso para passar na imigração nos EUA?
- 4 - Políticas de imigração nos EUA
- 5 - Imigração nos EUA e a fronteira com o México
- 6 - Como está a imigração nos EUA atualmente?
- 7 - Preconceito contra imigrantes nos EUA
- 8 - Consequências da imigração nos EUA
- 9 - História da imigração nos EUA
Resumo sobre a imigração nos EUA
- Imigração nos EUA é o processo de entrada de pessoas vindas de territórios estrangeiros para se estabelecerem por período indeterminado naquele país.
- A busca por melhores condições de vida é uma das principais causas da imigração nos EUA.
- Ser aprovado na imigração nos EUA depende, inicialmente, da aprovação para o visto na categoria desejada e da apresentação dessa autorização junto de documentos oficiais, como passaporte e formulários devidamente preenchidos, conforme solicitado.
- A política de imigração dos EUA é atualizada constantemente de acordo com fatores como a conjuntura política do país. Até 2024, o país concedia visto de imigrantes por relações de parentesco de primeiro grau, trabalho, casamento e investimentos, por exemplo.
- Os EUA têm adotado uma política anti-imigração cada vez mais rígida que atua principalmente na região da fronteira sul com o México.
- Vivem nos EUA hoje 47,8 milhões de imigrantes, a maioria deles (77%) na condição de imigrante legal. O total de imigrantes representa 14,3% da população dos EUA.
- A maior parte dos imigrantes dos EUA tem origem latino-americana e asiática. Os principais países de origem desses imigrantes são México, Índia e China.
- A imigração nos EUA pode trazer consequências positivas para a economia devido à ocupação de postos de trabalho, à maior circulação de dinheiro (o que inclui o pagamento de impostos) e à abertura de novos negócios.
- O endurecimento das políticas de imigração e os discursos políticos direcionados contra os imigrantes ilegais têm aumentado o preconceito contra os estrangeiros que vivem nos EUA.
- A imigração é um processo histórico nos EUA e que acontece desde o século XV. Os europeus, principalmente espanhóis e ingleses, foram os primeiros estrangeiros a aportarem no território norte-americano.
O que é a imigração nos EUA?
A imigração nos Estados Unidos é o movimento de entrada de pessoas originárias de outros territórios que se deslocam para o país com o objetivo de se instalar e constituir moradia. Não está inclusa nessa definição a atividade turística, que consiste na permanência temporária no país. Imigrar significa, de fato, sair do seu país de origem e se mudar para outro.
Por trás da forte corrente migratória que chega aos EUA todos os anos, está o desejo por mudança de vida, buscando-se no país melhores salários, a oportunidade de transformação da própria realidade e, ainda, ajudar financeiramente a família ou pessoas próximas. Existem, é claro, outras razões para a imigração nos EUA, como transferências de trabalho, continuidade dos estudos ou mesmo tratamentos de saúde com técnicas ou tecnologias que são encontradas naquele país.
O que é preciso para passar na imigração nos EUA?
Passar na imigração nos EUA é um processo que difere de acordo com o país de origem. Tendo em vista que a entrada em um país estrangeiro se torna um tanto quanto burocrática, é necessário cumprir com as exigências de documentos e de preenchimento de formulários para cada modalidade de imigração.
Existem alguns documentos que são obrigatórios para a entrada no país, são eles:
- Passaporte válido, isto é, que não tenha ultrapassado a data de expiração. Caso isso tenha acontecido, é necessário solicitar a renovação no órgão responsável. No caso do Brasil, é a Polícia Federal que realiza a emissão e a renovação de passaportes.
- Formulário indicando a data de saída dos EUA no caso de não imigrantes, aquelas pessoas que vão visitar o país e ficar por tempo determinado. Esse documento é apresentado na alfândega e serve para o monitoramento do visitante durante seu período no território estadunidense. Junto dele, informações como o roteiro a ser realizado, a hospedagem e o motivo da viagem são requeridas.
- Formulários de migração no caso de imigrantes e de estudantes (intercambistas ou não) que vão se instalar por um prazo maior no país. No caso de intercambistas culturais, é necessário apresentar o registro de não imigrante.
- Visto válido obtido por meio do Consulado dos Estados Unidos no país de origem. O visto é um tipo de autorização para a entrada do indivíduo em um país estrangeiro. Não são todas as nacionalidades, entretanto, que precisam de um visto para ingressar no território estadunidense. Canadenses, por exemplo, não têm essa exigência. Existem, ainda, outros países que fazem parte do Programa de Isenção de Vistos (Visa Waiver Program), como Austrália, França, Alemanha, Reino Unido, Irlanda e outros, que apresentam normas específicas e prazos que permitem a entrada sem a necessidade de visto.
A obtenção do visto para os Estados Unidos pode ser um processo bastante lento e oneroso, com filas de espera para a entrevista que podem durar alguns meses. Soma-se a isso o fato de a aprovação para o visto, seja de turista, seja residente, não ocorrer na primeira tentativa, demandando o reinício do processo.
Entre as principais informações solicitadas durante a entrevista para o visto estadunidense, estão:
- motivo da viagem para o país e o destino (cidade, estado, endereço);
- tempo de permanência dos EUA;
- profissão da pessoa e a sua renda;
- viagens anteriores para os EUA e se possui visto para algum outro país;
- se o visto já foi negado em alguma tentativa anterior;
- se a pessoa irá sozinha ou acompanhada ao país;
- laços existentes no país de origem (trabalho, negócios), assegurando o retorno;
- presença de amigos ou familiares nos EUA;
- existência de antecedentes criminais.
Políticas de imigração nos EUA
A política de imigração nos EUA é determinada pela legislação estadunidense por meio do Ato de Nacionalidade e Imigração (INA, na sigla em inglês), estabelecido no ano de 1952. As normas que estão em vigência hoje, entretanto, passaram por uma série de transformações ao longo dos anos, atreladas ao posicionamento político-ideológico do governo que as altera, à conjuntura nacional e internacional e a disputas de ordem geopolítica que são travadas entre os EUA e países com os quais mantêm relações diplomáticas.
Até meados de 2024, o INA permitia a emissão de 675.000 vistos permanentes para imigrantes. Dentro dessa cota, não existia nenhuma limitação para determinados tipos de admissões, como aquelas por filiação (menores de 21 anos), casamento ou parentesco de primeiro grau (pais e filhos) com algum cidadão estadunidense.
À parte desse número, estavam as admissões de refugiados, cuja cota é definida anualmente pelo Congresso dos EUA em acordo com o presidente. Outro tipo de imigração que não apresentava cota determinada é a de asilo ou proteção humanitária, mas a aprovação dependia de regras estritas.
A política dos EUA permite o ingresso de pessoas na condição de imigrantes sob algumas circunstâncias, as quais determinam o tipo de visto a ser obtido. São elas:
- Imigração de base familiar, quando cônjuges, filhos menores de 21 anos de pais estadunidenses ou pais de filhos estadunidenses (maiores de 21 anos).
- Imigração para noivos(as) de cidadãos estadunidenses.
- Imigração por trabalho para exercer função em alguma empresa localizada nos EUA. Nesse caso, a imigração pode ser temporária ou permanente. Os vistos permanentes para o caso de trabalho são limitados a 140.000 por ano.
- Imigração de viúvos de cidadãos estadunidenses ou para investidores que criam vagas de emprego para um mínimo de 10 pessoas em empresa americana, sem nenhum vínculo familiar.
Para as pessoas que têm o Green Card — a autorização para a residência permanente nos EUA —, não é necessário obter nenhuma das autorizações precedentes de visto.
Na última década, a política de imigração dos EUA passou por vários processos de maior abertura e de endurecimento contra aqueles que tentam entrar no país de forma ilegal, isto é, sem algum dos documentos necessários para a viagem e permanência.
Em 2014, houve a flexibilização das regras para a regularização dos ilegais menores de idade ou para os filhos nascidos nos EUA de imigrantes ilegais. Mudanças nas administrações, entretanto, promoveram a maior rigidez das regras de imigração no país, sobretudo contra imigrantes ilegais que eram pegos atravessando a fronteira.
Os centros de detenção eram usados anteriormente como uma forma de tentar conter o avanço da imigração ilegal, focando principalmente em criminosos violentos. Em alguns casos, as famílias dessas pessoas também eram detidas. O índice de deportações com a implementação de tais políticas diminuiu bastante, ainda assim os EUA enviaram de volta para seus países de origem cerca de cinco milhões de pessoas entre janeiro de 2009 e dezembro de 2024.
Imigração nos EUA e a fronteira com o México
A fronteira dos EUA com o México é uma das áreas mais vigiadas do mundo. As estimativas indicam que, nos últimos quatro anos, quase oito milhões de pessoas cruzaram o limite entre os países para entrar no território estadunidense, o que representa dois milhões de travessias todos os anos. Essa área é alvo de muitos imigrantes que tentam entrar nos EUA sem os documentos oficiais, sendo eles oriundos de diversos países.
Considerando os dados oficiais a respeito da travessia, temos que o México é o principal emissor de migrantes pela fronteira sul dos EUA. Depois desse país estão Venezuela, Guatemala, Cuba e Honduras. No geral, os imigrantes que atravessam a fronteira entre México e EUA são principalmente de países americanos. Fora do continente, são os chineses que lideram o número de travessias naquela área.
Os imigrantes que tentam entrar ilegalmente nos EUA pela fronteira do México assim o fazem com a ajuda de coiotes, pessoas que detêm conhecimento sobre a geografia local e ajudam na travessia de grupos de migrantes em troca de uma quantidade alta de dinheiro.
Os riscos desse tipo de imigração são muito elevados, não somente por causa do patrulhamento de fronteira, que se utiliza de vigias de campo, veículos militares e drones 24 horas, mas, sobretudo, pelas condições adversas encontradas no caminho, como temperaturas extremas, seca e falta de recursos adequados.

Nos últimos anos, os EUA adotaram uma política de tolerância zero contra os imigrantes que tentam atravessar a fronteira ilegalmente. Isso significa que as pessoas que são pegas do lado estadunidense são detidas imediatamente. Os pedidos de asilo foram proibidos para pessoas capturadas tentando entrar ilegalmente nos EUA. Uma vez apreendidas, elas permanecem em território mexicano e, posteriormente, são deportadas para seus países de origem.
O patrulhamento da fronteira é feito de ambos os lados: tanto no México quanto nos EUA. A travessia de imigrantes indocumentados sempre foi ilegal e sujeita à punição, motivo pelo qual existem inúmeros postos de fronteira e mecanismos de defesa para a detecção de qualquer irregularidade.
Contudo, em 22 de janeiro de 2025, o então presidente dos EUA Donald Trump assinou um decreto proibindo qualquer tipo de entrada de imigrante ilegal pela fronteira com o México, fechando a divisa ao sul dos EUA. Essa era uma das suas principais promessas de campanha, além da extensão do muro entre os países.
Veja também: Imigração no Brasil — processo que marcou a história de formação do país
Como está a imigração nos EUA atualmente?
Os EUA são o país que mais recebe imigrantes em todo o mundo, abrigando aproximadamente 20% de todas as pessoas com status de imigrante. O número absoluto de pessoas nascidas no exterior e que vivem nos EUA atualmente é de 47,8 milhões, o que representa uma parcela de aproximadamente 14% dos habitantes daquele país.
Como vimos anteriormente, o México é o país de origem da maior parte dos imigrantes nos EUA. Hoje os mexicanos são quase um quarto do total de estrangeiros que mora no país. Na sequência temos Índia, China, Filipinas e El Salvador como origem dos imigrantes nos EUA.
Quase a metade dos imigrantes nos EUA conseguiram se naturalizar como cidadãos estadunidenses. Em conjunto com os demais que têm documentos para a permanência no país, os imigrantes legais representam 77% do total. Os imigrantes ilegais somavam cerca de 11 milhões de pessoas em 2022, uma parcela de 23% do total de estrangeiros em terras estadunidenses.
Com a volta de Donald Trump à presidência dos EUA, esses dados podem sofrer profundas alterações. Isso porque, como uma de suas promessas de campanha, Trump endureceu as políticas anti-imigração no país. Um dos decretos assinados logo nos primeiros dias de seu segundo mandato colocou fim na cidadania dada a filhos de imigrantes que nasciam nos EUA.
A medida foi barrada judicialmente de forma temporária, mas pode entrar em efeito em breve. Trump declarou, ainda, situação de emergência na fronteira com o México, o que permite o uso de aparato militar para o patrulhamento e segurança dessa região.

O número de prisões efetivadas por agentes do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos EUA (ICE) aumentou significativamente em janeiro de 2025, assim como a quantidade de denúncias feitas pelos próprios moradores a respeito de imigrantes.
Entretanto, a situação que se instalou de “deportação a todo custo” tem afetado até mesmo a vida daqueles que estão no país legalmente. Ainda em seu primeiro mês de retorno à Casa Branca, Trump ordenou a construção de um centro de detenção na base de Guantánamo, em Cuba, para alocar os imigrantes deportados que representem uma ameaça para o país, segundo ele, com capacidade para 30.000 pessoas.
