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É sabido que muitas mulheres sofrem de depressão pós-parto (ou puerperal, também chamada de baby blues), em razão de diversos fatores, principalmente de ordem emocional e hormonal. Surpreendentemente, tal quadro não é restrito às ex-gestantes!
Causas
Alguns homens também podem apresentar esse tipo de depressão, mas geralmente de forma mais leve. Na maioria dos casos, ela se manifesta em homens com tendência à depressão, embora diversos outros fatores possam estar envolvidos, diretamente ou não.
Um dos principais é o sentimento de exclusão perante mãe e bebê, que, nesses períodos iniciais após o parto, tendem a ser o centro das atenções. É por esse motivo, aliás, que o quadro pode surgir antes mesmo do parto, ainda durante o período gestacional.
Nos casos em que a mãe apresenta depressão pós-parto, o risco de seu companheiro desenvolver esse quadro é maior; assim como quando se trata de “pais de primeira viagem”. Isso porque tanto uma quanto outra são situações nas quais os níveis de tensão e de ansiedade são significativos. O medo de não ser um bom pai, receios relacionados ao fator financeiro, a preocupação com o sustento da família (principalmente quando ele é o único ou principal provedor) e a própria sobrecarga que surge em virtude do novo contexto em que está inserido são outros fatores que podem afetar a sua forma de ver e reagir às situações.
Sintomas
Os sintomas incluem perda de sono e apetite, apatia, irritabilidade, insegurança, ansiedade, perda de libido, dificuldade em tomar decisões, surgimento de doenças psicossomáticas e maior exposição a acidentes e comportamentos inadequados – como o cultivo de relações extraconjugais, alcoolismo etc.
O que fazer diante desse problema?
Uma vez que esse quadro, que atinge cerca de 10% dos recém-pais, tende a ser incapacitante e pode tornar-se um fator que interfere em toda a dinâmica familiar; é importante que a pessoa em questão busque auxílio médico. Em muitos casos, o próprio obstetra da companheira é capaz de orientá-lo e sugerir medidas ou o encaminhamento a outros profissionais.
Geralmente é necessário, além do acompanhamento psicoterápico, o tratamento psiquiátrico. Uma boa alimentação, prática de exercícios e a execução de tarefas que proporcionam prazer são algumas medidas adicionais que podem ajudar o homem vítima desse quadro.
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Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Equipe Brasil Escola