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Galáxia

As galáxias são conjuntos de estrelas, poeira, gases e matéria escura que formam o Universo. Elas podem ser elípticas, espirais, como a Via Láctea, ou possuir forma irregular.

Galáxia do Triângulo.
Galáxia do Triângulo ou Messier 33.
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As galáxias são sistemas formados por milhares a trilhões de estrelas, poeira, gases e matéria escura. Sua classificação e identificação pode ocorrer de acordo com a forma, sendo assim elípticas, espirais ou irregulares (quando não possuem um contorno definido). A Via Láctea, galáxia em que vivemos, é uma das maiores da região do Universo conhecida como Grupo Local e segue em processo de evolução, o que ocasionará a sua colisão com a galáxia de Andrômeda.

Leia também: Curiosidades sobre o Sistema Solar

Tópicos deste artigo

Resumo sobre as galáxias

  • Galáxias são sistemas ou conjuntos compostos por estrelas, gases, poeira e matéria escura.

  • A maioria das grandes galáxias possui buracos negros no seu centro.

  • Elas são definidas de acordo com a sua forma, podendo ser espirais, elípticas ou irregulares.

  • Entre as principais galáxias, temos a Via Láctea, na qual vivemos, Andrômeda, Galáxia do Triângulo e Nuvem de Magalhães.

  • As galáxias evoluem com o passar do tempo, podendo interagir e até mesmo se fundirem.

O que é galáxia?

Galáxias são sistemas formados por uma vasta quantidade de estrelas, poeira, gases e matéria escura. Esse conjunto de elementos é unido pela força da gravidade. Algumas galáxias, em especial aquelas de maiores dimensões, possuem grandes buracos negros no seu centro, como é o caso daquela em que vivemos, a Via Láctea.

As galáxias podem ocorrer e evoluir isoladamente ou agrupadas, passando por processos de interação e até mesmo colisão, o que dá origem a supernovas, estrelas e novos buracos negros. Elas se diferenciam ainda em extensão, forma e peso. A mais leve das galáxias, de acordo com a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos, a Nasa, possui um bilhão de massas solares (Мʘ), enquanto as mais pesadas ficam em torno de 30 trilhões Мʘ. A massa solar é uma unidade de medida usada para calcular a massa de estrelas e galáxias, e corresponde a 1,99 x 1030 kg.

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Tipos de galáxia

A classificação das galáxias é feita por meio da observação de seu formato. Identificam-se ao menos três tipos de galáxias: as elípticas, as espirais e as irregulares.

  • Elípticas: possuem forma circular e achatada. As galáxias elípticas são integradas por uma menor quantidade de poeira e gás quando comparadas às demais. Possuem estrelas muito antigas, e há pouca ou nenhuma atividade de formação de novos astros. Algumas das galáxias elípticas são muito alongadas, e as maiores delas chegam a até 300.000 anos-luz de diâmetro, de acordo com a Nasa. As menores, chamadas de galáxias anãs, são, no entanto, mais comuns. Aproximadamente um terço das galáxias do Universo tem formato elíptico, como Andrômeda.

Galáxia de Andrômeda, um exemplo de galáxia elíptica.
Galáxia de Andrômeda, um exemplo de galáxia elíptica.
  • Espirais: são as mais comuns e correspondem a dois terços de todas as galáxias conhecidas, uma delas a Via Láctea. As galáxias espirais possuem uma forma que se assemelha a um disco, composto por braços que a circundam, os quais podem sair diretamente de uma região central, denominada núcleo (espirais normais), ou de uma barra de estrelas que atravessa o seu centro (espirais barradas). Aparecem com uma cor branco-azulada e são compostas por gases, poeira e estrelas, havendo intenso processo de formação de novos astros no seu interior.

Via Láctea, uma galáxia espiral.
Via Láctea, uma galáxia espiral.
  • Irregulares: como o próprio nome sugere, as galáxias irregulares não possuem um formato definido que permita uma classificação mais pormenorizada. São formações muito antigas, que apareceram anteriormente às elípticas e espirais. Elas são formadas por poeira e gases, e a sua forma irregular ocorre em função da influência do campo gravitacional de outras galáxias localizadas na sua proximidade. De acordo com a Nasa, esse tipo de galáxia era o mais abundante no início da composição do Universo e, em função disso, aquelas observadas hoje em dia são muito antigas.

Pequena Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã do tipo irregular.
Pequena Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã do tipo irregular.

Leia também: Exoplanetas — planetas que se encontram fora do Sistema Solar

Quais são as principais galáxias?

Estima-se que o Universo seja formado por um total de dois trilhões de galáxias, muitas delas ainda desconhecidas pela ciência. A descoberta mais recente foi publicada na revista Science, em fevereiro de 2021. Trata-se de uma galáxia formada há aproximadamente 1,2 bilhão de anos e que recebeu a denominação de ALESS 073.1. Há, no entanto, outras galáxias que são amplamente conhecidas e algumas podem ser vistas até mesmo a olho nu.

  • Via Láctea: é a galáxia em que está localizado o Sistema Solar e, portanto, onde vivemos. Sua forma corresponde a uma espiral barrada, com um núcleo brilhante e barras estelares de onde se projetam os seus braços. Ela possui 100.000 anos-luz de comprimento, o equivalente a 946 quadrilhões de quilômetros. Até o século XX, acreditava-se que ela estava localizada no centro do Universo, e as demais galáxias eram até então interpretadas como sendo nebulosas. Seu peso aproximado é de 1,5 trilhão Мʘ, e estima-se que a Via Láctea possua 200 bilhões de estrelas e um buraco negro de 4 milhões de massas solares no seu interior.

  • Andrômeda: é a maior e mais brilhante galáxia próxima da Via Láctea e pode ser vista a olho nu. Por vezes, é chamada de Messier 31 (M31), uma vez que foi a 31ª das importantes descobertas feitas pelo astrônomo francês Charles Messier. Ela possui o dobro do diâmetro da Via Láctea, com 250 milhões de anos-luz. Ambas, em conjunto com a Galáxia do Triângulo, correspondem às maiores galáxias do que se conhece como Grupo Local, que é a região do Universo correspondente a um conjunto de 54 outros conglomerados estelares, incluindo galáxias anãs. Possui um trilhão de estrelas e massa de 1,2 bilhão M☉.

  • Galáxia do Triângulo: conhecida também como Messier 33, é uma galáxia em espiral que faz parte do Grupo Local, com diâmetro de 60 mil anos-luz, portanto menor do que a Via Láctea, mas a terceira maior da região. É formada por 40 milhões de estrelas, e estima-se que a sua massa seja de 50 bilhões M☉.

  • Nuvens de Magalhães: são duas galáxias satélites da Via Láctea. A menor delas se chama Pequena Nuvem de Magalhães e possui diâmetro de 7 mil anos-luz. A Grande Nuvem de Magalhães, por sua vez, mede 14 mil anos-luz de diâmetro, e ambas são consideradas galáxias anãs.

Formação de uma galáxia

Ainda é difícil precisar quais os princípios que regem a formação das galáxias. Esse assunto é bastante debatido pelos astrônomos, e existem diversas teorias que procuram explicar como esses sistemas tiveram origem. Com relação ao período temporal, acredita-se que os primeiros aglomerados de estrelas e outros elementos começaram a se juntar 400 milhões de anos após a grande explosão que formou o Universo, chamada de Big Bang, que teria ocorrido há 13,8 bilhões de anos.

A principal teoria voltada à origem das galáxias explica que esses corpos tomaram forma a partir da intensa força gravitacional de um núcleo composto por matéria escura. O seu efeito causou a desintegração de nuvens em gases e poeira, que iniciaram um movimento orbital em torno desse núcleo, atraindo novos elementos e dando origem às estrelas. Esse processo originou grandes aglomerados que podem aparecer sem forma definida ou ainda como discos e braços conhecidos como galáxias.

Confira no nosso podcast: Buracos de minhoca — túneis capazes de conectar diferentes posições do espaço-tempo

Evolução da galáxia

As galáxias não são estáticas no tempo-espaço, e tampouco duram para sempre. Elas evoluem de forma isolada ou em grupo, o que é observado sobretudo por meio de sua forma e das cores que elas exibem. Aquelas que não interagem com outros corpos semelhantes vão gradualmente deixando de formar estrelas, e seu brilho se transforma de intenso para fraco com o passar do tempo, e a sua coloração aparece mais avermelhada.

Quando esses conjuntos interagem, o que ocorre é a sua colisão ou junção. Nesse processo não ocorre a destruição de corpos celestes, mas sim a interligação de um sistema com o outro, que pode ou não condicionar a formação de novas estrelas e supernovas, as quais fornecerão material para o surgimento de outras estrelas. Quando as galáxias se juntam, há transformação no seu formato, na sua massa e, é claro, na sua composição.

Escritor do artigo
Escrito por: Paloma Guitarrara Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Geografia na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial também pela UNICAMP. Atuo como professora de Geografia e Atualidades e redatora de textos didáticos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

GUITARRARA, Paloma. "Galáxia"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/galaxia.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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