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Não é apenas no Brasil que a falta de água é uma problemática em destaque. Ao redor de todo o mundo, vários locais enfrentam a escassez desse precioso recurso natural, principalmente como consequência da falta do uso sustentável dos recursos hídricos. Diante da falta de água doce de qualidade, diversas alternativas surgiram para lidar com essa crise.
Uma das técnicas mais conhecidas é a dessalinização da água. Nesse processo, essa substância é retirada do oceano e é submetida a diversos tratamentos para que se torne própria para o consumo. Apesar de parecer um processo bastante prático, seu custo é muito alto, em razão, principalmente, do elevado gasto de energia. Entre os lugares que já realizam a dessalinização, destacam-se algumas cidades da Austrália.
A transposição de rios também é uma alternativa para levar água de locais onde esse recurso é abundante para áreas com pouca disponibilidade. Dentre os principais projetos de transposição conhecidos, destaca-se o da China, que tem como objetivo levar água do sul para o norte do país. O projeto, que deve ser finalizado em 2050, é audacioso e custará em torno de 62 bilhões de dólares para o país. A estratégia de transposição não é bem vista pela maioria dos ambientalistas, uma vez que provoca destruição de habitat, morte de várias espécies, impermeabilização do solo, além da desapropriação de terras e remoção de parcelas da população.
A exploração de aquíferos é outra alternativa para locais que sofrem com a falta de água. Essa já é uma realidade no Brasil e em muitos lugares do mundo, porém o uso de águas subterrâneas deve ser feito com muito cuidado, uma vez que sua extração excessiva pode prejudicar as gerações futuras. Além disso, um aquífero pode ser facilmente contaminado por substâncias tóxicas decorrentes de atividades agrícolas, lixões e vazamentos de esgoto, por exemplo. Sendo assim, é fundamental um estudo detalhado a respeito desas águas antes de seu uso.
O investimento em campanhas de conscientização sobre o uso da água e a proteção de mananciais é, sem dúvidas, a maneira mais correta de enfrentar a crise da escassez de água. Essa prática não afeta o ambiente, possui baixos custos e é eficiente a curto, médio e longo prazo. Gastando menos e protegendo as fontes existentes, a população permite que mais água de qualidade fique disponível, evitando assim a necessidade de futuros racionamentos.
Muitas pessoas devem pensar, no entanto, que a conscientização pode não levar a lugar nenhum. Porém, sem projetos que ensinem a proteger e a economizar a água, de nada adiantará a criação de novas fontes, uma vez que essas vão ser usadas de maneira irracional.
O uso consciente dos recursos naturais e o investimento em técnicas avançadas para tratamento de águas residuárias podem ajudar a desacelerar o processo de falta de água em todo o planeta. Com as mudanças climáticas, mau gerenciamento e o consumo exagerado, as expectativas não são as melhores para os próximos anos, sendo assim, é fundamental que cada um faça a sua parte.
Por Ma. Vanessa dos Santos