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Via Láctea é uma das galáxias que formam o Universo. Ela é uma galáxia do tipo espiral normal, formada por um bojo, quatro enormes braços principais que compõem o seu disco e um amplo halo galático que a envolve. Matéria escura, gases, poeira e vários corpos celestes fazem parte da Via Láctea, incluindo o Sistema Solar. No centro da Via Láctea, a 26 mil anos-luz do planeta Terra, fica um buraco negro supermassivo denominado Sagitário A*, cuja primeira imagem foi divulgada no ano de 2022.
Confira no nosso podcast: Matéria escura e a expansão do universo
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre a Via Láctea
- 2 - O que é a Via Láctea?
- 3 - Formação da Via Láctea
- 4 - Estrutura da Via Láctea
- 5 - Origem do nome Via Láctea
- 6 - Curiosidades sobre a Via Láctea
Resumo sobre a Via Láctea
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Via Láctea é uma das bilhões de galáxias presentes no Universo.
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Trata-se da galáxia onde está localizado o Sistema Solar.
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É formada por matéria escura, gases, poeira e corpos celestes como estrelas, planetas, planetas anões, asteroides, meteoritos e outros.
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Originou-se a partir do Big Bang, inicialmente como uma protogaláxia constituída por uma nuvem de gás.
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Sua estrutura é formada pelo bojo, na região central; pelo disco, caracterizado por quatro grandes braços que dão à Via Láctea seu formato em espiral; e pelo halo.
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O nome Via Láctea teve origem há milhares de anos, ainda na Grécia Antiga, e está associado à sua aparência e cor esbranquiçada.
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O planeta Terra está a 26 mil anos-luz do centro da Via Láctea.
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No centro da Via Láctea existe um buraco negro supermassivo denominado Sagitário A*. A primeira imagem dele foi divulgada em 12 de maio de 2022.
O que é a Via Láctea?
A Via Láctea é uma das centenas de bilhões de galáxias que formam o Universo. É nela que está localizado o Sistema Solar, conjunto de corpos celestes do qual o planeta Terra faz parte. Ela se estende por um diâmetro de aproximadamente 100.000 anos-luz, sendo que cada ano-luz corresponde a 9,46 trilhões de quilômetros.
Os elementos que formam a Via Láctea, que são gases, poeira, matéria escura, estrelas e outros corpos celestes (planetas, planetas anões, asteroides, meteoritos etc.), orbitam o seu núcleo, dando origem, assim, a imensos braços que circundam essa região central a uma determinada velocidade que condiciona a formação de um disco achatado. Em função disso, a Via Láctea é classificada como uma galáxia espiral normal.
Formação da Via Láctea
O processo de formação da Via Láctea teve início há aproximadamente 14 bilhões de anos. Acredita-se que a origem da nossa galáxia coincide, então, com a origem do Universo, o que é explicado pela teoria da expansão (ou explosão), que ficou conhecida como a teoria do Big Bang. Os elementos que compunham o Universo de então estavam dispostos unicamente na sua forma gasosa.
Nessa etapa inicial, a Via Láctea consistia em uma protogaláxia formada por nuvens de gás. Com o passar do tempo, o material foi se resfriando e houve o que se chama de colapso ou contração dessas nuvens, o que fez com que parte dos elementos se aglutinasse, dando origem às primeiras estrelas, que integraram a nossa galáxia e receberam o nome de aglomerados globulares.
Tanto as estrelas recém-formadas quanto as nuvens gasosas desempenhavam movimento rotacional em torno do centro da galáxia, inicialmente compondo um halo esferoidal. A rotação desse material acontecia a uma velocidade elevada, fazendo com que o conjunto viesse a adquirir o formato de um disco achatado.
É importante destacar que a formação da Via Láctea compreendeu ainda a incorporação de matéria de galáxias menores situadas próximo a ela, processo esse que é chamado também de colisão de galáxias. Esse fenômeno foi descoberto mediante a observação de grupos de estrelas que giravam em uma direção oposta à do restante da Via Láctea. Uma dessas galáxias foi a Gaia-Enceladus, que acabou sendo “engolida” pela Via Láctea há aproximadamente dez bilhões de anos.
Estrutura da Via Láctea
A estrutura da Via Láctea é formada por três componentes básicos:
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Bojo: chamado também de bojo galático, apresenta formato esferoidal. É onde está contido o centro da Via Láctea e suas estrelas mais antigas, que dispõem de uma coloração avermelhada.
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Disco: o disco da galáxia é formado pelos gases, poeira e estrelas que a integram, materiais esses dispostos na forma de quatro braços principais que são projetados a partir do centro (bojo), formando uma grande espiral. São esses braços que podemos observar nas imagens que temos da Via Láctea, uma vez que são mais brilhantes do que os segmentos secundários.
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Halo: chamado também de halo galático, essa estrutura possui formato circular e envolve toda a Via Láctea. Ele se estende por centenas de anos-luz e é composto por gases, algumas estrelas antigas de brilho avermelhado e principalmente por matéria escura.
Leia também: As maiores estrelas do Universo
Origem do nome Via Láctea
A origem exata do nome Via Láctea é de difícil determinação. Isso por que existem registros muito antigos, produzidos por observadores na Grécia Antiga e em outras partes da Europa há milhares de anos, que se referem ao caminho formado pelo aglomerado de poeira, gases e estrelas que eles viam nas noites de céu límpido como Via Láctea. A associação da nossa galáxia com esse nome se deve ao fato de ela apresentar uma coloração esbranquiçada, comparável ao leite ou a um “caminho de leite”.
Curiosidades sobre a Via Láctea
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A Via Láctea está em rota de colisão com a galáxia de Andrômeda, que possui o dobro de seu tamanho e é uma das vizinhas pertencentes ao Grupo Local. Estima-se que esse fenômeno acontecerá dentro de quatro bilhões de anos.
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Existem cerca de 250 bilhões de estrelas na Via Láctea.
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A maior parte da massa da Via Láctea consiste em matéria escura, que ainda no presente possui natureza e composição desconhecidas.
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250 bilhões de anos é o tempo que a Via Láctea leva para completar seu movimento de rotação.
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A Terra fica a 26 mil anos-luz do centro da Via Láctea.
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No dia 12 de maio 2022 foi divulgada a primeira imagem do buraco negro localizado no centro da Via Láctea, denominado Sagitário A*.
Créditos da imagem
[1] Deian Hughes / Shutterstock
Por Paloma Guitarrara
Professora de Geografia