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A filariose é uma doença parasitária provocada pelo nematelminto Wuchereria bancrofti, transmitido por mosquitos fêmeas dos Gêneros Culex, Anopheles, Mansonia ou Aedes, sendo o C. quinquefasciatus o mais frequentemente associado. No Brasil, Estados como Pará, Maranhão, Amazonas, Alagoas, Bahia, Pernambuco e Santa Catarina são locais nos quais houve notificações da doença.
Infectando somente humanos, tais vermes se direcionam ao sistema sanguíneo, provocando febre, dor de cabeça e mal-estar. Após sua maturação, período que varia entre três meses e um ano, instalam-se no sistema linfático, bloqueando os vasos, fazendo com que as pessoas acometidas passem a apresentar sinais claros de inchamento nos membros; e também nas mamas, no caso de mulheres, e testículos, em indivíduos do sexo masculino. Tais vermes adultos produzirão microfilárias, que circularão pelo sangue do paciente.
Infecções na pele e urina gordurosa também podem ocorrer e, em casos mais graves, o inchamento é tão grande que a pessoa pode apresentar deformações. Este quadro ocorre em cerca de 15% dos casos, geralmente como o resultado de infecções secundárias, relacionadas à falta de higiene, sendo popularmente chamado de elefantíase.
O diagnóstico é feito pela análise dos sintomas e também por exames de sangue, ou linfa. O tratamento dependerá do grau de evolução da doença; sendo em alguns casos específicos, sugerida a retirada cirúrgica dos vermes adultos.
Quanto à prevenção, a primeira medida é o tratamento das pessoas infectadas e doentes em decorrência deste nematelminto; aliada ao combate dos mosquitos transmissores. Além disso, é necessário que as pessoas acometidas sejam orientadas quanto à higienização das partes afetadas, inviabilizando a elefantíase. No que diz respeito a medidas individuais, o ideal é evitar a exposição aos mosquitos ou, quando isso não é possível, utilizar camisas de manga longa, calça comprida; e também repelentes de qualidade.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia