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Osmose é o movimento do solvente (água) através de uma membrana semipermeável do meio menos concentrado para o meio mais concentrado, de modo a igualar as concentrações em ambos os lados. Denomina-se de pressão osmótica a pressão que deveria ser aplicada à solução para que fosse interrompida a entrada de água.
Tópicos deste artigo
- 1 - → Como ocorre a osmose?
- 2 - → Osmose na célula animal
- 3 - → Osmose na célula vegetal
- 4 - → Osmose no dia a dia
- 5 - → Diferença entre osmose e difusão simples
→ Como ocorre a osmose?
Imagine a situação a seguir: em um recipiente, são encontradas duas soluções com diferentes concentrações de solutos que estão separadas por uma membrana seletivamente permeável. Essa membrana permite a passagem de solvente (água), porém não permite a passagem de soluto. De um lado da membrana, temos uma solução com baixa concentração de soluto e, no outro lado, uma solução com alta concentração de soluto.
Observe que na osmose, a água segue do meio menos concentrado para o mais concentrado.
Nessa situação, observa-se que a água move-se da solução menos concentrada para a região da solução com maior concentração através da membrana seletivamente permeável. O movimento da água permanece até que as concentrações de soluto dos dois lados da membrana estejam iguais. Esse movimento da água é determinado de osmose.
Leia também: Osmose reversa na dessalinização das águas dos mares
→ Osmose na célula animal
A célula animal apresenta diferentes respostas quando colocada em soluções de diferentes concentrações. Consideremos uma solução isotônica, uma solução hipertônica e uma solução hipotônica. Quando comparamos duas soluções e essas apresentam a mesma concentração de soluto, dizemos que ela é isotônica. Quando uma apresenta maior quantidade de soluto, ela é chamada de hipertônica. Por fim, temos a solução com menor quantidade de soluto, que é chamada de hipotônica.
Veja o que ocorre com as células animais quando submetidas a diferentes soluções.
Se colocarmos uma célula animal em um ambiente isotônico, a água flui na mesma proporção para dentro e para fora da célula. Nessa situação, observamos que o volume da célula não se altera. Quando uma célula animal é colocada em uma solução hipotônica, observa-se um aumento da entrada de água na célula por osmose. Nesse caso, a água aumenta o volume da célula rapidamente fazendo com que ocorra seu rompimento (lise).
Caso uma célula animal seja colocada em um ambiente hipertônico, observamos que a célula perde água para o ambiente por osmose. Nesse caso, verificamos que a célula murcha e pode morrer. Percebemos, portanto, que uma célula sem parede celular sobrevive bem em ambientes isotônicos, porém o mesmo não acontece quando submetida a condições hipertônicas ou hipotônicas.
Diante disso, muitos organismos possuem mecanismos para evitar esses problemas. O Paramecium, por exemplo, é encontrado em ambientes hipotônicos, porém para evitar a absorção excessiva de água, conta com um vacúolo contrátil. Esse vacúolo funciona como uma bomba que força o excesso de água para fora da célula do protozoário.
Leia também: O que é vacúolo?
→ Osmose na célula vegetal
A célula vegetal, bem como as células de alguns fungos e procariotos, possuem parede celular. Essa parede auxilia as células a sobreviverem em ambientes hipotônicos e hipertônicos. Em virtude da presença de parede, comporta-se de maneira diferente da célula animal. Essa estrutura atua impedindo a entrada excessiva da água.
Veja o que ocorre com as células vegetais quando submetidas a diferentes soluções.
Quando colocamos uma célula vegetal em solução hipotônica, a água entra por osmose nessa célula. Entretanto, diferentemente da célula animal, ela não se rompe, uma vez que a parede celular permite a entrada de água apenas até certo ponto, passando depois desse período a exercer uma pressão contrária que impede a entrada de água (pressão de turgor).
Nesse momento, dizemos que a célula está túrgida, sendo essa a situação ideal para uma célula vegetal. O turgor é importante, especialmente, para aquelas plantas não lenhosas, pois é ele que garante sustentação. Quando a célula vegetal é colocada em um meio isotônico, não é possível observar uma tendência de entrada de água em grande quantidade na célula. Nessa situação, a célula fica flácida.
Por fim, temos a célula vegetal em ambiente hipertônico. Nessa situação, a célula perde água e murcha. Fato interessante é que a perda de água nessa célula faz com que a membrana plasmática fique solta em algumas regiões da parede celular. Dizemos que nessa situação a célula sofre plasmólise. O processo de plasmólise pode ser revertido caso a célula seja colocada em água pura.
→ Osmose no dia a dia
A osmose pode ser observada no nosso dia a dia. Quando fazemos uma salada com alface, por exemplo, observamos que inicialmente as folhas estão vistosas, entretanto, após a adição de sal, as folhas murcham. Isso acontece, pois criamos um meio hipertônico, que fez com que a água saísse do vegetal por osmose. A saída da água faz com que as folhas murchem.
Leia também: Transporte ativo e passivo
→ Diferença entre osmose e difusão simples
Tanto a osmose quanto a difusão simples são exemplos de transporte passivo de substâncias através da membrana plasmática, ou seja, um transporte de substâncias em que não se observa gasto de energia. Entretanto a difusão simples difere-se da osmose, pois, no primeiro caso, observamos a movimentação do soluto, enquanto na osmose observamos a movimentação de água (solvente).
Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos