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Portando-nos como assíduos usuários da língua, cada vez mais estamos em busca de afinar habilidades, ampliar conhecimentos, definir competências. Assim, tornando prático tal posicionamento, não raras as vezes fazemos descobertas nunca antes imaginadas – o que nos faz conscientizar de que o sistema linguístico é complexo, sem dúvida, mas também rico em diversidades. Agora, afunilando buscas, partimos para o estudo das classes gramaticais, e lá, mais uma vez, encontramos particularidades muitas, sobretudo no que diz respeito a algumas, em específico.
Entretanto, citar todas elas seria um tanto quanto inviável, ficamos, nesse momento, restritos ao adjetivo, cuja proposta é enfatizar acerca dos usos particulares, ora atribuídos a tal classe. Nesse sentido, subsidiando-nos em alguns exemplos, chequemos algumas elucidações:
* Levando em consideração determinadas circunstâncias, o adjetivo pode ser empregado na condição de outra classe gramatical – a de advérbio:
O professor entrou pacífico na sala de aula. (equivalendo a “pacificamente”)
Mesmo sabendo de tudo, ele agiu calmo. (representando a condição de “calmamente”)
* Muitas são as circunstâncias em que a posição assumida pelo adjetivo, no caso, antes ou depois, pode lhe alterar o sentido:
Falava-se sobre homem forte. (aqui concebido no sentido de robusto)
Tratava-se de um forte homem. (demarcado nessa situação como alguém constituído de atitudes positivas)
* Muitas são as circunstâncias em que o adjetivo possui características semelhantes às do substantivo, as quais somente podem ser identificadas levando em consideração o contexto da oração:
O recinto está cheio de aprendizes menores.
Aqui, “menores” atribui uma qualificação ao sujeito – o que significa se tratar de um adjetivo.
Menoresaprendizes se encontravam dentro do recinto.
Mediante esse contexto, o que antes se classificava como adjetivo, agora se refere a um substantivo.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras