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Narcolepsia é uma condição clínica incurável que apresenta como principais sintomas a sonolência diurna excessiva e a cataplexia. A doença está associada com fatores genéticos e ambientais e apresenta origem hipotalâmica. O paciente apresenta ataques de sono durante o dia e uma vontade incontrolável de dormir.
Além disso, ele pode sofrer perda repentina da força muscular (cataplexia), episódios em que é incapaz de se mover, sono noturno interrompido e alucinações ao adormecer ou despertar. A narcolepsia traz grandes prejuízos ao indivíduo, e, apesar de não possuir cura, medicamentos e mudanças comportamentais podem auxiliar na redução dos sintomas.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre narcolepsia
- 2 - O que é narcolepsia?
- 3 - Sintomas da narcolepsia
- 4 - Diagnóstico da narcolepsia
- 5 - Tratamento da narcolepsia
Resumo sobre narcolepsia
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A narcolepsia é uma condição clínica crônica que provoca sonolência excessiva e cataplexia.
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Fatores ambientais e genéticos estão relacionados com o desenvolvimento da doença.
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Sem o tratamento adequado, a narcolepsia pode causar grandes danos à qualidade de vida do indivíduo.
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O diagnóstico é feito com base em entrevista com o paciente e exames que avaliam o sono.
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O tratamento é dividido em comportamental e medicamentoso.
O que é narcolepsia?
Narcolepsia (narco significa “estupor” e lepsia, “ataques”) é uma condição clínica que se caracteriza por uma vontade incontrolável e súbita de dormir. Trata-se de uma doença crônica que apresenta origem hipotalâmica e que se associa com fatores genéticos e ambientais.
Foi descrita pela primeira vez em 1877 em um artigo escrito pelo psiquiatra alemão Westphal e intitulado “Eigenthümliche mit Einschlafen verbundene Anfälle” (convulsões peculiares associadas ao adormecer). O termo narcolepsia, no entanto, foi utilizado pela primeira vez por Jean Baptiste Édouard Gélineau, neuropsiquiatra francês.
De acordo com a Associação Brasileira do Sono, uma em cada 2000 pessoas são afetadas com a narcolepsia. É importante deixar claro que a narcolepsia não é apenas uma sonolência, tampouco preguiça, tratando-se de um problema de saúde que pode provocar grande impacto psicossocial.
Sintomas da narcolepsia
O indivíduo com narcolepsia apresenta episódios de súbita e incontrolável vontade de dormir. Ele pode adormecer mesmo durante alguma atividade, como comer ou dirigir, o que pode provocar sérios acidentes. Além disso, os pacientes, geralmente, queixam-se de um sono superficial e não reparador.
Além da sonolência característica, a narcolepsia provoca cataplexia. A cataplexia consiste em uma perda breve e súbita do controle voluntário dos músculos do corpo. Essa perda de controle é recorrente e reversível e ocorre após situações de emoção. Em geral, não se observa perda de consciência.
Outros sintomas da narcolepsia incluem:
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paralisia do sono (incapacidade de se mover ao adormecer ou despertar);
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sono noturno fragmentado;
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alucinações hipnagógicas-hipnopômpicas (alucinações que ocorrem ao adormecer ou despertar);
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pesadelos;
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déficits cognitivos;
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episódios de comportamentos automáticos;
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obesidade;
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diabetes tipo II;
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parassonias (transtornos indesejáveis que ocorrem no início do sono, durante o sono ou no despertar).
Além disso, os indivíduos com a doença podem desenvolver problemas como depressão e ansiedade.
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Diagnóstico da narcolepsia
O diagnóstico é feito com base na análise dos sintomas descritos pelo paciente. O médico inicialmente aplica um questionário pelo qual é possível analisar a gravidade da sonolência e então solicitar exames para avaliar o sono. Os exames utilizados para o diagnóstico são a polissonografia noturna e o teste diurno de múltiplas latências do sono.
Tratamento da narcolepsia
A narcolepsia é uma doença crônica incurável, entretanto, algumas medidas permitem que os sintomas sejam amenizados e ocorra a melhoria da qualidade de vida do paciente. A terapia para narcolepsia consiste no tratamento comportamental e medicamentoso.
No que diz respeito ao tratamento comportamental, ele se baseia em mudanças na rotina do paciente, tais como: procurar atividades relaxantes na hora de dormir; evitar alimentos pesados próximos ao horário de ir para cama; manter horários regulares para dormir; e programar cochilos curtos durante o dia a fim de aumentar o estado de alerta. Já os medicamentos são utilizados para tentar controlar a sonolência excessiva e a cataplexia.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia