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Evento que acontecerá na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho de 2012, a Rio + 20 é a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. Esse encontro marca o vigésimo aniversário da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento que aconteceu na capital carioca no ano de 1992, e ficou conhecido como Rio-92, e também os dez anos da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu em Johanesburgo, África do Sul, no ano de 2002.
Durante esses dias, chefes de Estado e de Governo, ativistas ambientais, cientistas e representantes de mais de 150 países trabalharão dois temas principais: “A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza”, e a “Estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável”.
Na Rio + 20 os líderes farão um balanço de tudo o que foi feito nos últimos vinte anos, renovando o compromisso mundial com o desenvolvimento sustentável; avaliarão quais as lacunas que ainda existem na execução dos acordos internacionais; abordarão os novos desafios emergentes e discutirão novas formas de recuperar os estragos que já fizemos em nosso planeta, sem deixar de progredir.
Uma das grandes discussões da conferência será sobre o papel de uma instância global que seja capaz de unir as metas de preservação do meio ambiente com as necessidades contínuas de progresso econômico, isto é, progredir sem agredir o meio ambiente. Segundo o embaixadorAndré Aranha Correa do Lago, diretor do departamento de meio ambiente do Ministério das Relações Exteriores, e negociador-chefe do Brasil na Rio+20, “A questão institucional da conferência será a revisão do mandato do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), mas não exatamente a criação de uma organização mundial de meio ambiente, uma proposta dos europeus que o Brasil acha que não resolve os dilemas atuais. O que pedimos insistentemente é uma instituição que lide com desenvolvimento sustentável e não somente com meio ambiente. A proposta inicial europeia deturpa o conceito de desenvolvimento sustentável, é um retrocesso a 1972, ano da Conferência de Estocolmo, quando a preocupação deles era o fim dos recursos naturais”.
Ainda segundo o embaixador, “Os europeus estão voltando para a visão de mundo pré-1972. Defendem agora a criação de uma Organização Mundial do Meio Ambiente para salvaguardar os recursos naturais do planeta. Mas, salvaguardar para quem? Para eles?, É como se dissessem: vocês, os pobres, precisam planejar seu crescimento populacional e também gastar menos recursos naturais, porque nós, os ricos, precisamos deles”, resume o diplomata.
As alternativas pensadas para a diminuição do impacto da humanidade na Terra não é responsabilidade somente dos nossos governantes, mas nossa também. Afinal, todas as nossas atitudes do dia a dia, como o meio de transporte que utilizamos, o modo como descartamos o nosso lixo, o tempo que demoramos no banho, entre tantas outras atitudes, refletem de alguma forma no meio ambiente e, por consequência, em nossa vida.
Por Paula Louredo
Graduada em Biologia