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O grão de pólen é uma estrutura produzida por gimnospermas e angiospermas que está relacionada com a reprodução desses vegetais. Diferentemente do que muitos pensam, o grão de pólen não é o gameta masculino dessas espécies. Nele está o gametófito masculino e este será responsável pela formação dos gametas masculinos dessas plantas.
O surgimento do grão de pólen trata-se de uma importante adaptação para os vegetais, uma vez que agora os gametas não necessitam mais de água para a locomoção. A germinação do grão de pólen garante o transporte desses gametas até a parte feminina da planta.
Leia também: Gineceu — a estrutura que constitui o sistema reprodutor feminino nos vegetais
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre o grão de pólen
- 2 - O que é o grão de pólen?
- 3 - Estrutura do grão de pólen
- 4 - Plantas que produzem grão de pólen
- 5 - Função do grão de pólen para a planta
- 6 - Formação do grão de pólen
- 7 - Alergia ao pólen
Resumo sobre o grão de pólen
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O grão de pólen é uma estrutura relacionada com a reprodução de algumas espécies vegetais.
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Angiospermas e gimnospermas são os únicos grupos vegetais que produzem grão de pólen.
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Quando o grão de pólen chega até a parte feminina de uma planta, dizemos que houve a polinização.
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O grão de pólen não é o gameta masculino de gimnospermas e angiospermas.
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O grão de pólen é um micrósporo, um elemento que contém o gametófito masculino, ou seja, a estrutura capaz de produzir gametas.
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Algumas pessoas apresentam alergia ao grão de pólen.
O que é o grão de pólen?
O grão de pólen é uma estrutura relacionada com a reprodução de alguns grupos vegetais. Essas estruturas variam muito em tamanho e também em formato a depender da espécie estudada. Em geral, os grãos de pólen possuem uma forma que varia de esférica à de bastonete.
Apesar do que muitos pensam, o grão de pólen não é o gameta masculino, e sua denominação correta é micrósporo, um elemento que contém o gametófito masculino, ou seja, a estrutura capaz de produzir gametas.
Estrutura do grão de pólen
O grão de pólen é uma estrutura resistente que apresenta uma parede externa denominada exina e uma parede interna denominada intina. Esta última parede é formada por celulose e pectina. A exina, por sua vez, é constituída pela esporopolenina, um composto que funciona como barreira para vários agentes, garantindo que a radiação, patógenos e a desidratação não afetem sua estrutura. Na exina, também se encontram pequenos furos, pelos quais sai o tubo polínico, que surge quando o grão de pólen germina.
Além de garantir proteção, a exina apresenta uma grande importância para a taxonomia. Como ela pode apresentar ou não ornamentações, esse é um importante critério para a identificação das espécies. Vale destacar ainda que a exina, por ser muito resistente, permitiu que vários grãos de pólen ficassem preservados ao longo do tempo, garantindo que essas estruturas sejam encontradas com frequência no registro fóssil, permitindo, assim, a reconstrução da flora do passado.
Plantas que produzem grão de pólen
O grão de pólen é uma estrutura produzida apenas por plantas com sementes, ou seja, gimnospermas e angiospermas. Em briófitas e pteridófitas o grão de pólen não está presente.
Função do grão de pólen para a planta
O grão de pólen é extremamente resistente e garante grande eficiência reprodutiva. É devido ao seu surgimento que gimnospermas e angiospermas não dependem da água para a reprodução. Essa independência foi conseguida devido ao fato de que o grão de pólen, ao chegar às estruturas reprodutivas femininas, germina, formando o tubo polínico, que conduz os gametas masculinos até o gameta feminino.
Quando o grão de pólen chega até a parte feminina de uma planta, dizemos que houve a polinização, a qual pode ser feita por diferentes agentes, como a água, o vento e os animais. Nas angiospermas, muitas espécies desenvolveram características únicas que favorecem a polinização, como cores, odores e produção de néctar para atrair potenciais polinizadores.
Leia também: Flor — uma estrutura presente somente em angiospermas
Formação do grão de pólen
O grão de pólen apresenta local de produção diferente para cada grupo de plantas. Nas gimnospermas, ele é produzido nos chamados estróbilos, também conhecidos como cones. Já nas angiospermas, a produção ocorre nas flores, mais precisamente na parte chamada de antera.
Alergia ao pólen
O grão de pólen é um agente capaz de provocar reações alérgicas ao entrar em contato com a mucosa das pessoas sensibilizadas. Nessas pessoas, o pólen desencadeia uma resposta imunológica, a qual pode provocar sintomas como irritação nos olhos, coceira na garganta, espirros, congestão nasal, entre outros.
Em relação aos grãos de pólen responsáveis por alergias, é importante destacar que nem todas as espécies produzem pólen capaz de desencadear reação imunológica. Dentre as espécies com essa capacidade, destacam-se as gramíneas, como o capim.
A alergia ao pólen, bem como outras alergias, pode ser bastante perigosa. Assim sendo, em casos de alergia, é importante que testes sejam realizados para que o agente desencadeante seja identificado e que situações de exposição a esse alergênico sejam evitadas. No caso dos grãos de pólen, por exemplo, atenção redobrada deve ser dada em época de floração de espécies.
Fontes:
ASBAI. Primavera traz com ela a alergia ao pólen, e a região Sul é a mais atingida. Disponível em: https://asbai.org.br/primavera-traz-com-ela-a-alergia-ao-polen-e-a-regiao-sul-e-a-mais-atingida/#:~:text=Em%20contato%20com%20as%20mucosas,se%20tornam%20vermelhos%20e%20lacrimejantes.
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Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia