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O sono compreende o período de repouso que temos, geralmente em intervalos diários, com aproximadamente sete horas de duração. Quando o cansaço mental é muito, as concentrações de cortisona diminuem e as de melatonina aumentam, provocando a vontade de dormir. Nesse momento, o organismo começa a reorganizar seus sistemas para uma nova jornada de atividades. A imunidade é reforçada, células são renovadas, radicais livres são neutralizados, e a memória é consolidada.
Logo quando dormimos, passamos por um processo de profundo relaxamento. A respiração fica mais profunda e nossos ritmos cardíacos diminuem, juntamente com a temperatura. Aproximadamente meia hora após seu início, em uma fase denominada sono delta, o hormônio de crescimento é ativado. Esse, cuja produção ocorre predominantemente durante o sono, além de propiciar o crescimento, auxilia no vigor físico e previne a osteoporose e a flacidez muscular.
Nesta fase há, também, a liberação de cortisol, permitindo que tenhamos um sono profundo: é a fase REM, considerada a mais importante do nosso período de repouso, sendo responsável por aproximadamente 20% das horas dormidas.
Na fase REM, nossos olhos se movimentam de forma rápida, o relaxamento muscular atinge pico máximo, a temperatura e as frequências respiratórias e do coração aumentam novamente. Nosso cerebelo e regiões frontais desempenham ativamente suas atividades, renovando nossa coordenação motora e capacidade de planejar e executar tarefas. É durante esse momento que sonhamos, e o que aprendemos durante o dia é processado e armazenado. Assim, nosso humor, criatividade, atenção, memória e equilíbrio estão intimamente ligados a essa fase.
Assim, quando não dormimos, nossa memória fica falha, ficamos irritadiços e sentimos cansaço, dor de cabeça e indisposição. A redução das horas de sono também diminui a produção de insulina e aumenta a de cortisol. Considerando que esse é responsável pela elevação das taxas de glicose; e aquela, pela retirada deste açúcar no sangue, podemos pontuar que a redução das horas de sono aumenta a probabilidade de o indivíduo desenvolver diabetes.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia