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O pâncreas, uma importante glândula do corpo humano, é responsável pela produção de hormônios e enzimas digestivas. Por apresentar essa dupla função, essa estrutura pode ser considerada um órgão do sistema endócrino e digestório.
Com tamanho médio de 20 centímetros, o pâncreas está localizado no abdômen, em uma região atrás do estômago, entre o duodeno e o baço. Pesa cerca de 100 gramas e apresenta três regiões principais: a cabeça, o corpo e a cauda.
Por produzir enzimas e hormônios, o pâncreas é considerado um exemplo de glândula mista, ou seja, apresenta funções exócrinas e endócrinas. Sua função exócrina relaciona-se com a produção do suco pancreático, um produto rico em bicarbonato e que apresenta pH entre 7,8 e 8,2. Nesse suco, são encontradas várias enzimas, como a tripsina e a quimotripsina, que atuam em proteínas; a amilase, que atua nos polissacarídeos e dissacarídeos; as lipases, que quebram gorduras; e as nucleases, que agem sobre os ácidos nucleicos.
A eliminação do suco pancreático é regulada, principalmente, pelo sistema nervoso. Quando uma pessoa alimenta-se, vários fatores geram impulsos nervosos que promovem o funcionamento do pâncreas. Entre esses fatores, podemos citar o cheiro do alimento, o gosto e a chegada do bolo alimentar no estômago.
Além dos fatores nervosos, a produção do suco pancreático também ocorre graças à ação de dois hormônios: a secretina e a colecistoquinina. Esses hormônios são produzidos pela mucosa do duodeno quando estimulados pela chegada do alimento nessa região.
A função endócrina do pâncreas corresponde à sua capacidade de produzir insulina e glucagon, dois hormônios que garantem níveis adequados de açúcares no sangue. Esses hormônios são produzidos nas ilhotas de Langerhans, um grupo de células que possuem forma de esfera.
O pâncreas pode ser atingido por várias doenças, tais como a pancreatite, adenocarcinoma e diabetes tipo 1. Na pancreatite, ocorre a inflamação do pâncreas, que, na maioria dos casos, está relacionada com o consumo frequente de álcool. Os principais sintomas da pancreatite são dores abdominais, mal-estar, vômitos e emagrecimento.
Os adenocarcinomas são tumores que surgem no tecido glandular do pâncreas. São mais comuns após os 60 anos de idade e provocam perda de apetite, dores abdominais, emagrecimento, fraqueza, diarreia e tontura. O tratamento desse tipo de câncer é feito por meio da retirada do tumor e, em alguns casos, por radioterapia e quimioterapia.
No diabetes tipo 1, o pâncreas não consegue produzir insulina, o que faz com que o nível de glicose no sangue fique alto, um quadro denominado de hiperglicemia. A pouca produção do hormônio ocorre em razão do ataque do sistema imunológico às células beta, um grupo de células das ilhotas de Langerhans responsáveis pela produção de insulina.
Por Ma. Vanessa dos Santos