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O Dia Mundial das Doenças Raras é comemorado anualmente no último dia do mês de fevereiro. Essa data foi criada em 2008 como uma forma de conscientizar a população sobre a existência de doenças raras, aquelas que afetam 65 a cada 100.000 pessoas. Estima-se que existam entre 6000 e 8000 doenças raras no mundo, algumas delas são a esclerose múltipla, a fibrose cística, e tipos específicos de leucemia e lúpus.
A conscientização da população traz atenção para o que são essas doenças, como elas afetam a qualidade de vida dos pacientes que convivem com elas, e alerta sobre a necessidade de se investir em pesquisa para diagnósticos cada vez mais precisos e tratamentos cada vez mais eficazes.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre o Dia Mundial das Doenças Raras
- 2 - Origem do Dia Mundial das Doenças Raras
- 3 - Que dia é comemorado o Dia Mundial das Doenças Raras?
- 4 - Objetivos do Dia Mundial das Doenças Raras
- 5 - O que são doenças raras?
- 6 - 51 doenças consideradas raras
- 7 - Importância do Dia Mundial das Doenças Raras
Resumo sobre o Dia Mundial das Doenças Raras
- O Dia Mundial das Doenças Raras é comemorado anualmente no último dia do mês de fevereiro.
- Ele foi criado como forma de divulgar informações a respeito das doenças raras que afetam seres humanos.
- Entre os objetivos desse dia, estão: a conscientização da população; a garantia do acesso ao diagnóstico e tratamento adequados; e o desenvolvimento de leis que beneficiem os pacientes.
- São consideradas doenças raras aquelas que afetam 65 pessoas a cada 100.000.
- A acromegalia, alguns tipos de anemia, a doença de Crohn e a esclerose lateral amiotrófica são exemplos de doenças raras.
- O Dia Mundial das Doenças Raras é importante porque é um dia do ano exclusivamente dedicado a representar essas doenças e alertar sobre os desafios que elas oferecem.
Origem do Dia Mundial das Doenças Raras
O Dia Mundial das Doenças Raras foi criado em 2008 pela Organização Europeia de Doenças Raras como forma de divulgar informações a respeito desse tipo de doença e sensibilizar a opinião pública, profissionais de saúde, pesquisadores, autoridades e legisladores sobre os desafios enfrentados pelas pessoas afetadas por essas condições.
Que dia é comemorado o Dia Mundial das Doenças Raras?
O Dia Mundial das Doenças Raras é comemorado anualmente no último dia de fevereiro, ou seja, no dia 29 de fevereiro em anos bissextos e no dia 28 de fevereiro nos anos não bissextos. A escolha dessa data específica para representar o Dia Mundial das Doenças Raras tem a intenção de chamar a atenção para o caráter raro e excepcional dessas doenças.
Objetivos do Dia Mundial das Doenças Raras
O objetivo principal do Dia Mundial das Doenças Raras é divulgar informações e conscientizar a população mundial sobre a existência de doenças raras que afetam mais de 300 milhões de pessoas no mundo todo.
Esse objetivo central é desmembrado em outros objetivos, como a conscientização da população sobre a existência dessas doenças, a necessidade de investimento em pesquisas para encontrar diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficientes, além do oferecimento de suporte social para a população que tenha alguma doença rara e enfrenta desafios.
- Conscientização da população: conscientizar a população mundial sobre a existência de doenças raras ajuda a reduzir o estigma associado a elas ao trazer maior compreensão e empatia por parte da sociedade. Ter acesso a essas informações também auxilia pessoas que tenham algum sintoma ou doença ainda não diagnosticado a entenderem mais sobre seu próprio organismo e como ele pode ser afetado, fornecendo pontos de partida para a busca por apoio médico de forma direcionada para seu problema.
- Acesso a diagnóstico e tratamento adequados: um dos principais obstáculos enfrentados por pessoas que têm alguma doença rara é o diagnóstico correto da sua condição. Devido ao fato de serem incomuns e à falta de conhecimento generalizado sobre essas condições, muitos pacientes enfrentam uma jornada difícil para identificar e compreender sua doença. A conscientização pública pode levar a uma procura ativa por cuidados médicos, especialmente nos estágios iniciais de uma doença rara, melhorando as perspectivas para os pacientes.
- Incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento: mesmo nos casos em que o diagnóstico correto é realizado, o paciente enfrenta outros obstáculos relacionados à falta de tratamento adequado ou, como acontece com muitas doenças raras, os tratamentos podem ter custos bastante elevados. A conscientização sobre doenças raras gera interesse e apoio à pesquisa científica, estimulando o desenvolvimento de novas terapias e tratamentos mais acessíveis. A compreensão pública da importância dessas pesquisas pode resultar em mais financiamento e recursos direcionados para entender e tratar as doenças raras.
- Empoderamento dos pacientes: pessoas afetadas por doenças raras podem se sentir mais capacitadas e apoiadas quando a sociedade tem um entendimento maior de suas condições. Isso resulta em uma rede de apoio mais forte que incentiva a defesa pelos direitos dos pacientes e garante o acesso a cuidados adequados.
- Reconhecimento e definição legal: leis podem ser estabelecidas para garantir que pessoas com doenças raras tenham acesso a cuidados de saúde adequados, incluindo diagnóstico, tratamento e terapias específicas. Isso pode envolver a inclusão de medicamentos específicos para doenças raras em listas de medicamentos essenciais ou a criação de programas de apoio financeiro para tratamentos especializados. No Brasil, o SUS tem uma lista de medicamentos de alto custo, muitos deles utilizados para o tratamento de doenças raras, e que são fornecidos gratuitamente.
O que são doenças raras?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças raras são as doenças que afetam 65 pessoas a cada 100.000. Os sinais e os sintomas delas variam de doença para doença, mas grande parte delas é crônica, progressiva e incapacitante.
Muitas doenças raras não têm cura e são marcadas pela dificuldade no diagnóstico e na prescrição de medicamentos e tratamentos adequados. É comum, por exemplo, casos de pacientes com doenças raras em que o diagnóstico é feito tardiamente, quando a doença já está em estágio avançado, devido às dificuldades em identificá-la. Muitas vezes, o diagnóstico pode até mesmo não ocorrer e o tratamento adequado nunca ser iniciado.
A falta de medicamentos também é uma luta constante dos pacientes que convivem com uma doença rara. Os medicamentos existentes, por sua vez, costumam ser de alto custo, o que inviabiliza o tratamento. Para assegurar o acesso ao tratamento, o SUS disponibiliza medicamentos de alto custo para pacientes que não podem arcar com as despesas de seus tratamentos.
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51 doenças consideradas raras
Estima-se que existam entre 6000 e 8000 doenças raras que afetam os seres humanos. De acordo com o Ministério da Saúde, são exemplos de doenças raras:
- acromegalia;
- anemia aplástica, mielodisplasia e neutropenias constitucionais;
- angioedema;
- aplasia pura adquirida crônica da série vermelha;
- artrite reativa;
- biotinidase;
- deficiência de hormônio do crescimento (hipopituitarismo);
- dermatomiosite e polimiosite;
- diabetes insípido;
- distonias e espasmo hemifacial;
- doença de Crohn;
- doença falciforme;
- doença de Gaucher;
- doença de Huntington;
- doença de Machado-Joseph;
- doença de Paget (osteíte deformante);
- doença de Wilson;
- epidermólise bolhosa;
- esclerose lateral amiotrófica;
- esclerose múltipla;
- espondilite ancilosante;
- febre mediterrânea familiar;
- fenilcetonúria;
- fibrose cística;
- filariose linfática;
- hemoglobinúria paroxística noturna;
- hepatite autoimune;
- hiperplasia adrenal congênita;
- hipertensão arterial pulmonar;
- hipoparatireoidismo;
- hipotireoidismo congênito;
- ictioses hereditárias;
- imunodeficiência primária com predominância de defeitos de anticorpos;
- insuficiência adrenal congênita;
- insuficiência pancreática exócrina;
- leucemia mielóide crônica;
- lúpus eritematoso sistêmico;
- miastenia gravis;
- mieloma múltiplo;
- mucopolissacaridose tipo I;
- mucopolissacaridose tipo II;
- osteogênese imperfeita;
- púrpura trombocitopênica idiopática;
- sarcoma das partes moles;
- síndrome hemolítico-urêmica atípica (Shua);
- síndrome de Cushing;
- síndrome de Guillain-Barré;
- síndrome de Turner;
- síndrome nefrótica primária em crianças e adolescentes;
- talassemias;
- tumores neuroendócrinos (TNE).
Importância do Dia Mundial das Doenças Raras
O Dia Mundial das Doenças Raras é importante porque é uma oportunidade para educar a população e divulgar informações sobre essas doenças, sobre como elas afetam a vida dos pacientes que convivem com elas e sobre os desafios enfrentados por quem tem algum diagnóstico raro.
A divulgação dessas informações busca não apenas atingir a população em geral como também sensibilizar governantes, autoridades da saúde e pesquisadores sobre a necessidade de se investir no estudo dessas doenças, no desenvolvimento de medicamentos e tratamentos, além da criação de leis que garantam os direitos e acessos específicos para indivíduos que enfrentam desafios de saúde devido a doenças raras.
Fontes
BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. Dia Mundial e Dia Nacional das Doenças Raras - último dia do mês de fevereiro. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/dia-mundial-e-dia-nacional-das-doencas-raras-ultimo-dia-do-mes-de-fevereiro/.
GLOBAL GENES. World Disease Day. Disponível em: https://www.globalgenes.org/world-rare-disease-day/.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Ações de Educomunicação em Doenças Raras. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sgtes/educomunicacao-em-doencas-raras.
ANVISA. 28/2: Dia Mundial das Doenças Raras. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2022/28-2-dia-mundial-das-doencas-raras.