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Epistasia

A epistasia ocorre quando o alelo de um gene inibe a ação do alelo de outro gene. Ela pode ser tanto dominante quanto recessiva.

Na epistasia, um gene mascara a ação de outro.
Na epistasia, um gene mascara a ação de outro.
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Epistasia é um termo utilizado para se referir à interação entre alelos de diferentes genes, com um gene alterando a expressão de outro. É denominado gene epistático aquele que apresenta ação inibitória, enquanto gene hipostático é o que sofre inibição. Existem diferentes tipos de epistasia, sendo a dominante e a recessiva alguns desses tipos.

Leia também: Alelos letais — os genes que podem levar seu portador à morte

Tópicos deste artigo

Resumo sobre epistasia

  • Epistasia é a interação entre genes diferentes na qual o gene de um lócus inibe a expressão do gene de outro lócus.

  • O gene epistático inibe a expressão de outro gene.

  • O gene hipostático é o gene inibido.

  • A epistasia dominante ocorre quando um alelo dominante inibe a ação de alelos de outro par.

  • A epistasia recessiva ocorre quando um par de alelos recessivos inibe a ação de alelos de outro par.

O que é epistasia?

Epistasia é uma situação em que o gene de determinado lócus altera a expressão do gene de outro lócus. Pode-se dizer que a epistasia ocorre quando um gene mascara a ação de outro gene, podendo este estar ou não no mesmo cromossomo.

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Gene epistático e gene hipostático

Na epistasia, um gene mascara a expressão de outro. Eles são classificados em:

  • Gene epistático: exerce ação inibitória.

  • Gene hipostático: é inibido.

Classificação da epistasia

Existem diferentes tipos de epistasia. Aqui, consideraremos apenas a epistasia dominante e a recessiva.

  • Epistasia dominante: como o nome sugere, nesse tipo de epistasia, um alelo dominante inibe a ação dos alelos de outro par. Por ser um alelo dominante, a inibição ocorre mesmo que ele atue em dose simples.

  • Epistasia recessiva: nesse caso, a inibição acontece apenas quando o gene epistático ocorre de forma dupla.

Saiba mais: O que são células-tronco?

Exemplos de epistasia

A pelagem em cães labradores é um exemplo clássico de epistasia. Nesses animais, observa-se pelagens preta, marrom (labrador chocolate) ou amarela (labrador dourado). B e b são os dois alelos responsáveis pelas colorações preta e marrom, sendo a cor preta dominante. Assim, para que um labrador apresente pelos marrons, ele deve ser bb, enquanto a pelagem preta é observada em labradores Bb e BB.

A cor amarela, por sua vez, é determinada por um segundo gene, que determina se os pigmentos serão ou não depositados no pelo. Se um indivíduo apresenta o alelo dominante E, pigmento marrom ou preto será depositado. Entretanto, se o indivíduo for ee, sua pelagem será amarela, independentemente do genótipo no lócus para preto ou marrom.

Três cães labradores sobre a grama.
 A pelagem dos labradores é um caso de epistasia recessiva.

Nesse caso, podemos concluir que o gene para depósito de pigmento é epistático para o gene responsável pela coloração marrom ou preta. Trata-se de um exemplo de epistasia recessiva, pois quando o indivíduo é homozigoto recessivo no lócus para depósito de pigmento, as cores preta ou marrom não ocorrem. Desse modo:

  • indivíduos BBEE, BbEE, BBEe e BbEe são pretos;

  • indivíduos bbEE e bbEe são marrons;

  • indivíduos BBee, Bbee e bbee são amarelos.

Outro caso de epistasia pode ser observada quando analisamos a cor de cavalos. Nesses animais, a cor preta é condicionada pelo alelo dominante B, enquanto o castanho é condicionado por um alelo recessivo b. Indivíduos BB e Bb seriam, portanto, pretos, enquanto os bb seriam castanhos. Há, todavia, um segundo lócus, que modifica essa coloração. A presenta de um alelo dominante A modifica a cor preta para baia e a cor castanha para alazão. Desse modo:

  • indivíduos aaBB e aaBb são pretos;

  • indivíduos aabb são castanhos;

  • indivíduos AaBb e AABB são baios;

  • indivíduos AAbb e Aabb são alazões.

A pelagem dos cavalos, no entanto, ainda sofre a ação de um último gene. O alelo dominante W mascara a ação de outros alelos, modificando a cor da pelagem para branco. Vale salientar que o genótipo WW é inviável, e, nesse caso, o animal morre na fase embrionária.

  • Videoaula sobre dominância completa, incompleta e codominância

Exercícios resolvidos sobre epistasia

Questão 1

(PUC-RIO) As possíveis cores na pelagem dos cães da raça labrador retriever são resultantes de um processo de interação gênica epistásica entre dois loci autossômicos: B, responsável pela produção de melanina, e E, responsável pela deposição do pigmento nos pelos. O quadro abaixo apresenta os possíveis genótipos para cada fenótipo.

Fenótipo

Pelagem preta

Pelagem chocolate

Pelagem amarela

Genótipo

BBEE

BBEe

BbEE

BbEe

bbEE

bbEe

Bbee

Bbee

bbee


Considere as afirmativas abaixo.

I. O cruzamento entre cães de cor amarela e cães de cor chocolate não gerará prole de cor preta.

II. O cruzamento entre cães de cor preta poderá gerar prole com as três colorações.

III. O cruzamento entre cães de cor amarela só poderá gerar prole de cor amarela.

IV. O cruzamento entre cães de cor chocolate poderá gerar prole de cor preta e chocolate.

Está correto o que se afirma em:

a) somente I e II.

b) somente II e III.

c) somente I, II e III.

d) somente II, III e IV.

e) I, II, III e IV.

Resolução:

Alternativa B

A alternativa I está incorreta, pois cães de pelagem amarela podem apresentar o alelo B, que determina a cor preta, e os cães de cor chocolate apresentam pelo menos um alelo E, responsável pela deposição do pigmento. A afirmação IV também está incorreta, pois indivíduos de cor chocolate não possuem o alelo B, responsável pela coloração preta.

Questão 2

Sobre a interação gênica conhecida como epistasia, marque a alternativa incorreta:

a) Epistasia é um termo usado para se referir à interação entre alelos de genes diferentes na qual um gene altera a expressão de outro.

b) Gene epistático é aquele que inibe a expressão de outro gene.

c) Gene hipostático é aquele inibido pela ação de outro gene.

d) Na epistasia, um gene altera a expressão de outro localizado no mesmo lócus.

e) A pelagem em cães labradores é um exemplo de epistasia.

Resolução:

Alternativa D

Na epistasia, a interação ocorre entre alelos de diferentes loci, os quais podem estar ou não no mesmo cromossomo.

 

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Epistasia"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/epistasia.htm. Acesso em 15 de outubro de 2024.

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