Pop art é o nome de um movimento estético surgido na Inglaterra durante a década de 1950. Essa tendência artística ficou mundialmente conhecida quando chegou aos Estados Unidos, na década de 1960. Assim, seu principal representante é o famoso artista estado-unidense Andy Warhol.
Ao evidenciar a sociedade de consumo e a produção em massa, a pop art pode ser vista como uma crítica à sociedade de consumo. Mas também questiona o limite entre arte e produto, valoriza os meios de comunicação de massa e coloca em xeque a clássica superioridade artística.
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A pop art é um movimento artístico surgido na Inglaterra durante a década de 1950.
O auge desse movimento ocorreu nos Estados Unidos, durante a década de 1960.
O principal nome da pop art é o famoso artista estado-unidense Andy Warhol.
A pop art evidencia os elementos da sociedade de consumo e da cultura de massa.
A pop art chegou ao Brasil durante a Ditadura Militar.
Artistas brasileiros imprimiram nas obras sua insatisfação com o regime.
A pop art, ou arte pop, é um movimento das artes plásticas que teve seu auge na década de 1960. Seu foco principal é a publicidade e a sociedade de consumo.
Oficialmente, a pop art surgiu na Inglaterra, em 1956, com a obra O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?, uma colagem de Richard Hamilton. Porém, foi a partir da década de 1960 que a pop art ficou em evidência no mundo inteiro, por meio de artistas dos Estados Unidos, como o famoso Andy Warhol.
Mas quem deu o nome de “pop art” ao movimento foi o crítico de arte inglês Lawrence Alloway (1926-1990). Antes disso, contudo, ele utilizou essa expressão, pela primeira vez, em 1954, ao se referir à existência de uma arte popular associada à indústria cultural que se fortalecia no pós-guerra.
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Utilização da técnica de colagem ou montagem.
Evidenciação de elementos do cotidiano.
Enaltecimento da vida moderna.
Aspecto irônico.
Valorização da cultura de massa.
Uso de técnicas da fotografia e da serigrafia.
Destaque para o individualismo da sociedade pós-guerra.
Visão de arte como algo popular, consumível, não durável.
Reflexão acerca da fama e dos ícones midiáticos.
Foco na sociedade de consumo e na publicidade.
Repetição de imagens, obras em série.
Cores fortes e brilhantes.
A pop art busca transformar em arte os elementos da cultura de massa. Quebra com a ideia de que existe uma cultura ou uma arte superior, de forma a contrariar a visão estética tradicional. Assim, coloca em foco a sociedade de consumo, os veículos de comunicação em massa e o prazer relacionado a tudo isso.
Evidencia a cultura do pós-guerra, em que predominam o consumo e a transitoriedade, além da produção em série, a qual torna algo barato e, por isso, popular. Ao lado do consumo, são destacados o prazer, a juventude, a fama, a sensualidade, o corpo e o individualismo. A pop art, portanto, pode ser vista como uma crítica à sociedade de consumo.
A pop art questiona o limite entre arte e produto. Defende que meios de comunicação populares, como a televisão, devem ser valorizados. Desse modo, combate a arte elitista, para poucos, e leva para o centro do debate estético as formas de comunicação de massa e os elementos de consumo do cotidiano da classe média.
Roy Lichtenstein (1923-1997) — estado-unidense.
Eduardo Luigi Paolozzi (1924-2005) — escocês.
Robert Rauschenberg (1925-2008) — estado-unidense.
Andy Warhol (1928-1987) — estado-unidense.
Tom Wesselmann (1931-2004) — estado-unidense.
Peter Blake (1932-) — inglês.
James Rosenquist (1933-2017) — estado-unidense.
Edward Ruscha (1937-) — estado-unidense.
O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes? (1956), de Richard Hamilton.
On the balcony (1957), de Peter Blake.
I love you with my Ford (1961), de James Rosenquist.
Trademark (1962), de Edward Ruscha.
Drowning girl (1963), de Roy Lichtenstein.
Still life (1963), de Tom Wesselmann.
Marilyns (1964), de Andy Warhol.
Cadeira elétrica (1964), de Andy Warhol.
Latas de sopa Campbell (1968), de Andy Warhol.
Signs (1970), de Robert Rauschenberg.
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Essa nova tendência artística chegou ao Brasil no final da década de 1960, durante a Ditadura Militar. Portanto, além dos elementos típicos da estética da pop art, os artistas brasileiros também imprimiram, em suas obras, a insatisfação diante do regime militar. Merecem destaque as seguintes obras e artistas brasileiros:
Guevara vivo ou morto (1967), de Claudio Tozzi (1944-).
Policiais identificados na chacina (1968), de Rubens Gerchman (1942-2008).
Créditos das imagens
[1] Kongkiat Samangsri / Shutterstock
Fontes
CAMERA, P. Arte & fotografia em movimento perpétuo. In: SILVA, J. A. P.; NEVES, M. C. D. N. (eds.). Imagem: diálogos e interfaces interdisciplinares. Maringá: EDUEM, 2021. p. 204-222.
MARI, M. O debate sobre a crise do condicionamento artístico: arte conceitual no Brasil (1964-1975). Sociologia & Antropologia, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, 2022.
SANTOS, M. S. G. O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes? Uma releitura de Richard Hamilton após cinco décadas. Ariús, Campina Grande, v. 20, n. 2, p. 212-224, jul./ dez. 2014.
Fonte: Brasil Escola - https://brasilescola.uol.com.br/artes/pop-art.htm