Preconceito contra imigrantes nos EUA
O preconceito contra imigrantes é uma realidade nos EUA e atinge sobretudo as comunidades de estrangeiros oriundos de países latino-americanos, asiáticos, africanos ou árabes.
Esse tipo de ação, que pode ser classificada como xenofobia, advém de uma ideia equivocada de que os imigrantes são os principais responsáveis por questões como o desemprego, a crise econômica e o desequilíbrio nos sistemas sociais do país, como se eles “roubassem” as oportunidades dos cidadãos estadunidenses nascidos nos EUA. Parte desse preconceito tem origem, ainda, em estereótipos que são transmitidos sem qualquer contestação, principalmente contra minorias étnicas e religiosas.
Por conta, ainda, de ideais nacionalistas que são propagados, não é raro o registro de pessoas que sofrem ofensas verbais, que são excluídas de atividades do convívio social ou que são até mesmo agredidas por causa de sua origem. Em casos mais extremos, vê-se o cometimento de crimes de ódio contra os estrangeiros, que aumentaram significativamente nos EUA nos últimos anos. Junto do preconceito pela nacionalidade está, também, o preconceito racial e religioso, que, na maioria das vezes, acaba recaindo, também, sobre os próprios norte-americanos.
A radicalização política observada no país e o endurecimento das políticas anti-imigração aumentaram o preconceito contra povos estrangeiros. As recentes medidas que visam à deportação em massa de imigrantes condicionaram perseguições a imigrantes e denúncias realizadas por pessoas próximas, como vizinhos, contra pessoas que estão vivendo ilegalmente nos EUA. Tais ações ampliaram o medo e a insegurança de imigrantes no país.
Consequências da imigração nos EUA
A imigração nos EUA traz consequências positivas para muitos segmentos socioeconômicos do país. Um estudo recente do Gabinete de Orçamento do Congresso (CBO) indicou um aumento das receitas do país que pode ajudar na redução do deficit orçamentário nos próximos 10 anos, caso as tendências de imigração se mantenham elevadas.|1| O incremento de pessoas também traria melhorias no PIB dos EUA nos próximos anos.
Os imigrantes legais, sobretudo aqueles que se tornaram cidadãos estadunidenses, são também pagantes de impostos que trabalham nos mais diversos setores, sobretudo no setor comercial, nos serviços, na construção civil, na saúde e em atividades primárias. Muitos deles abrem seus próprios comércios e iniciam negócios que, além de contribuírem para a economia local, ampliam vagas de trabalho, ajudando tanto a comunidade de imigrantes quanto os cidadãos estadunidenses.
Por outro lado, a imigração nos EUA pode resultar em consequências negativas para os imigrantes, principalmente os ilegais. Aquelas pessoas sem documento têm acesso restrito a determinados serviços, em especial aqueles oferecidos pelo Estado, e ainda têm menor possibilidade de acessar o mercado formal de trabalho. Com o crescimento das políticas anti-imigração, observa-se o aumento do preconceito contra estrangeiros no país, o que afeta o bem-estar e a saúde física e, sobretudo, psicológica daqueles que imigraram para os EUA ainda que legalmente.
História da imigração nos EUA
Os EUA foram um conjunto de colônias de povoamento no século XV e, como tal, têm uma história marcada pela imigração desde o início da sua formação territorial. Desde esse período, os europeus foram os principais a imigrarem para as terras hoje pertencentes aos EUA para constituírem seus assentamentos. Os espanhóis e os ingleses foram os primeiros povos estrangeiros a se instalarem naquela região da América do Norte, tendo sido seguidos por holandeses, escoceses, alemães (germânicos, à época) e franceses ao longo de dois séculos.
Assim como observado em outras colônias da América, as colônias norte-americanas fizeram uso de mão de obra escravizada nas lavouras instaladas no sul, o que suscitou a imigração forçada de população oriunda de países africanos para o continente.
Estima-se que quase um milhão de pessoas migraram para os EUA até o final do século XVIII. Os imigrantes representavam quase 15% da população total nesse período. Na segunda metade do século XIX, o país já contava com uma população de migrantes de 14,3 milhões de pessoas, das quais a maioria era proveniente da Europa.
Até as primeiras décadas do século XX, mais precisamente 1920, a maioria da população que chegava aos EUA era originária do continente europeu. Dos mais de 18 milhões de imigrantes que viviam no país à época, 88% vinham do chamado Velho Continente. Os canadenses eram o segundo maior grupo, e perfaziam 5% da população de migrantes. O perfil demográfico das imigrações para os EUA começou a mudar somente a partir da segunda metade do século XX.
