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Dois elementos-chave norteiam o assunto a que ora nos propomos discutir: mesóclise e próclise. Esses, por sua vez, integram os muitos fatos linguísticos inerentes aos estudos gramaticais que, como tais, encontram-se condicionados a pressupostos previamente definidos pela própria gramática.
Em face dessa realidade, o uso correto do fato em questão depende dos conhecimentos que temos acerca do que a gramática nos preconiza. No entanto, parece que muitas vezes eles não são suficientes e, em virtude disso, as dúvidas, os questionamentos, sempre tendem a surgir. Por isso, elaboramos algumas elucidações, com o propósito de falar sobre o uso da mesóclise e o uso da próclise. Dessa forma, para que possamos facilitar tal compreensão, subsidiar-nos-emos em alguns exemplos.
E não será assim tão difícil encontrá-los, pois um já se tornou evidente, perceba:
Subsidiar-nos-emos em alguns exemplos.
Perguntamos a você: por que não poderíamos fazer uso da ênclise (ocorrência essa em que o pronome oblíquo aparece depois do verbo)? Se assim fosse, o enunciado se tornaria assim expresso:
“Subsidiaremo-nos em alguns exemplos”.
Saiba que de acordo com o que nos apresenta a gramática, tal colocação se encontra inadequada, haja vista que o verbo se encontra conjugado no futuro do presente do modo indicativo, por isso, somente podemos usar a mesóclise, que se caracteriza pelo fato de o pronome aparecer grafado entre o verbo, como nos apresenta o primeiro enunciado (subsidiar-nos-emos).
No entanto, como você sabe, todas as regras são também passíveis de exceções e com esse caso não seria diferente. Vejamos:
Não nos subsidiaremos em alguns exemplos.
O verbo continuou sendo expresso no mesmo tempo verbal (futuro do presente), entretanto, o pronome agora apareceu antes do verbo – fato que nos faz concluir que se trata do uso da próclise, e não mais da mesóclise.
Dessa forma, saiba que, se a situação exigir, assim como ocorreu em virtude da presença do adjunto adverbial de negação, ora expresso pelo “não”, o uso da próclise se torna perfeitamente adequado ao discurso.
Assim, para que você recorde os casos em que devemos fazer uso da próclise, da ênclise e da mesóclise, no sentido de não mais errar, sugerimos que acesse o texto “Colocação pronominal”.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras