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O princípio da conservação da carga elétrica afirma que a soma algébrica das cargas antes e depois de um processo de transferência deve ser a mesma. Assim, podemos dizer que a carga elétrica não pode ser criada nem destruída, somente transferida entre corpos.
Imagine o processo de eletrização por atrito. Inicialmente os corpos a serem friccionados estão neutros, ou seja, apresentam o mesmo número de elétrons e prótons. Após o atrito, um dos corpos cede elétrons e torna-se positivamente eletrizado. O outro recebe os elétrons, tornando-se negativamente eletrizado. Pela conservação da carga elétrica, podemos dizer que o número de elétrons em excesso em um dos corpos é exatamente igual ao número de prótons em excesso no outro. Houve apenas transferência de carga elétrica.
A mesma observação pode ser feita a respeito dos processos de eletrização por contato e indução.
Exemplo
A formação do trítio a partir do processo de fusão nuclear evidencia a conservação da carga elétrica. A formação do trítio ocorre com a fusão de dois núcleos de deutério (2H).
2H + 2H → 3H + p
O trítio é composto por um próton e dois nêutrons. Repare que a carga elétrica antes e depois da fusão é exatamente a mesma, ou seja, não houve destruição ou criação de carga.
Antes da fusão: Quantidade de prótons = 2 (um para cada deutério)
Depois da fusão: Quantidade de prótons = 2 (o trítio é formado por 1 próton e dois nêutrons. Observe que houve a liberação de 1 próton na reação.)