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Os Estados Unidos da América foram colonizados, no século XVIII, inicialmente por imigrantes ingleses. Essa colonização ocorreu pela Costa Leste atlântica, o que resultou nas chamadas Treze Colônias, isto é, o “embrião” do que viria a ser o país. Quando veio a Independência, em 04 de julho de 1776, essas colônias converteram-se em Estados, unidos em uma federação, com autonomia política e características próprias. No entanto, com o correr das décadas, passou a haver divergências regionais entre esses estados. Dessas divergências, dois acontecimentos desencadearam-se: a Guerra de Secessão e a Marcha para o Oeste.
A Guerra de Secessão, ou Guerra Civil Americana, começou em 1861 e estendeu-se até 1865. Tal guerra foi motivada pelos problemas econômicos e políticos surgidos entre os estados do Sul e do Norte dos EUA. O Norte procurava expandir sua concepção de pequena propriedade, de desenvolvimento industrial e de trabalho livre e assalariado, o que se contrapunha aos interesses do Sul, que defendia a expansão do modelo latifundiário e do trabalho escravista. A guerra estourou em razão do acirramento dessas perspectivas.
Uma das manobras efetuadas pelo então presidente Abraham Lincoln, líder do Norte, foi a aprovação da chamada “Lei de Terras”, ou Lei de Homestead. Essa lei previa a ocupação do Oeste americano sob a perspectiva da pequena propriedade de terra, defendida pelos nortistas, como explica o historiador Claude Fohlen:
“A lei do Homestead”, de 1862, assinala uma mudança na política fundiária do governo federal. Até então ela havia sido dominada por imperativos fiscais, com a venda de terras ao melhor preço. A partir dessa data prevalecem a preocupação com a colonização e o desejo de satisfazer a fome de terras dos pioneiros. 'Todo homem', proclamara Van Buren, candidato do Free Soil às eleições de 1848, 'tem direito a uma porção natural do solo... O direito a possuir a terra é tão sagrado quanto a vida'.” [1]
Com essa lei, o processo de expansão para o Oeste ocorreu de forma acelerada e progressiva. Durante três décadas, o contingente de colonos que foram desbravar o Velho Oeste americano tornou-se cada vez mais volumoso. E não apenas pessoas nos EUA investiram nessa empreitada, mas também indivíduos de outras regiões do mundo.
NOTAS
[1] FOHLEN, Claude. O Faroeste. (trad.) Paulo Neves) São Paulo: Companhia das Letras: Círculo do Livro, 1989. p. 18.
Por Me. Cláudio Fernandes