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HPV (papilomavírus humano) é um pequeno vírus de DNA capaz de infectar pele e mucosas de homens e mulheres. Vale salientar que não existe apenas um tipo de HPV, sendo possível identificar mais de 150 tipos diferentes, entre os quais 40 são responsáveis por infectar a mucosa genital.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Tipos de HPV
- 2 - Transmissão do HPV
- 3 - Sintomas do HPV
- 4 - HPV no homem
- 5 - HPV e câncer de colo de útero
- 6 - Diagnóstico de HPV
- 7 - Tratamento do HPV
- 8 - HPV tem cura?
- 9 - Prevenção contra HPV
- 10 - Vacina contra HPV
Tipos de HPV
Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, dos quais podemos destacar 12 tipos considerados de alto risco por estarem relacionados com o desenvolvimento de câncer de colo do útero, vagina, vulva, pênis, ânus e orofaringe. Temos ainda vírus de baixo risco, que não estão associados com o desenvolvimento de tumores.
Os 12 tipos de HPV de alto risco são os 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59. Os vírus dos tipos 16 e 18 destacam-se por serem responsáveis pela maioria dos casos de câncer de colo do útero identificados. Além de estarem relacionados com esse câncer, esses vírus são responsáveis por provocar o desenvolvimento de câncer de ânus, vagina e vulva, termo que diz respeito ao conjunto dos órgãos sexuas femininos externos.
Não podemos esquecer ainda os tipos 6 e 11, que, apesar de não serem responsáveis por desenvolver câncer, provocam verrugas genitais (condiloma acuminado).
Transmissão do HPV
A transmissão do vírus HPV é feita por meio do contato direto entre uma pessoa e a mucosa ou a pele de outra pessoa infectada pelo vírus. A infecção viral é possibilitada pela perda da continuidade da pele em alguns locais, causada, por exemplo, por pequenas lesões e traumatismos.
A principal forma de transmissão é por meio do contato sexual com pessoa contaminada, sendo importante salientar que a contaminação pode acontecer mesmo que não ocorra penetração no ato sexual. A via sexual inclui contato manual-genital, oral-genital e genital-genital. Além disso, apesar de ser menos frequente, o HPV pode ser transmitido no momento do parto e por meio do contato com objetos contaminados por secreções que apresentem o vírus, tais como roupas e toalhas.
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Sintomas do HPV
O HPV manifesta-se de maneira diferente em cada organismo. Em algumas pessoas, o HPV é assintomático, e o próprio organismo é responsável por eliminar esse vírus. Entretanto, em algumas pessoas e dependendo do tipo de HPV contraído, podem surgir sinais e sintomas, tais como verrugas genitais e lesões precursoras de câncer.
As verrugas genitais causadas pelo HPV podem ou não ser vistas a olho nu, sendo necessária, no caso de lesões muito pequenas, a utilização de equipamentos com lente de aumento para a visualização. De acordo com dados do Ministério da Saúde, estima-se que, aproximadamente, 10% das pessoas terão verrugas genitais ao longo de suas vidas. É importante destacar que, além das verrugas na região genital, algumas lesões podem surgir na cavidade oral.
No caso do câncer de colo do útero, as lesões podem ser ainda mais difíceis de serem descobertas. Geralmente, são identificadas apenas após a realização do exame Papanicolau, uma técnica em que se colhem células presentes no colo do útero e verificam-se alterações no laboratório. Desse modo, destaca-se a importância de a mulher visitar o ginecologista regularmente.
O surgimento de lesões ocasionadas pelo HPV pode acontecer após alguns meses da contaminação ou pode demorar anos. Segundo o Ministério da Saúde, em alguns casos, a manifestação da infecção pelo HPV pode demorar até 20 anos.
HPV no homem
O HPV também pode infectar o homem, causando verrugas e até mesmo câncer. As verrugas genitais no homem surgem, geralmente, na região do pênis, saco escrotal, ânus, virilha e coxas. Nesse sexo, o HPV apresenta relação com o desenvolvimento de câncer de pênis e de ânus. Vale salientar ainda que, assim como em mulheres, o HPV em homens pode ser assintomático.
HPV e câncer de colo de útero
O vírus HPV apresenta grande relação com o desenvolvimento de câncer de colo do útero, o segundo tipo de câncer mais comum entre mulheres. Estima-se que 98% dos casos desse tipo de câncer estejam relacionados com o HPV.
Vale salientar que, se as lesões forem identificadas precocemente e se elas forem tratadas de maneira adequada, o HPV pode não desencadear câncer. Sendo assim, é fundamental visitar com frequência o ginecologista.
Diagnóstico de HPV
Em virtude da ausência de sintomas em muitas infecções por HPV, o diagnóstico nem sempre é fácil. Quando ocorre o surgimento de verrugas, o médico poderá suspeitar da infecção por meio da análise dos sintomas. No que diz respeito às lesões precursoras de câncer de colo do útero ou mesmo do câncer propriamente dito, a suspeita é levantada, geralmente, por meio do exame Papanicolau, que pode acusar células anormais no colo do útero. A confirmação da infecção por HPV é feita por meio de exames de biologia molecular, que são capazes de indicar a presença do DNA viral.
Tratamento do HPV
As lesões causadas pelo HPV são tratadas, geralmente, por meio de procedimentos cirúrgicos, utilização de cremes, remoção de verrugas por congelamento, cauterização ou laser e por medicamentos que estimulam o funcionamento do sistema imunológico. Esses tratamentos possuem como objetivo principal reduzir ou até mesmo eliminar as lesões causadas pelo vírus.
HPV tem cura?
O HPV, geralmente, é destruído pelo próprio sistema imunológico, que pode conseguir uma cura completa da infecção. Nos casos em que o corpo não consegue eliminar o vírus, observa-se o surgimento de lesões. Fatores imunológicos e genéticos, tabagismo e uso prolongado de contraceptivo oral parecem contribuir para que o vírus permaneça no organismo.
Prevenção contra HPV
O HPV é transmitido pelo contato direto entre a pele e a mucosa infectada. Geralmente, esse contato acontece por via sexual. Entretanto, esse vírus pode ser transmitido também por objetos contaminados por secreções com vírus, sendo esses casos menos frequentes. Desse modo, para prevenir-se do HPV, deve-se:
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Utilizar camisinha em toda relação sexual. Vale destacar que, muitas vezes, observam-se lesões em áreas que não são protegidas pela camisinha. Portanto, mesmo com a camisinha, pode ocorrer a transmissão. Quando comparamos a camisinha feminina com a masculina, percebemos que a feminina é mais eficiente na prevenção contra HPV, pois ela consegue cobrir a região da vulva, diminuindo o contato direto durante o ato sexual.
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Reduzir o número de parceiros sexuais.
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Cuidar da higiene e não compartilhar objetos de uso pessoal.
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Realizar a vacinação, obedecendo sempre ao número de doses recomendadas.
Leia também: Como usar a camisinha feminina
Vacina contra HPV
A vacina contra HPV pode ser do tipo bivalente, que protege contra os tipos 16 e 18, ou quadrivalente, que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18. Os vírus 16 e 18 estão relacionados com o surgimento de lesões que podem causar câncer de colo do útero, vulva, vagina, pênis e ânus. Já os tipos 6 e 11 estão relacionados com o surgimento de verrugas genitais. Desse modo, a vacina quadrivalente protege contra os principais tipos causadores de verruga e contra os causadores de câncer. Já a vacina bivalente não protege contra verrugas genitais.
Tanto meninas quanto meninos devem vacinar-se contra HPV. Essa vacina é distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas com idades entre 9 anos e 14 anos e para meninos com idades entre 11 anos e 14 anos. Vale destacar ainda que adolescentes que chegaram aos 15 anos e não receberam as duas doses da vacina, transplantados, pacientes com câncer e pessoas com idades entre 9 anos e 26 anos que vivem com HIV também podem receber a vacina.
Curiosidade: O governo brasileiro começou as campanhas de vacinação contra o HPV no ano de 2014.