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Dopamina

A dopamina é um neurotransmissor que atua de diferentes formas no sistema nervoso, estando relacionada, por exemplo, com o humor e o prazer.

A dopamina é um neurotransmissor que faz parte da família das catecolaminas.
A dopamina é um neurotransmissor que faz parte da família das catecolaminas.
Crédito da Imagem: shutterstock
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A dopamina é um importante neurotransmissor e atua no sistema nervoso central dos mamíferos. Quando falamos que uma substância é um neurotransmissor, estamos dizendo que ela funciona como um mensageiro químico, levando a informação de um neurônio para uma célula receptora. Vale destacar que a dopamina só foi assim considerada a partir da década de 1950.

Tópicos deste artigo

Características

Fórmula estrutural

A dopamina faz parte da família das catecolaminas, que, por sua vez, são formadas basicamente por um catecol (3,4-di-hidroxibenzeno), o qual está conectado por uma ponte etil a um grupo amina.

Observe atentamente a fórmula estrutural da dopamina, um importante neurotransmissor.
Observe atentamente a fórmula estrutural da dopamina, um importante neurotransmissor.

Onde é produzida?

A dopamina é sintetizada no citoplasma dos chamados neurônios dopaminérgicos a partir de um aminoácido: a tirosina, a qual é inicialmente convertida em L-dopa por meio da ação da tirosina hidroxilase. Posteriormente, a L-dopa é convertida em dopamina por meio da ação da L-aminoácido aromático descarboxilase.

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Após ser produzida, a dopamina é transportada dentro de vesículas. A liberação da dopamina envolve um processo de exocitose, ou seja, a dopamina é liberada por meio de vesículas que se fundem à membrana plasmática da célula e liberam o neurotransmissor para fora. Veja a figura a seguir:

Leia também: Exocitose

Função da dopamina

Sabe-se que esse neurotransmissor está envolvido com processos como controle motor, cognição, compensação, prazer, humor e algumas funções endócrinas, além de ser precursora de outros neurotransmissores: a norepinefrina e a epinefrina (adrenalina).

A dopamina também está relacionada com a estimulação da excreção renal de sódio, supressão da liberação de aldosterona, relaxamento do esfíncter esofágico e retardo do esvaziamento do estômago. Estudos recentes também revelaram que essa substância possui papel no que diz respeito a problemas como a esquizofrenia e a doença de Parkinson (veja mais sobre o tema a seguir). A partir desse entendimento, intensificaram-se os estudos a respeito desse neurotransmissor.

Dopamina e drogas que causam dependência

A dopamina está relacionada com o chamado sistema de recompensa, que é um circuito neuronal no cérebro que influencia diretamente as nossas emoções. Esse sistema garante a motivação para realizar certas atividades, como a sensação de felicidade quando comemos ao ter fome. Quando os neurônios desse sistema são ativados, eles liberam a dopamina em regiões específicas do cérebro, causando o aumento da sensação de prazer.

Leia também: Drogas: curiosidades e malefícios dos entorpecentes

Algumas drogas afetam diretamente o sistema de recompensa, causando um aumento da atividade da dopamina. Com o tempo de uso de determinada droga, verificam-se alterações no sistema de recompensa de longa duração. Desse modo, drogas como cocaína e álcool causam dependência porque seu uso associa-se a essas sensações de prazer.

Dopamina e a esquizofrenia

A esquizofrenia está relacionada com os níveis de dopamina no cérebro.
A esquizofrenia está relacionada com os níveis de dopamina no cérebro.

A esquizofrenia é um transtorno caracterizado, principalmente, pela ocorrência de episódios de psicose, ou seja, em certas situações, o indivíduo não consegue separar as situações reais das irreais. Essa doença afeta pessoas de ambos os sexos (normalmente aqueles que estão saindo da adolescência e entrando na segunda década de vida).

Uma das explicações para a ocorrência de esquizofrenia são alterações nas rotas neuronais que usam dopamina como neurotransmissor. Esse transtorno é provavelmente decorrente de níveis elevados ou então desregulados de dopamina no cérebro. Diante disso, o tratamento para esquizofrenia inclui fármacos que bloqueiam os receptores de dopamina.

Dopamina e a doença de Parkinson

A doença de Parkinson está relacionada com uma perda progressiva de neurônios que produzem dopamina.
A doença de Parkinson está relacionada com uma perda progressiva de neurônios que produzem dopamina.

A doença de Parkinson afeta o sistema motor, provocando, entre outros sintomas, tremores musculares, lentidão anormal dos movimentos, rigidez e alteração no equilíbrio, que podem predispor o indivíduo a quedas. Essa doença é progressiva e afeta pessoas com idade mais avançada.

O Parkinson causa a morte de neurônios no mesencéfalo, os quais são responsáveis pela liberação de dopamina. Essa doença está relacionada diretamente, portanto, com esse importante neurotransmissor.

Atualmente todos os tratamentos de Parkinson visam a remediar os sintomas, ou seja, não são capazes de curar o paciente, e baseiam-se no restabelecimento das quantidades adequadas de dopamina no cérebro.

Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Dopamina "; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/dopamina.htm. Acesso em 24 de abril de 2024.

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