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Candido Portinari

Candido Portinari foi um pintor paulista. Suas obras apresentam elementos neorrealistas, cubistas e expressionistas. A tela Café é uma de suas obras mais conhecidas.

O jovem Candido Portinari.
O jovem Candido Portinari.
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Candido Portinari foi um famoso pintor brasileiro. Ele nasceu em 29 de dezembro de 1903, na cidade de Brodowski, no estado de São Paulo. Mais tarde, estudou desenho e pintura na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. E não demorou a adquirir fama como pintor e expor suas obras no Brasil e em outros países.

O artista, que faleceu em 6 de fevereiro de 1962, no Rio de Janeiro, faz parte do Neorrealismo brasileiro — movimento artístico de caráter modernista. Suas obras apresentam temática social, além de elementos expressionistas e cubistas. Café, Retirantes e A primeira missa no Brasil são obras famosas de Portinari.

Leia também: Tarsila do Amaral — um dos mais conhecidos nomes da pintura nacional

Tópicos deste artigo

Resumo sobre Candido Portinari

  • O pintor brasileiro Candido Portinari nasceu em 1903 e faleceu em 1962.

  • Além de artista, também foi professor e candidato a senador.

  • Suas pinturas fazem parte da vertente neorrealista do Modernismo brasileiro.

  • Suas obras possuem temática social, além de traços expressionistas e cubistas.

  • As telas Café e Retirantes são suas pinturas mais famosas.

Biografia de Candido Portinari

Candido Portinari nasceu em 29 de dezembro de 1903, na cidade de Brodowski, no estado de São Paulo. Era filho de imigrantes italianos e tinha 11 irmãos. Em 1909, Portinari começou a fazer seus primeiros desenhos. Dois anos depois, auxiliou pintores italianos na restauração da igreja de sua cidade natal.

Em 1918, foi para o Rio de Janeiro, onde estudou desenho no Liceu de Artes e Ofícios, além de ingressar na Escola Nacional de Belas Artes para estudar desenho e pintura. Já em 1922, fez sua primeira exposição no Salão da Escola Nacional de Belas Artes. E, em 1929, uma exposição individual patrocinada pela Associação dos Artistas Brasileiros.

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Nesse ano, viajou pela primeira vez à Europa. Conheceu a Itália, a Espanha e a Inglaterra. E passou a morar em Paris, na França. Nessa cidade, conheceu, em 1930, a uruguaia Maria Martinelli (1911-2006). Casado, voltou ao Rio de Janeiro em 1931. Nos anos de 1932 e 1933, realizou exposição individual no Palace Hotel.

Começou a dar aulas de Pintura Mural e de Cavalete, em 1935, na Universidade do Distrito Federal. Também participou da Exposição Internacional do Instituto Carnegie, nos Estados Unidos. Porém, em 1939, a universidade onde trabalhava foi fechada. No ano seguinte, participou de exposições nos Estados Unidos.

No ano de 1942, pintou quatro afrescos, durante alguns meses, para a Fundação Hispânica da Biblioteca do Congresso, nos Estados Unidos. Depois de realizar vários trabalhos no Brasil, participou de exposição na Galeria Charpentier, em Paris, no ano de 1946. No ano seguinte, se candidatou ao cargo de senador, pelo Partido Comunista de São Paulo.

Perdeu a eleição, mas apresentou uma exposição individual na Argentina e no Uruguai. Em 1950, participou da XXV Bienal de Veneza, na Itália. Havia alguns anos, vinha fazendo murais e painéis, além de ilustrações para livros. Em 1953, a saúde se mostrou abalada, devido a uma intoxicação com tintas.

Por causa desse problema de saúde, em 1954, os médicos o aconselharam a dar um tempo com a pintura. Dois anos depois, expôs na Itália e em Israel. E, em 1957, na Maison de la Pensée, em Paris, e também em Munique, na Alemanha. A partir de então, fez muitas exposições internacionais, pois já era conhecido mundialmente.

O pintor se separou de sua esposa em 1960, mas eles continuaram amigos. No ano seguinte, em 1961, o artista teve mais problemas de saúde causados pela intoxicação. E, em julho desse ano, apresentou sua última exposição nacional. Assim, faleceu em 6 de fevereiro de 1962, no Rio de Janeiro.

Características da produção artística de Portinari

O lavrador de café, importante obra de Portinari.[1]
O lavrador de café, importante obra de Portinari.[1]

As obras de Candido Portinari fazem parte da vertente neorrealista do Modernismo brasileiro. Portanto, apresentam temática social. Pessoas do povo são retratadas, de forma a mostrar as injustiças sociais. Suas pinturas mostram o cotidiano do brasileiro comum, além da realidade dos marginalizados.

Apesar de ser lembrado pelo seu expressionismo social, Portinari também sofreu influência do Cubismo. No mais, suas telas apresentam caráter nacionalista e dão protagonismo ao trabalhador rural e à pessoa negra. A pobreza é retratada em seu aspecto dramático.

Leia também: Anita Malfatti — a precursora do Modernismo no Brasil

Museu Casa de Portinari

Na cidade de Brodowski, a casa onde Candido Portinari morou é o Museu Casa de Portinari, desde 1970. A Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo é responsável pelo espaço. De grande importância cultural, a casa-museu possui obras de pintura mural em suas paredes.

Por isso, no final de 1968, a residência foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. No início de 1970, também foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo. Assim, o museu foi inaugurado em 14 de março de 1970.

Principais obras de Portinari

Criança morta, obra de Portinari.
Criança morta, de 1944, é uma das principais obras de Portinari.[2]
  • O lavrador de café (1934).

  • Café (1935).

  • Lavadeiras (1937).

  • Descoberta da terra (1941).

  • Retirantes (1944).

  • Criança morta (1944).

  • Meninos soltando pipas (1947).

  • A primeira missa no Brasil (1948).

  • Tiradentes (1948).

  • Sagrada família (1952).

Homenagens, títulos e prêmios de Portinari

  • Medalha de bronze do Salão Nacional de Belas Artes (1923).

  • Medalha de prata do Salão Nacional de Belas Artes (1925).

  • Medalha de prata do Salão Nacional de Belas Artes (1927).

  • Prêmio de Viagem ao Estrangeiro (1928).

  • Menção honrosa pela tela Café, na Exposição Internacional do Instituto Carnegie, nos Estados Unidos (1935).

  • Legião de Honra, condecoração do governo francês (1946).

  • Medalha de Ouro da Paz do II Congresso Mundial dos Partidários da Paz, em Varsóvia (1950).

  • Medalha Pintor do Ano, do Fine Arts Council, em Nova Iorque (1955).

  • Prêmio Nacional de Guggenheim, em Nova Iorque (1956).

  • Prêmio Hallmark, em Nova Iorque (1957).

  • Estrela de Ouro, em Bruxelas (1958).

Créditos da imagem

[1] Wikimedia Commons

[2] Wikimedia Commons

Fontes:

ABAURRE, Maria Luiza M.; PONTARA, Marcela. Literatura: tempos, leitores e leituras. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2015.

BERNARDO, Hebe de Camargo. Os trabalhadores do Café: análise de uma obra de Portinari. 2012. Dissertação (Mestrado em Artes) – Instituto de Artes, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 2012.

LEHMKUHL, Luciene. O Café de Portinari na Exposição do Mundo Português — agente catalisador do neorrealismo. Anais do Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro, v. 54, p. 1-20, 2021.

MUSEU CASA DE PORTINARI. Linha do tempo. Disponível em: https://www.museucasadeportinari.org.br/candido-portinari/linha-do-tempo/.

MUSEU CASA DE PORTINARI. O museu. Disponível em: https://www.museucasadeportinari.org.br/institucional/o-museu/.

SELIS, Lara Martim Rodrigues. Deslimites da razão: um estudo sobre a teoria neorrealista de Kenneth Waltz. 2011. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais) – Instituto de Relações Internacionais, Universidade de Brasília, Brasília, 2011.

Escritor do artigo
Escrito por: Warley Souza Professor de Português e Literatura, com licenciatura e mestrado em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUZA, Warley. "Candido Portinari"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/artes/candido-portinari.htm. Acesso em 30 de dezembro de 2024.

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