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Diabetes emocional

Diabetes emocional é uma expressão popular que se refere a um quadro de diabetes que surge após um problema emocional. Trata-se de um termo não reconhecido pela Medicina.

Médico verificando o nível de açúcar no sangue do paciente com glicosímetro.
Diabetes é uma condição em que o paciente apresenta aumento dos níveis de glicose no sangue.
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Diabetes emocional não é um dos tipos de diabetes reconhecidos oficialmente. Apesar de não ser considerado um tipo de diabetes, é fundamental esclarecer que problemas emocionais podem desequilibrar os níveis de açúcar no nosso organismo. Após o diagnóstico de diabetes, é fundamental que o acompanhamento se inicie o mais rápido possível e que mudanças de vida sejam adotadas.

Leia também: Mito ou verdade — o quiabo ajuda no tratamento da diabetes?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre diabetes emocional

  • Diabetes é uma doença crônica em que se observa aumento dos níveis de glicose no sangue.

  • Diabetes emocional não é um tipo de diabetes reconhecido oficialmente.

  • É fundamental analisar o indivíduo como um todo para identificar a real causa do diabetes, o qual não pode ser fruto exclusivo de algum evento estressante.

  • Mudanças no estilo de vida são essenciais para o controle do diabetes.

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O que é diabetes mellitus?

Diabetes mellitus é uma doença crônica que consiste na não produção de uma quantidade suficiente de insulina. Também pode ocorrer de a insulina produzida não atuar de maneira adequada no organismo.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que atua promovendo a entrada da glicose nas células para que ela possa ser aproveitada em diferentes atividades celulares. Quando ocorrem problemas na produção ou ação da insulina, a glicose permanece no sangue, uma situação conhecida como hiperglicemia e que caracteriza o diabetes.

O diagnóstico de diabetes é feito por meio da realização de exames, como glicemia de jejum, hemoglobina glicada e curva glicêmica. Após o diagnóstico, é fundamental que se inicie imediatamente o acompanhamento e tratamento do paciente a fim de evitar complicações.

O tratamento pode envolver mudanças na alimentação, adoção de prática de atividades físicas e, em alguns casos, o uso de insulina. O diabetes não possui cura, entretanto, é possível controlar a doença. Para saber mais, acesse: Diabetes mellitus.

O que é diabetes emocional?

Em primeiro lugar, devemos deixar claro que diabetes emocional não existe na Medicina, sendo esse termo utilizado por algumas pessoas para descrever a detecção do diabetes diante de um quadro de trauma ou estresse. Oficialmente, o diabetes é classificado em diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, diabetes gestacional e outros tipos.

Apesar de não existir formalmente um diagnóstico de diabetes emocional, é importante deixar claro que questões psicológicas podem influenciar os níveis de açúcar no sangue, o que possibilita que uma pessoa descubra o diabetes nessas circunstâncias. Entretanto, um problema emocional por si só não é a causa dessa doença.

Frutas e verduras sobre um prato de coração próximo a um glicosímetro sobre uma prancheta.
Uma alimentação balanceada ajuda no controle do diabetes.

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o estresse pode alterar diretamente a glicemia, e isso pode ocorrer de duas formas. Primeiramente, pessoas estressadas tendem a não se cuidar de forma adequada, o que faz com que muitos não se alimentem bem, não pratiquem atividade física e até mesmo abusem do álcool.

A segunda forma pela qual o estresse afeta a glicemia, de acordo com essa sociedade, é por meio dos hormônios de estresse, de modo que o estresse mental pode elevar ou diminuir muito a glicemia em casos de diabetes tipo 1, e em diabetes tipo 2, os níveis tendem a aumentar.

Diante de um quadro de diabetes após um problema emocional grave, é fundamental analisar o indivíduo como um todo para que as verdadeiras causas da doença possam ser elucidadas. O diagnóstico correto é essencial para um tratamento individualizado e correto.

Tipos de diabetes

Existem diferentes tipos de diabetes mellitus, sendo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, a classificação mais recomendada aquela que se baseia na sua etiopatogenia. De acordo com essa classificação, temos:

  • Diabetes tipo 1: O diabetes tipo 1 acomete mais comumente crianças e adolescentes e é resultado da ação de anticorpos que atacam as células produtoras de insulina. Esse tipo de diabetes não está associado a peso e obesidade.

  • Diabetes tipo 2: O diabetes tipo 2 é considerado o mais comum e está relacionado à obesidade e ao envelhecimento. Nesse caso, o paciente produz insulina, porém sua ação está dificultada, um quadro conhecido como resistência insulínica. O corpo então passa a produzir mais insulina a fim de manter os níveis de glicose em seus padrões. Quando o corpo não é mais capaz de controlar esse balanço, surge o diabetes.

  • Diabetes gestacional: Como o nome sugere, diabetes gestacional é um tipo diagnosticado durante a gestação e pode ser ou não transitório.

  • Outros tipos de diabetes: Os outros tipos de diabetes são raros e estão relacionados, por exemplo, com problemas genéticos, endocrinopatias, doenças do pâncreas exócrino e uso de determinados medicamentos.

 

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Diabetes emocional"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/diabetes-emocional.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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