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Uso da Mesóclise e da Próclise

O uso da mesóclise e da próclise encontra-se condicionado a pressupostos específicos.

Fazer uso da mesóclise e da próclise de forma adequada é sinal de competência linguística
Fazer uso da mesóclise e da próclise de forma adequada é sinal de competência linguística
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Dois elementos-chave norteiam o assunto a que ora nos propomos discutir: mesóclise e próclise. Esses, por sua vez, integram os muitos fatos linguísticos inerentes aos estudos gramaticais que, como tais, encontram-se condicionados a pressupostos previamente definidos pela própria gramática.

Em face dessa realidade, o uso correto do fato em questão depende dos conhecimentos que temos acerca do que a gramática nos preconiza. No entanto, parece que muitas vezes eles não são suficientes e, em virtude disso, as dúvidas, os questionamentos, sempre tendem a surgir. Por isso, elaboramos algumas elucidações, com o propósito de falar sobre o uso da mesóclise e o uso da próclise. Dessa forma, para que possamos facilitar tal compreensão, subsidiar-nos-emos em alguns exemplos.

E não será assim tão difícil encontrá-los, pois um já se tornou evidente, perceba:

Subsidiar-nos-emos em alguns exemplos.

Perguntamos a você: por que não poderíamos fazer uso da ênclise (ocorrência essa em que o pronome oblíquo aparece depois do verbo)? Se assim fosse, o enunciado se tornaria assim expresso:

“Subsidiaremo-nos em alguns exemplos”.

Saiba que de acordo com o que nos apresenta a gramática, tal colocação se encontra inadequada, haja vista que o verbo se encontra conjugado no futuro do presente do modo indicativo, por isso, somente podemos usar a mesóclise, que se caracteriza pelo fato de o pronome aparecer grafado entre o verbo, como nos apresenta o primeiro enunciado (subsidiar-nos-emos).                         

No entanto, como você sabe, todas as regras são também passíveis de exceções e com esse caso não seria diferente. Vejamos:

Não nos subsidiaremos em alguns exemplos.

O verbo continuou sendo expresso no mesmo tempo verbal (futuro do presente), entretanto, o pronome agora apareceu antes do verbo – fato que nos faz concluir que se trata do uso da próclise, e não mais da mesóclise.

Dessa forma, saiba que, se a situação exigir, assim como ocorreu em virtude da presença do adjunto adverbial de negação, ora expresso pelo “não”, o uso da próclise se torna perfeitamente adequado ao discurso.

Assim, para que você recorde os casos em que devemos fazer uso da próclise, da ênclise e da mesóclise, no sentido de não mais errar, sugerimos que acesse o texto “Colocação pronominal”.

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Por Vânia Duarte
Graduada em Letras

Escritor do artigo
Escrito por: Vânia Maria do Nascimento Duarte Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. "Uso da Mesóclise e da Próclise"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/uso-mesoclise-proclise.htm. Acesso em 12 de dezembro de 2024.

De estudante para estudante


Videoaulas


Lista de exercícios


Exercício 1

Levando em consideração os postulados que regem a colocação pronominal, sobretudo em se tratando do uso da mesóclise e da próclise, desfaça os casos de próclise, tendo em vista o modelo em questão:

a- Não o condenarei por isso.
b - Jamais o visitarei nas minhas férias.
c – Jamais lhe entregarei a encomenda.
d- Nunca o considerarei como meu amigo.
e – Não a convidarei para as festividades.
f – Nunca lhe darei alguma chance.

Exercício 2

(UEL –PR) Logo que você ________, é claro que eu __________ da melhor maneira possível, ainda que isso ______atrase o serviço.

a) me chamar – atendê-lo-ei – me atrase.
b) chamar-me - atendê-lo-ei – atrase-me.
c) me chamar – o atenderei – me atrase.
d) me chamar – o atenderei – atrase-me.
e) chamar-me – atenderei-o – atrase-me.