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Nematódeos, nematoides ou nematelmintos são vermes que possuem o corpo alongado, cilíndrico e afilado nas extremidades. Destacam-se por serem animais triblásticos, pseudocelomados, protostômios e com simetria bilateral. Alguns representantes apresentam poucos milímetros de comprimento, enquanto outros podem apresentar mais de um metro. São encontrados em diferentes hábitats, existindo espécies de vida livre e também espécies parasitas.
Ascaridíase, ancilostomíase, filariose e bicho-geográfico são doenças causadas por nematódeos que afetam os seres humanos. É importante destacar que há espécies parasitas de outros animais e também de plantas, sendo consideradas pragas de algumas culturas agrícolas.
Leia também: Platelmintos — os vermes de corpo achatado
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre nematódeos
- 2 - Videoaula sobre nematódeos
- 3 - Principais características dos nematódeos
- 4 - Habitat dos nematódeos
- 5 - Reprodução dos nematódeos
- 6 - Doenças causadas por nematódeos
Resumo sobre nematódeos
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Nematódeos são animais invertebrados que possuem corpos não segmentados, cilíndricos, alongados e com suas extremidades afiladas.
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São animais triblásticos, pseudocelomados, protostômios e com simetria bilateral.
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Possuem sexos separados e, geralmente, um acentuado dimorfismo sexual.
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O tamanho do corpo varia de poucos milímetros a mais de um metro de comprimento.
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Existem nematódeos parasitas e também espécies de vida livre.
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Ascaridíase, ancilostomíase, filariose e bicho-geográfico são doenças causadas por nematódeos.
Videoaula sobre nematódeos
Principais características dos nematódeos
Os nematódeos, também conhecidos como nematoides e nematelmintos, são animais invertebrados pertencentes ao filo Nematoda que apresentam corpos não segmentados, cilíndricos, alongados e com suas extremidades afiladas. Algumas espécies são microscópicas, enquanto outras podem atingir mais de um metro de comprimento.
Esses animais apresentam a parede do corpo formada externamente por uma cutícula complexa, e internamente, observa-se uma camada de músculos longitudinais. Os nematódeos são como um tubo dentro de outro, sendo o tubo interno o sistema digestório. Entre a parede corporal e o tubo digestivo há uma cavidade preenchida por líquido (pseudoceloma), que atua como um esqueleto hidrostático.
Os nematódeos são seres:
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Triblásticos: possuem três folhetos germinativos (ectoderme, endoderme e mesoderme).
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Pseudocelomados: possuem uma cavidade corporal, entretanto essa cavidade é delimitada em parte pela mesoderme, em parte pela endoderme.
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Protostômios: no desenvolvimento embrionário, a boca é formada antes do ânus.
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Bilateralmente simétricos: o corpo apresenta duas partes semelhantes, sendo seu corpo dividido por um único plano de simetria.
Nematódeos possuem sistema digestório completo, ou seja, seu tubo digestivo inicia-se com a boca e termina no ânus. Trata-se basicamente de um tubo praticamente reto que se estende da parte anterior do animal até a porção posterior.
O sistema nervoso dos nematódeos é parcialmente centralizado, sendo possível observar um anel nervoso ao redor da faringe. Nos nematódeos, o sistema respiratório está ausente, e as trocas gasosas ocorrem por difusão através do tegumento. Também não possuem sistema circulatório. Nos nematódeos, os nutrientes são transportados pelo corpo do animal no líquido encontrado no pseudoceloma.
Veja também: Os 8 principais grupos dos invertebrados — exemplos, características e algumas curiosidades
Habitat dos nematódeos
Os nematódeos podem ser encontrados em diferentes hábitats, sendo animais considerados muito bem-sucedidos ecologicamente. Eles podem ser observados, por exemplo, no ambiente terrestre, marinho e de água doce.
Algumas espécies de nematódeos são parasitas, que podem ser observadas, portanto, no corpo de outros seres vivos. Esse é o caso das lombrigas, que podem ser vistas habitando o intestino de alguns indivíduos.
Reprodução dos nematódeos
A maioria dos nematódeos é dioica, ou seja, existem indivíduos de sexos diferentes. Machos e fêmeas de algumas espécies apresentam nítido dimorfismo sexual, sendo possível observar, por exemplo, fêmeas maiores que os machos. A fecundação nos nematódeos é interna, e os machos colocam seus espermatozoides no poro genital das fêmeas. O ciclo de vida dos nematódeos pode ser direto ou indireto.
Saiba mais: Verminoses — doenças causadas por vermes nematódeos ou platelmintos
Doenças causadas por nematódeos
Algumas espécies de nematódeos destacam-se por serem parasitas, retirando os nutrientes que precisam do corpo de um hospedeiro. Dentre as espécies parasitas, existem aquelas que parasitam plantas e as que retiram seus nutrientes de animais, incluindo os seres humanos. Veja a seguir algumas doenças causadas por nematódeos em humanos.
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Ascaridíase: essa doença é causada pelo parasita Ascaris lumbricoides, a lombriga. A doença, em geral, não provoca sintomas, mas em algumas situações pode provocar diarreia, náusea, dor abdominal e anorexia. A obstrução intestinal pode ser observada quando um grande número de vermes é observada no intestino. Para saber mais sobre essa doença, clique aqui.
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Ancilostomíase: essa doença é causada por nematódeos da família Ancylostomidae: A. duodenale e Necator Americanus. É também conhecida por “amarelão”, devido ao fato de que em casos graves pode provocar anemia ferropriva. Para saber mais sobre essa doença, clique aqui.
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Filariose: é causada por um nematódeo chamado Wuchereria bancrofti, o qual é adquirido por meio da picada do mosquito Culex quinquefasciatus. A doença pode provocar a obstrução de vasos linfáticos, causando grande inchaço, principalmente na região das pernas, bolsa escrotal e mamas. Para saber mais sobre essa doença, clique aqui.
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Bicho-geográfico: é causado mais comumente pelo Ancylostoma brasiliensis, um nematódeo que parasita cachorros e gatos. Esses animais eliminam os ovos do parasita no solo, que, após eclodirem, liberam larvas que podem penetrar na pele dos seres humanos. A larva então começa a migrar no tecido subcutâneo, formando verdadeiros túneis, os quais provocam muita coceira. Para saber mais sobre essa doença, clique aqui.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia