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Osmose

Osmose é movimento da água através de uma membrana semipermeável. Esse movimento ocorre do meio com menor concentração do soluto para a região de maior concentração.

A osmose é um processo em que se observa a movimentação do solvente.
A osmose é um processo em que se observa a movimentação do solvente.
Crédito da Imagem: shutterstock
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Osmose é o movimento do solvente (água) através de uma membrana semipermeável do meio menos concentrado para o meio mais concentrado, de modo a igualar as concentrações em ambos os lados. Denomina-se de pressão osmótica a pressão que deveria ser aplicada à solução para que fosse interrompida a entrada de água.

Tópicos deste artigo

Como ocorre a osmose?

Imagine a situação a seguir: em um recipiente, são encontradas duas soluções com diferentes concentrações de solutos que estão separadas por uma membrana seletivamente permeável. Essa membrana permite a passagem de solvente (água), porém não permite a passagem de soluto. De um lado da membrana, temos uma solução com baixa concentração de soluto e, no outro lado, uma solução com alta concentração de soluto.

Observe que na osmose, a água segue do meio menos concentrado para o mais concentrado.
Observe que na osmose, a água segue do meio menos concentrado para o mais concentrado.

Nessa situação, observa-se que a água move-se da solução menos concentrada para a região da solução com maior concentração através da membrana seletivamente permeável. O movimento da água permanece até que as concentrações de soluto dos dois lados da membrana estejam iguais. Esse movimento da água é determinado de osmose.

Leia também: Osmose reversa na dessalinização das águas dos mares

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Osmose na célula animal

A célula animal apresenta diferentes respostas quando colocada em soluções de diferentes concentrações. Consideremos uma solução isotônica, uma solução hipertônica e uma solução hipotônica. Quando comparamos duas soluções e essas apresentam a mesma concentração de soluto, dizemos que ela é isotônica. Quando uma apresenta maior quantidade de soluto, ela é chamada de hipertônica. Por fim, temos a solução com menor quantidade de soluto, que é chamada de hipotônica.

Veja o que ocorre com as células animais quando submetidas a diferentes soluções.
Veja o que ocorre com as células animais quando submetidas a diferentes soluções.

Se colocarmos uma célula animal em um ambiente isotônico, a água flui na mesma proporção para dentro e para fora da célula. Nessa situação, observamos que o volume da célula não se altera. Quando uma célula animal é colocada em uma solução hipotônica, observa-se um aumento da entrada de água na célula por osmose. Nesse caso, a água aumenta o volume da célula rapidamente fazendo com que ocorra seu rompimento (lise).

Caso uma célula animal seja colocada em um ambiente hipertônico, observamos que a célula perde água para o ambiente por osmose. Nesse caso, verificamos que a célula murcha e pode morrer. Percebemos, portanto, que uma célula sem parede celular sobrevive bem em ambientes isotônicos, porém o mesmo não acontece quando submetida a condições hipertônicas ou hipotônicas.

Diante disso, muitos organismos possuem mecanismos para evitar esses problemas. O Paramecium, por exemplo, é encontrado em ambientes hipotônicos, porém para evitar a absorção excessiva de água, conta com um vacúolo contrátil. Esse vacúolo funciona como uma bomba que força o excesso de água para fora da célula do protozoário.

Leia também: O que é vacúolo?

Osmose na célula vegetal

A célula vegetal, bem como as células de alguns fungos e procariotos, possuem parede celular. Essa parede auxilia as células a sobreviverem em ambientes hipotônicos e hipertônicos. Em virtude da presença de parede, comporta-se de maneira diferente da célula animal. Essa estrutura atua impedindo a entrada excessiva da água.

Veja o que ocorre com as células vegetais quando submetidas a diferentes soluções.
Veja o que ocorre com as células vegetais quando submetidas a diferentes soluções.

Quando colocamos uma célula vegetal em solução hipotônica, a água entra por osmose nessa célula. Entretanto, diferentemente da célula animal, ela não se rompe, uma vez que a parede celular permite a entrada de água apenas até certo ponto, passando depois desse período a exercer uma pressão contrária que impede a entrada de água (pressão de turgor).

Nesse momento, dizemos que a célula está túrgida, sendo essa a situação ideal para uma célula vegetal. O turgor é importante, especialmente, para aquelas plantas não lenhosas, pois é ele que garante sustentação. Quando a célula vegetal é colocada em um meio isotônico, não é possível observar uma tendência de entrada de água em grande quantidade na célula. Nessa situação, a célula fica flácida.

Por fim, temos a célula vegetal em ambiente hipertônico. Nessa situação, a célula perde água e murcha. Fato interessante é que a perda de água nessa célula faz com que a membrana plasmática fique solta em algumas regiões da parede celular. Dizemos que nessa situação a célula sofre plasmólise. O processo de plasmólise pode ser revertido caso a célula seja colocada em água pura.

Osmose no dia a dia

A osmose pode ser observada no nosso dia a dia. Quando fazemos uma salada com alface, por exemplo, observamos que inicialmente as folhas estão vistosas, entretanto, após a adição de sal, as folhas murcham. Isso acontece, pois criamos um meio hipertônico, que fez com que a água saísse do vegetal por osmose. A saída da água faz com que as folhas murchem.

Leia também: Transporte ativo e passivo

Diferença entre osmose e difusão simples

Tanto a osmose quanto a difusão simples são exemplos de transporte passivo de substâncias através da membrana plasmática, ou seja, um transporte de substâncias em que não se observa gasto de energia. Entretanto a difusão simples difere-se da osmose, pois, no primeiro caso, observamos a movimentação do soluto, enquanto na osmose observamos a movimentação de água (solvente).
 

Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Osmose"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/osmose-2.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

De estudante para estudante


Videoaulas


Lista de exercícios


Exercício 1

(FUVEST) Pesquisadores norte-americanos produziram uma variedade de tomate transgênico que sobrevive em solos até 50 vezes mais salinos do que o tolerado pelas plantas normais. Essas plantas geneticamente modificadas produzem maior quantidade de uma proteína de membrana que bombeia íons sódio para o interior do vacúolo. Com base em tais informações, pode-se concluir que plantas normais não conseguem sobreviver em solos muito salinos porque, neles, as plantas normais

a) absorvem água do ambiente por osmose.

b) perdem água para o ambiente por osmose.

c) absorvem sal do ambiente por difusão.

d) perdem sal do ambiente por difusão.

e) perdem água e absorvem sal por transporte ativo.

Exercício 2

(Fatec -SP) É uma prática comum salgarmos os palitos de batata após terem sido fritos, mas nunca antes, pois, se assim for, eles murcharão.

E murcharão porque:

a) as células dos palitos de batata ficam mais concentradas que o meio externo a elas e, assim, ganham água por osmose.

b) as células dos palitos de batata ficam mais concentradas que o meio externo a elas e, assim, ganham água por transporte ativo.

c) as células dos palitos de batata ficam mais concentradas que o meio externo a elas e, assim, perdem água por transporte ativo.

d) o meio externo aos palitos de batata fica mais concentrado que as células deles, que, assim, perdem água por osmose.

e) o meio externo aos palitos de batata fica menos concentrado que as células deles, que assim, ganham água por pinocitose.