O solo é um dos elementos naturais mais importantes, uma vez que todos os seres vivos estão sobre ele. Todo sustento humano é retirado desse recurso.
Apesar da extrema importância que o solo desempenha, o seu uso realizado de forma inadequada facilita o aparecimento de vários problemas.
• Esgotamento dos solos: o crescente aumento das erosões é resultado da forma equivocada de plantio desenvolvida por muitos agricultores ao longo do território brasileiro, isso tem transformado grandes áreas produtivas em solos inférteis;
• Lixiviação: termo usado para designar um processo que ocorre quando as águas da chuva realizam uma espécie de “lavagem” do solo, retirando um elevado percentual de nutrientes, tornando-o menos fértil. Em decorrência desse fato, faz-se necessária a aplicação cada vez maior de fertilizantes.
• Laterização: é um processo que acontece em lugares nos quais predominam duas estações bem definidas (seca e chuvosa). Essa característica favorece a concentração de hidróxido de ferro e alumínio no solo. A concentração desses minerais forma a laterita, que torna difícil o manejo do solo em virtude do surgimento de uma ferrugem por cima dele, deixando-o mais duro.
As atividades agrícolas são agentes degradantes dos solos, causando anualmente a perda de milhões de toneladas. Veja a seguir alguns dados relacionados ao tipo de produção rural com seus respectivos resultados negativos.
Áreas constituídas por matas naturais: 4 quilos de solo por hectare ao ano.
Pastagem: 700 quilos de solo por hectare ao ano.
Cafezal: 1.100 quilos de solo por hectare ao ano.
Algodão: 38.000 quilos de solo por hectare anuais.
Sem plantação: 100.000 quilos por hectare ao ano.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
FREITAS, Eduardo de. "Degradação do solo no Brasil "; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/degradacao-solo-no-brasil.htm. Acesso em 28 de fevereiro de 2021.
“A região sudoeste do Rio Grande do Sul, na fronteira com a Argentina e o Uruguai, apresenta extensa faixa de solos arenosos suscetíveis à erosão, com locais severamente degradados. Esses solos apresentam reduzido conteúdo de argila e de matéria orgânica, baixos níveis de fertilidade e baixo grau de agregação – características relacionadas ao material geológico e aos processos de evolução das superfícies geomórficas e de retrabalhamento de sedimentos […]. O fator preponderante que propicia o estabelecimento dos processos de degradação é a perda da cobertura vegetal, expondo o material arenoso à incidência dos agentes erosivos”.
ROVEDDER, A. P. M.; ELTZ, F. L. F.. Revegetação com plantas de cobertura em solos sob erosão eólica no Rio Grande do Sul. Rev. Bras. Ciênc. Solo, Viçosa , v. 32, n. 1, p. 315-321, Feb. 2008 (adaptado).
O uso do solo de forma inadequada, associado à suscetibilidade natural dos solos na área apresentada pelo texto, ocasiona problemas referentes à:
a) desertificação
b) salinização
c) contaminação
d) arenização
e) hidromorfia
O mapa a seguir indica as áreas com maior incidência e risco de desertificação no Brasil.
Mapa indicativo das áreas suscetíveis à desertificação no Brasil
MMA, Secretaria de Recursos Hídricos. Atlas das áreas susceptíveis à desertificação do Brasil. Brasília: MMA, 2007. p.15.
Além do uso incorreto do solo, o principal fator natural responsável pela concentração do fenômeno em questão é:
a) a presença de vegetação xerófila
b) o elevado índice de evaporação
c) o excesso de micro-organismos
d) a acidez acentuada do terreno
e) a alta incidência de lixiviação
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