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Como a bola de futebol faz curva?

Você sabe qual fenômeno permite que as bolas de futebol façam curvas acentuadas no ar? Estamos falando do Efeito Magnus.

O chute com efeito surge em decorrência da diferença de pressão exercida sobre os lados da bola
O chute com efeito surge em decorrência da diferença de pressão exercida sobre os lados da bola
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Quando chutadas com a técnica correta, as bolas de futebol são capazes de fazer curvas no ar em razão do efeito Magnus – fenômeno hidrodinâmico muito interessante relacionado à pressão exercida pelas correntes de ar sobre a bola.

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Por que a bola faz curvas?

Quando uma bola é chutada, ela ganha velocidade e pode rotacionar em torno do seu centro. Os corpos extensos rotacionam-se quando estão sujeitos a forças que são aplicadas longe do seu centro de massa. O sentido de rotação da bola faz com que, em um “lado”, sua rotação esteja no mesmo sentido que o fluxo de ar, enquanto o outro lado gira no sentido oposto.

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O princípio de Bernoulli, desenvolvido pelo físico e matemático Daniel Bernouulli, diz que a pressão exercida por um fluido, como o ar, é inversamente proporcional à velocidade: ou seja, quanto mais rápido o ar mover-se, menor será a pressão exercida por ele.

Alguns jogadores fazem uso do efeito Magnus para as cobranças de pênalti serem menos previsíveis.

O “lado” da bola que gira a favor do fluxo de ar recebe uma pressão menor que o outro “lado” da bola. Em decorrência da diferença de pressão, surge uma força que faz o movimento da bola espiralar, originando as famosas curvas utilizadas pelos jogadores experientes para marcar gols de escanteio, também conhecidos como gols olímpicos.

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Observe a figura a seguir. Nela podemos ver o fluxo de ar e o movimento de rotação da bola. A parte superior da bola gira no mesmo sentido que o fluxo do ar, e o atrito do ar com as placas da bola faz com que a velocidade do ar seja maior do que na parte inferior da bola. Isso causa uma diferença de pressão semelhante àquela que surge nas asas dos aviões, criando a força de sustentação.

Chutes com efeito que ficaram para a história

  • Na copa de 1994, no jogo entre Brasil e Holanda, o lateral esquerdo Branco chutou da intermediária e fez um importantíssimo gol, garantindo a vaga do Brasil nas semifinais;

  • Na Copa das Confederações em 1997, Roberto Carlos marcou um bonito gol com um chute de efeito contra a França;

  • Nas quartas de final da Copa de 2002, o jogo do Brasil contra a Inglaterra ficou marcado pelo gol da vitória feito por Ronaldinho Gaúcho;

  • Em 2016, o jogador malaio Hohd Faiz Subri, de 29 anos, ganhou o prêmio Puskás, entregue pela Fifa, por marcar um gol com um chute incrivelmente curvo, sendo considerado o mais bonito do ano.


Por Rafael Helerbrock
Graduado em Física

Escritor do artigo
Escrito por: Rafael Helerbrock Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

HELERBROCK, Rafael. "Como a bola de futebol faz curva?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/como-bola-futebol-faz-curva.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

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