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A cetamina é um anestésico dissociativo utilizado principalmente na medicina veterinária e humana. Ela foi descoberta em 1962, inicialmente como alternativa mais segura à fenciclidina (PCP) para anestesia. Nesse contexto, ela logo se destacou por sua capacidade de induzir anestesia sem afetar gravemente a respiração e a circulação, tornando-a um importante recurso em cirurgias e tratamentos médicos.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre cetamina
- 2 - O que é cetamina?
- 3 - Para que serve a cetamina?
- 4 - Cetamina no tratamento da depressão
- 5 - Como a cetamina deve ser usada?
- 6 - Efeitos colaterais da cetamina
- 7 - Perigos e precauções da cetamina
- 8 - Quem não deve usar cetamina?
- 9 - História da cetamina
Resumo sobre cetamina
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A cetamina é um anestésico dissociativo utilizado principalmente na medicina veterinária e humana.
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Descoberta em 1962 por Calvin Stevens.
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Foi desenvolvida como alternativa mais segura à fenciclidina (PCP).
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Na medicina veterinária, é usada para anestesiar animais durante cirurgias e procedimentos. Em humanos, é usada em emergências, cirurgias e procedimentos médicos para proporcionar sedação e analgesia rápida.
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Induz anestesia sem suprimir gravemente a respiração e a circulação.
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É estudada e utilizada para tratar depressão.
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A administração geralmente é intravenosa (IV) ou intranasal.
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Possui potencial de abuso e dependência devido aos efeitos alucinógenos.
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Pode causar efeitos colaterais como náuseas, tontura, alucinações e aumento da pressão arterial.
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O uso deve ser supervisionado por profissionais de saúde em ambientes médicos.
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É contraindicada para pessoas com hipertensão não controlada, problemas cardíacos graves, glaucoma de ângulo fechado, histórico de abuso de substâncias e certas condições de saúde mental.
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O uso recreativo é perigoso e ilegal, com riscos de dependência.
O que é cetamina?
A cetamina é um anestésico dissociativo utilizado principalmente na medicina veterinária e humana, cujos efeitos compreendem um estado de anestesia, amnésia, analgesia e sedação, sem suprimir totalmente as funções respiratórias e cardiovasculares. Além de seu uso médico, também é conhecida pelo potencial de abuso como droga recreativa devido aos seus efeitos alucinógenos.
Para que serve a cetamina?
A cetamina possui diversas aplicações. O principal uso da cetamina é como anestésico, tanto em animais quanto em seres humanos:
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Medicina veterinária: usa-se para sedar e anestesiar animais durante cirurgias e procedimentos.
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Medicina humana: usa-se em emergências, cirurgias e procedimentos médicos para proporcionar sedação e analgesia rápida, bem como controlar dores intensas quando outros analgésicos falharem.
Quanto ao seu mecanismo de ação, a cetamina age principalmente como antagonista do receptor NMDA (N-metil-D-aspartato) no cérebro. Ao bloquear esses receptores, ela interfere na ação do glutamato, um neurotransmissor excitatório crucial para a transmissão de sinais entre as células nervosas. Esse bloqueio, portanto, resulta em uma redução da excitabilidade neuronal, o que contribui para seus efeitos anestésicos e analgésicos.
Cetamina no tratamento da depressão
A cetamina tem sido estudada como uma opção de tratamento para a depressão resistente, sobretudo em casos em que outros métodos não foram eficazes. Em vista disso, é importante destacar alguns pontos a respeito desse tratamento:
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Ação rápida: é conhecida por sua capacidade de agir de forma rápida, muitas vezes melhorando os sintomas em questão de horas a dias, em comparação com semanas ou meses com outros antidepressivos.
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Mecanismo de ação: atua de forma diferente de outros antidepressivos, direcionando o sistema de neurotransmissores no cérebro, especialmente o glutamato, o que pode ajudar a restaurar as conexões entre as células nervosas.
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Administração: geralmente, é administrada por via intravenosa (IV) ou por via intranasal em forma de spray.
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Eficácia: apesar dos efeitos positivos, em contrapartida podem ser temporários e serem necessárias doses repetidas para manter o efeito antidepressivo.
Como a cetamina deve ser usada?
A cetamina deve ser usada conforme as orientações do médico, e devido aos seus efeitos psicoativos é importante que ela seja administrada em um ambiente médico seguro e supervisionado. Ademais, a dose varia dependendo da condição que está sendo tratada, da idade e do peso do paciente. Já quanto à frequência, também pode variar, sendo administrada como uma única dose em alguns casos e como uma série de doses ao longo do tempo em outras situações.
Veja também: O que são as anfetaminas?
Efeitos colaterais da cetamina
A cetamina pode causar alguns efeitos colaterais, especialmente quando usada em doses mais altas ou por longos períodos de tempo. Entretanto, um fato importante é que esses efeitos e a gravidade deles podem variar de pessoa para pessoa. Nesse caso, alguns dos mais comuns são:
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náusea e vômito;
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tontura e confusão;
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problemas de coordenação;
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alucinações, principalmente em doses altas;
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aumento da pressão arterial e batimentos cardíacos rápidos;
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algumas pessoas relatam uma sensação de desconexão do próprio corpo (dissociação);
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se administrada por via intravenosa, pode ocorrer dor, inchaço ou vermelhidão no local da injeção;
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em casos raros, pode aumentar o risco de pensamentos suicidas, especialmente em pessoas com histórico de depressão ou outros transtornos mentais.
Perigos e precauções da cetamina
A cetamina pode ser um medicamento útil em certas situações, mas também apresenta alguns perigos e requer precauções especiais ao ser utilizada.
→ Perigos da cetamina
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Em longo prazo, existe a possibilidade inerente de causar cistite ulcerativa e danos renais.
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Potencial de causar depressão respiratória e morte quando usada em doses elevadas (overdose).
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Devido aos seus efeitos alucinógenos, o uso prolongado, abusivo ou recreativo pode levar à dependência.
→ Precauções da cetamina
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Deve ser administrada sob a supervisão de um profissional de saúde qualificado.
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Durante o tratamento, o paciente deve ser monitorado para detectar quaisquer efeitos colaterais ou problemas de saúde.
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Antes de usar cetamina, o médico deve avaliar a saúde do paciente, sobretudo verificando a presença de condições médicas que possam ser agravadas pela droga.
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O paciente deve seguir exatamente as instruções do médico quanto à dose e frequência de administração. Ou seja, não alterar a dose por conta própria.
Quem não deve usar cetamina?
Existem algumas pessoas que não devem usar cetamina devido aos riscos associados ao seu uso. Por isso, é importante considerar alguns fatores antes de usar essa substância, bem como consultar um médico para avaliar os riscos e benefícios individuais do tratamento. Por exemplo, devem evitá-la pessoas com as seguintes condições:
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Hipertensão não controlada: pode elevar a pressão arterial.
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Problemas cardíacos graves: pode aumentar a frequência cardíaca.
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Glaucoma de ângulo fechado: pode aumentar a pressão dentro do olho.
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Histórico de abuso de substâncias: devido ao potencial de abuso da cetamina.
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Problemas de saúde mental: pode piorar sintomas de certos transtornos mentais, como a psicose.
Vale ressaltar, também, que não há dados suficientes sobre a segurança da cetamina durante a gravidez, portanto seu uso não é recomendado em mulheres grávidas, a menos que seja absolutamente necessário e sob orientação médica.
História da cetamina
A cetamina foi descoberta em 1962 por Calvin Stevens, um cientista da Parke-Davis, que estava pesquisando novos anestésicos. Nesse sentido, ela foi desenvolvida para substituir a fenciclidina, que estava sendo usada como anestésico na época, mas tinha efeitos colaterais graves. Diante disso, a cetamina foi introduzida no mercado em 1970 sob o nome comercial de Ketalar.
Inicialmente, ela foi utilizada principalmente como anestésico em humanos e animais. Contudo, rapidamente ganhou popularidade devido à sua capacidade de induzir anestesia sem suprimir totalmente a respiração e a circulação, o que a tornava mais segura do que outros anestésicos da época. Já nos anos seguintes, estudos clínicos mostraram que a cetamina pode aliviar rapidamente os sintomas depressivos em algumas pessoas, levando ao seu uso off-label (fora das indicações aprovadas) para essa finalidade.
Por fim, atualmente ela é usada em uma variedade de contextos médicos, incluindo anestesia, controle da dor e tratamento da depressão. No entanto, seu uso ainda é controverso devido aos seus potenciais efeitos colaterais e ao seu potencial de abuso. Dessa forma, a pesquisa sobre a cetamina e seus usos terapêuticos continua avançando para uma melhor compreensão dos seus mecanismos de ação e aplicações clínicas.
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