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As plantas, assim como os animais, possuem uma cobertura protetora externa. Essa cobertura protetora atua como a nossa pele, garantindo, por exemplo, a defesa contra patógenos. Em plantas com crescimento primário (crescimento em altura), existe a epiderme, um tecido caracterizado pela presença de células vivas e bastante unidas. Já nas plantas com crescimento secundário (crescimento em largura), a cobertura externa é formada pela periderme.
Tópicos deste artigo
→ Periderme
A periderme é um conjunto de tecidos que substitui a epiderme em plantas com crescimento secundário. A periderme é formada por:
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Súber ou felema: Tecido mais externo que possui células de formato variado, com paredes celulares suberizadas (ricas em suberina, uma substância graxa) na maturidade. Esse é um tecido de proteção, e suas células apresentam-se bem compactadas, sem espaços intercelulares.
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Câmbio da casca ou felogênio: Meristema de origem secundária que é responsável pela produção da periderme. Na maioria das plantas, o felogênio mostra-se ativo apenas uma vez.
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Feloderme: Tecido parenquimático formado mais internamente. Apresenta características que o assemelham ao parênquima cortical. Geralmente, ele é constituído por apenas uma camada de células e diferencia-se do parênquima cortical por causa do seu alinhamento com as células do felogênio.
→ Como a periderme é formada?
O felogênio, ou câmbio da casca, forma o súber em direção à superfície do órgão, e a feloderme, por sua vez, forma esse tecido em direção ao interior do órgão. Esse meristema é formado por divisões de células epidérmicas, colenquimáticas, parenquimáticas, pericíclicas ou floemáticas.
Inicialmente, observam-se divisões consecutivas do felogênio com a formação de células arranjadas compactamente. As células, então, começam a diferenciar-se, sendo possível perceber, por exemplo, a deposição de camadas alternantes de suberina e cera, substâncias que tornam as células do súber impermeáveis. Após a diferenciação, as células do súber morrem. A feloderme, no entanto, é um tecido que permanece vivo na maturidade. Nessas células, não ocorre a deposição de suberina.
→ Lenticelas
As células do súber, como dito anteriormente, estão dispostas compactamente e apresentam suberina, o que as torna uma importante barreira para a água e gases. Em razão disso, é necessária a presença de estruturas que garantam as trocas gasosas com os tecidos mais internos. Essas trocas gasosas são realizadas graças às lenticelas, as quais podem ser definidas como porções da periderme que possuem grandes espaços intercelulares. As lenticelas apresentam-se como áreas salientes na superfície de caules e raízes.
Atenção: Não utilize o termo casca como sinônimo de periderme. A palavra casca é utilizada para descrever o conjunto de tecidos que estão localizados externamente ao câmbio e, por isso, pode incluir tecidos primários e secundários.
Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos