O intemperismo é o processo de transformação das rochas por desagregação (física) ou decomposição (química) de suas estruturas, dando origem aos sedimentos e interferindo em processos sedimentares, como a erosão, a diagênese e a pedogênese (formação dos solos).
As rochas, ao aflorarem na superfície, tornam-se expostas aos agentes externos ou exógenos de transformação do relevo, tais como a água e a força dos ventos. Com isso, elas desagregam-se em processos de oxidação ou “lavagem” de suas coberturas, além de permanecerem expostas às variações de temperatura. Todos esses efeitos são considerados eventos intempéricos.
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Quais são os tipos de intemperismo?
O intemperismo químico ocorre quando há uma decomposição dos minerais que estruturam as rochas. Esses minerais transformam-se de primários para secundários, a exemplo dos argilominerais. Quando uma rocha decompõe-se e o seu material transforma-se em argila pela ação da água, temos aí um exemplo de intemperismo químico.
O intemperismo físico ocorre quando há uma desagregação ou quebra das partículas de rochas, sendo que as suas estruturas fragmentam-se em pequenos sedimentos. Quando uma rocha se quebra em vários pedaços ou partículas de poeira, temos um exemplo de intemperismo físico.
Quais são os fatores que influenciam o intemperismo?
Existem vários fatores que controlam a ação do intemperismo. Os principais são:
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- clima;
- relevo;
- a composição da rocha-mãe;
- o seu tempo de exposição e
- a ação dos seres vivos.
O clima é o mais relevante fator de influência e controle sobre o intemperismo. Isso porque ele interfere na ação dos principais agentes de decomposição e desagregação das rochas, como a água (controlada pelo regime de chuvas) e as temperaturas. Se chove muito em uma região, aumentam os casos de intemperismos químicos; se a estiagem prolonga-se, aumentam os casos de intemperismos físicos, uma vez que as rochas e os solos desagregam-se em função do calor.
O relevo influencia o intemperismo através de suas fisionomias e disposições. Um exemplo é a declividade. Em zonas de declives acentuados, a água corre mais rápido, gerando um maior impacto sobre as rochas e proliferando ações intempéricas.
A composição da rocha-mãe também é um fator muito importante nesse processo. Isso significa que rochas que possuem minerais mais resistentes tendem a ser igualmente mais resistentes às ações do intemperismo.
O tempo de exposição dessa rocha à ação dos agentes intempéricos também é outro ponto de destaque. Formações que se afloraram na superfície em tempos geologicamente remotos apresentam um maior grau de transformação, enquanto relevos mais jovens costumam ser mais acidentados e menos sedimentados.
Os seres vivos, embora em menor intensidade, também contribuem para as transformações ocasionadas pelo intemperismo. A deposição de matéria orgânica nos solos, por exemplo, aumenta a acidez da água e favorece a decomposição química de alguns minerais que compõem as rochas, que vão sendo destruídas aos poucos.
Por Me. Rodolfo Alves Pena