Neurodiversidade é um termo utilizado para se referir às diferentes formas que a mente humana pode se comportar. Nenhuma pessoa é igual à outra, inclusive a forma como ocorre o funcionamento neurocognitivo. Diante dessa ideia, o termo neurodiversidade foi cunhado com o propósito de demonstrar que as variações das condições neurológicas na espécie humana é normal e deficiências que afetam essa área não devem ser vistas como doenças ou incapacidades. Nesse contexto surgiu o movimento de neurodiversidade, que busca, entre outros aspectos, o respeito e a inclusão social.
Neurodiversidade é um termo usado para se referir às diferenças neurológicas existentes entre os indivíduos.
De acordo com essa ideia, a mente humana pode funcionar de diferentes formas, e esse funcionamento atípico não deve ser encarado como uma doença ou incapacidade.
Um indivíduo neurotípico é aquele que não possui alterações neurológicas ou no neurodesenvolvimento.
Um indivíduo neurodivergente é aquele que apresenta um funcionamento neurológico fora do padrão esperado pela sociedade.
O termo “neurodiversidade” foi criado por Judy Singer, uma socióloga australiana. Seu objetivo era promover o respeito e a inclusão social.
A compreensão de que somos seres humanos diversos é muito positiva ao desenvolvimento de pessoas neurodivergentes, que passam a não ser mais vistas como doentes ou incapazes.
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Neurodiversidade: o que significa?
Neurodiversidade é um conceito que traz a ideia de que as condições neurológicas diversas dos indivíduos são normais no genoma da espécie humana. De acordo com esse conceito, não devemos observar pessoas com funcionamento neurocognitivo diverso como doentes ou incapacitadas. As conexões neurológicas atípicas são, portanto, uma diferença humana que deve ser respeitada, assim como a etnia e a diversidade sexual.
No conceito de neurodiversidade estão incluídas todas as pessoas. Assim sendo, o conceito abrange tanto pessoas que não possuem alterações neurológicas ou no neurodesenvolvimento, chamadas de neurotípicas, quanto aquelas que possuem transtornos e deficiência mental, denominadas neuroatípicas ou neurodivergentes.
Atualmente, a neurodiversidade é também vista como movimento social. O movimento de neurodiversidade objetiva, acima de tudo, que as pessoas neurodivergentes sejam vistas com igualdade e tenham seus direitos respeitados. Além disso, busca a inclusão social e o respeito para com essas pessoas.
Diferença entre neurotípico e neurodivergente
Neurotípico: é o indivíduo que não possui alterações neurológicas ou no neurodesenvolvimento. O seu funcionamento neurológico é o esperado pela sociedade.
Neurodivergente: é o indivíduo que possui alterações neurológicas ou no neurodesenvolvimento e que apresenta um funcionamento neurológico fora do padrão esperado pela sociedade. São consideradas pessoas neurodivergentes aquelas que apresentam variações cognitivas, como:
Transtorno do espectro autista (TEA): esse transtorno de desenvolvimento caracteriza-se, entre outros aspectos, por provocar deficit de socialização e comunicação.
Transtorno de deficit de atenção com hiperatividade (TDAH): caracteriza-se por provocar sintomas como falta de atenção, impulsividade e inquietação.
Dislexia: transtorno em que o indivíduo apresenta dificuldades no que se refere à escrita e leitura.
Dispraxia: trata-se de uma disfunção neurológica que compromete a capacidade de coordenação. Pode provocar atraso na fala e no desenvolvimento.
O termo neurodiversidade surgiu nos anos 1990 e foi cunhado pela socióloga australiana Judy Singer. De acordo com a visão de Singer, que também está no espectro autista, diferenças neurológicas não devem ser tratadas como doenças e sim como diferenças que não precisam de cura. O objetivo da socióloga sempre foi promover a igualdade e a inclusão.
Por que assumir que somos diferentes ajuda no desenvolvimento de pessoas neurodivergentes?
Quando assumimos que somos diversos e que as diferenças não representam nenhuma doença ou incapacidade, assumimos uma postura mais positiva diante das dificuldades.
Imagine, por exemplo, uma criança com dificuldades em determinadas disciplinas escolares. Se ela é taxada como uma pessoa incapaz por ser neurodivergente, suas dificuldades serão mais difíceis de serem amenizadas ou mesmo superadas. A ideia de neurodiversidade mostra que todos nós somos diferentes e apresentamos dificuldades em algum campo da vida.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
SANTOS, Vanessa Sardinha dos.
"O que é neurodiversidade?"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-neurodiversidade.htm. Acesso em 21 de novembro
de 2024.