Os novos padrões de imigração são explicados por fatores como a imposição de cotas de imigração depois da Primeira Guerra Mundial, dando início às restrições legais na política de imigração estadunidense. Além disso, eventos locais, como a Revolução Mexicana, ampliaram as correntes migratórias do país latino para os EUA, uma tendência que continuou com o passar do tempo. Com a Segunda Guerra Mundial e as suas consequências, os EUA viram seu número de imigrantes subir rapidamente.
Considerando os últimos 50 anos, o país viu seu número de imigrantes saltar de 9,6 milhões na década de 1970 para 47,8 milhões em 2023. A parcela de imigrantes que compõem a população dos EUA hoje é parecida com a observada em 1890.
Entretanto, a sua demografia se alterou profundamente: os latino-americanos representam quase um terço dos imigrantes dos EUA, sendo a maior parte deles mexicana, e ajudam a formar maioria junto dos asiáticos. A Europa e o Canadá têm uma população que é de 12% dos imigrantes, enquanto os países africanos e do Oriente Médio contabilizam 9% dos estrangeiros vivendo nos EUA.|2|
Notas
|1| G1. Imigração nos EUA pode aumentar a produtividade, melhorar o PIB e reduzir o déficit, diz estudo. G1, 26 jul. 2024. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/07/26/imigracao-nos-eua-pode-aumentar-a-produtividade-melhorar-o-pib-e-reduzir-o-deficit-diz-estudo.ghtml.
|2| MOSLIMANI, Mohamad; PASSEL, Jeffrey. What the data says about immigrants in the U.S. Pew Research, 27 set. 2024. Disponível em: https://www.pewresearch.org/short-reads/2024/09/27/key-findings-about-us-immigrants/.
Crédito de imagem
[1] Erin Alexis Randolph / Shutterstock
Fontes
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ABDALA, Vitor. Em 16 anos, Estados Unidos deportaram 5 milhões de imigrantes. Agência Brasil, 31 jan. 2025. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/Em-16-anos%2C-Estados-Unidos-deportaram-5-milh%C3%B5es-de-imigrantes.
AMERICAN IMMIGRATION COUNCIL. How the United States Immigration System Works. American Immigration Council, 24 jun. 2024. Disponível em: https://www.americanimmigrationcouncil.org/research/how-united-states-immigration-system-works.
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CNN. Trump decreta fechamento da fronteira com México para imigrantes ilegais. CNN, 22 jan. 2025. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/eleicoes-nos-eua-2024/trump-decreta-fechamento-da-fronteira-com-mexico-para-imigrantes-ilegais/.
CUNHA, Carolina. Imigração nos EUA - a política de tolerância zero e o drama das crianças na fronteira. UOL Vestibular, [s.d.]. Disponível em:https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/imigracao-nos-eua-a-politica-de-tolerancia-zero-e-o-drama-das-criancas-na-fronteira.htm.
G1. Imigração nos EUA pode aumentar a produtividade, melhorar o PIB e reduzir o déficit, diz estudo. G1, 26 jul. 2024. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/07/26/imigracao-nos-eua-pode-aumentar-a-produtividade-melhorar-o-pib-e-reduzir-o-deficit-diz-estudo.ghtml.
GILDER, Lucy. How many migrants have crossed the US border illegally? BBC, 29 set. 2024. Disponível em: https://www.bbc.com/news/articles/c0jp4xqx2z3o.
MOSLIMANI, Mohamad; PASSEL, Jeffrey. What the data says about immigrants in the U.S. Pew Research, 27 set. 2024. Disponível em: https://www.pewresearch.org/short-reads/2024/09/27/key-findings-about-us-immigrants/.
Embaixada e Consulado dos Estados Unidos no Brasil. Disponível em: https://br.usembassy.gov/pt/.
TAVARES, Vitor. A ofensiva de Trump para barrar o 'turismo de nascimento' usado por brasileiros nos EUA: 'Estamos apreensivos'. BBC, 23 jan. 2025. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c9w58wnnr7po.
TAVARES, Vitor; SANCHES, Mariana. Medo de ir à igreja e 'terror psicológico' no WhatsApp: a mudança de rotina dos imigrantes brasileiros nos EUA. BBC, 29 jan. 2025.
WATSON, Tara. Immigrant Deportations: Trends and Impacts. Econofact, 09 out. 2024. Disponível em: https://econofact.org/immigrant-deportations-trends-and-impacts.