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Eis que não é difícil afirmar que a colocação pronominal impera no que tange aos tantos questionamentos relativos aos assuntos gramaticais, não é verdade? Ela, assim como os demais assuntos, está sujeita a pormenores, fato que representa certa dificuldade para muitos usuários. Pois bem, a discussão aqui proposta faz referência ao uso dessa ocorrência linguística mediante a presença da vírgula, ou seja: depois desse sinal de pontuação devemos usar a próclise ou a ênclise? De modo a subsidiarmos tal questão, constatemos:
O primeiro conceito que se faz preponderante nesse caso reside no fato de que a vírgula, denotando uma pausa, predispõe o uso da ênclise, embora não seja algo obrigatório. Por essa razão, analisemos o enunciado em questão:
Decorridos tantos anos, perdoo-te pelas injustiças cometidas.
No entanto, nos casos em que houver um verbo expresso no futuro, fato que não o permite se apresentar enclítico, recomenda-se que o pronome oblíquo seja colocado anteposto ao verbo. Assim, vejamos:
Por não se considerar adepto das novas normas, não as seguiu em nenhum momento. (em vez de “não seguiu-as”)
Fazendo referência à oração “Não tardou a apresentar a justificativa, que embora não convincente, o comoveu (comoveu-o) de forma contundente”podemos afirmar que tanto o uso da ênclise (pronome posposto ao verbo, em virtude da presença da vírgula), quanto da próclise (haja vista que o pronome relativo “que”, mesmo estando distante, atrai o pronome oblíquo), é permitido. Dessa forma, constatemos:
Não tardou a apresentar a justificativa, que embora não convincente, o comoveu de forma contundente.
OU
Não tardou a apresentar a justificativa, que embora não convincente, comoveu-o de forma contundente.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras