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Pop art

A pop art é um movimento estético surgido na década de 1950, que dá destaque para a sociedade de consumo. O principal artista da pop art é o estado-unidense Andy Warhol.

Marilyns, obra do movimento pop art exposta em galeria.
Marilyns é uma famosa obra do movimento pop art, de autoria de Andy Warhol. [1]
Crédito da Imagem: Shutterstock.com
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Pop art é o nome de um movimento estético surgido na Inglaterra durante a década de 1950. Essa tendência artística ficou mundialmente conhecida quando chegou aos Estados Unidos, na década de 1960. Assim, seu principal representante é o famoso artista estado-unidense Andy Warhol.

Ao evidenciar a sociedade de consumo e a produção em massa, a pop art pode ser vista como uma crítica à sociedade de consumo. Mas também questiona o limite entre arte e produto, valoriza os meios de comunicação de massa e coloca em xeque a clássica superioridade artística.

Leia também: Dadaísmo — movimento cultural pós-guerra que pregava a “antiarte”

Tópicos deste artigo

Resumo sobre pop art

  • A pop art é um movimento artístico surgido na Inglaterra durante a década de 1950.

  • O auge desse movimento ocorreu nos Estados Unidos, durante a década de 1960.

  • O principal nome da pop art é o famoso artista estado-unidense Andy Warhol.

  • A pop art evidencia os elementos da sociedade de consumo e da cultura de massa.

  • A pop art chegou ao Brasil durante a Ditadura Militar.

  • Artistas brasileiros imprimiram nas obras sua insatisfação com o regime.

O que é pop art?

A pop art, ou arte pop, é um movimento das artes plásticas que teve seu auge na década de 1960. Seu foco principal é a publicidade e a sociedade de consumo.

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Origem e história da pop art

Oficialmente, a pop art surgiu na Inglaterra, em 1956, com a obra O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?, uma colagem de Richard Hamilton. Porém, foi a partir da década de 1960 que a pop art ficou em evidência no mundo inteiro, por meio de artistas dos Estados Unidos, como o famoso Andy Warhol.

Mas quem deu o nome de “pop art” ao movimento foi o crítico de arte inglês Lawrence Alloway (1926-1990). Antes disso, contudo, ele utilizou essa expressão, pela primeira vez, em 1954, ao se referir à existência de uma arte popular associada à indústria cultural que se fortalecia no pós-guerra.

Veja também: Você sabe a diferença entre o grafite e a pichação?

Quais são as características da pop art?

  • Utilização da técnica de colagem ou montagem.

  • Evidenciação de elementos do cotidiano.

  • Enaltecimento da vida moderna.

  • Aspecto irônico.

  • Valorização da cultura de massa.

  • Uso de técnicas da fotografia e da serigrafia.

  • Destaque para o individualismo da sociedade pós-guerra.

  • Visão de arte como algo popular, consumível, não durável.

  • Reflexão acerca da fama e dos ícones midiáticos.

  • Foco na sociedade de consumo e na publicidade.

  • Repetição de imagens, obras em série.

  • Cores fortes e brilhantes.

Objetivos da pop art

A pop art busca transformar em arte os elementos da cultura de massa. Quebra com a ideia de que existe uma cultura ou uma arte superior, de forma a contrariar a visão estética tradicional. Assim, coloca em foco a sociedade de consumo, os veículos de comunicação em massa e o prazer relacionado a tudo isso.

Evidencia a cultura do pós-guerra, em que predominam o consumo e a transitoriedade, além da produção em série, a qual torna algo barato e, por isso, popular. Ao lado do consumo, são destacados o prazer, a juventude, a fama, a sensualidade, o corpo e o individualismo. A pop art, portanto, pode ser vista como uma crítica à sociedade de consumo.

A pop art questiona o limite entre arte e produto. Defende que meios de comunicação populares, como a televisão, devem ser valorizados. Desse modo, combate a arte elitista, para poucos, e leva para o centro do debate estético as formas de comunicação de massa e os elementos de consumo do cotidiano da classe média.

Artistas da pop art

Andy Warhol, artista do movimento pop art, em frente a uma de suas obras.
Andy Warhol é o mais famoso representante da pop art.
  • Richard Hamilton (1922-2011) — inglês.
  • Roy Lichtenstein (1923-1997) — estado-unidense.

  • Eduardo Luigi Paolozzi (1924-2005) — escocês.

  • Robert Rauschenberg (1925-2008) — estado-unidense.

  • Andy Warhol (1928-1987) — estado-unidense.

  • Tom Wesselmann (1931-2004) — estado-unidense.

  • Peter Blake (1932-) — inglês.

  • James Rosenquist (1933-2017) — estado-unidense.

  • Edward Ruscha (1937-) — estado-unidense.

Principais obras da pop art

Latas de sopa Campbell, obra do movimento pop art, exposta em museu.
A obra Latas de sopa Campbell é a mais famosa criação de Andy Warhol.[2]
  • Bunk! Evadne in green dimension (1952), de Eduardo Luigi Paolozzi.
  • O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes? (1956), de Richard Hamilton.

  • On the balcony (1957), de Peter Blake.

  • I love you with my Ford (1961), de James Rosenquist.

  • Trademark (1962), de Edward Ruscha.

  • Drowning girl (1963), de Roy Lichtenstein.

  • Still life (1963), de Tom Wesselmann.

  • Marilyns (1964), de Andy Warhol.

  • Cadeira elétrica (1964), de Andy Warhol.

  • Latas de sopa Campbell (1968), de Andy Warhol.

  • Signs (1970), de Robert Rauschenberg.

Saiba mais: Tropicalismo — movimento de contracultura que marcou a década de 1960 no Brasil

Pop art no Brasil

Essa nova tendência artística chegou ao Brasil no final da década de 1960, durante a Ditadura Militar. Portanto, além dos elementos típicos da estética da pop art, os artistas brasileiros também imprimiram, em suas obras, a insatisfação diante do regime militar. Merecem destaque as seguintes obras e artistas brasileiros:

  • Guevara vivo ou morto (1967), de Claudio Tozzi (1944-).

  • Policiais identificados na chacina (1968), de Rubens Gerchman (1942-2008).

Créditos das imagens

[1] Kongkiat Samangsri / Shutterstock

[2] Stock Holm/ Shutterstock

Fontes

CAMERA, P. Arte & fotografia em movimento perpétuo. In: SILVA, J. A. P.; NEVES, M. C. D. N. (eds.). Imagem: diálogos e interfaces interdisciplinares. Maringá: EDUEM, 2021. p. 204-222.

MARI, M. O debate sobre a crise do condicionamento artístico: arte conceitual no Brasil (1964-1975). Sociologia & Antropologia, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, 2022.

SANTOS, M. S. G. O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes? Uma releitura de Richard Hamilton após cinco décadas. Ariús, Campina Grande, v. 20, n. 2, p. 212-224, jul./ dez. 2014.

Escritor do artigo
Escrito por: Warley Souza Professor de Português e Literatura, com licenciatura e mestrado em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUZA, Warley. "Pop art"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/artes/pop-art.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

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