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Passemos adiante, cujo intuito é ampliar ainda mais nossos conhecimentos acerca dos fatos que norteiam a língua, mas não sem antes revisitarmos o texto “Vozes do verbo”
Por meio das elucidações lá elencadas, constatamos aspectos “comportamentais”, ora adotados pelo sujeito da oração. Dessa forma, temos a voz ativa, na qual o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo; temos a voz passiva, em que o sujeito recebe, sofre a ação praticada pelo verbo, e, por último, a voz reflexiva, na qual o sujeito é agente e paciente de forma simultânea.
Aspectos esses relembrados, partamos para a análise dos enunciados subsequentes:
Os alunos leram o livro – voz ativa
O livro foi lido pelos alunos
Leram-se os livros
Atendo-nos ao primeiro deles, temos que o verbo ler, no que tange à predicação (relação estabelecida entre o complemento que o precede), classifica-se como transitivo direto. Simples, quem lê, lê algo.
Analisando, portanto, os demais enunciados, constatamos que eles se encontram na voz passiva, sendo que o segundo é demarcado pela voz passiva analítica, e o terceiro pela voz passiva sintética, cujo principal requisito se revela pelo fato de o verbo aparecer acompanhado do pronome se.
Assim, “leram-se os livros”.
Deparamo-nos com a partícula apassivadora, a qual se define pelo nome que é conferido ao pronome “se”, uma vez acompanhando verbos transitivos diretos (leram) com termo paciente, o qual representa ninguém menos que o sujeito do verbo, pois:
Livros foram lidos.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras