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A esquizofrenia e a bipolaridade são transtornos mentais que possuem muitas características em comum, como por exemplo, as incidências familiares e as angústias sofridas pelos portadores e seus comportamentos.
Alguns pesquisadores e médicos consideram, desde 1933, a existência do transtorno esquizoafetivo, este caracterizado pela presença de sintomas como delírios, alucinações, humor expandido e depressão, em um mesmo paciente. Não é sabido se este se trata de uma entidade clínica distinta, um tipo de transtorno afetivo ou um tipo de esquizofrenia, embora estudos genéticos apontem a possibilidade deste transtorno estar situado em uma categoria entre estas duas doenças.
Alguns pacientes vivem anos com a esquizoafetividade sem, no entanto, serem diagnosticados corretamente. Entre surtos psicóticos, eventos depressivos e internações em clínicas psiquiátricas, os sintomas podem confundir os profissionais, fazendo com que o indivíduo raramente receba o tratamento correto em suas primeiras consultas.
Muitas vezes, a doença se manifesta com as características do transtorno bipolar para depois desenvolver os sintomas da esquizofrenia. Diante desta situação, não é raro ser confundida anteriormente com a depressão unipolar e bipolaridade até que se chegue ao veredicto final.
Quanto ao tratamento, este é semelhante aos utilizados para estas duas doenças: o uso de fármacos como antipsicóticos, antidepressivos e estabilizadores de humor; associados ao tratamento psicoterápico.
Apesar de ser uma doença incurável, seguindo corretamente tratamento, há como se ter uma vida normal.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia