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Os crustáceos são animais do grupo dos artrópodes. Destacam-se por apresentarem um exoesqueleto bastante resistente. São encontrados em ambiente aquático (marinho e de água doce) e em ambiente terrestre. Estima-se que existam, aproximadamente, 68 mil espécies de crustáceos conhecidos.
Tópicos deste artigo
- 1 - → Características dos crustáceos
- 2 - → Alimentação dos crustáceos
- 3 - → Respiração dos crustáceos
- 4 - → Reprodução dos crustáceos
- 5 - → Tipos de crustáceos
- 6 - → Exemplos de crustáceos
- 7 - → Crustáceos terrestres
- 8 - → Curiosidades sobre os crustáceos
→ Características dos crustáceos
Os crustáceos são animais invertebrados incluídos no filo Arthropoda. Apresentam, assim como outros artrópodes, exoesqueleto e apêndices articulados. O exoesqueleto desses animais é, em geral, rígido em decorrência da presença de carbonato de cálcio.
Leia também: Características gerais dos artrópodes
Os crustáceos são predominantemente marinhos, porém há espécies de água doce e espécies que vivem em ambiente terrestre. Em virtude de seu domínio no ambiente marinho, são considerados, muitas vezes, “insetos do mar”.
Os crustáceos são um grupo bastante diversificado, sendo difícil encontrar características que permitam uma descrição típica desses animais. Veja a seguir algumas características que ocorrem com frequência nesse grupo:
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Cabeça com cinco pares de apêndices: dois pares de antenas (primeiras antenas ou antênulas e segundas antenas ou simplesmente antenas), um par de mandíbulas e dois pares de maxilas (primeiras maxilas e segundas maxilas).
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Tronco composto de vários segmentos e um télson (peça quitinosa do exoesqueleto de artrópodes) terminal. Em grande parte dos grupos de crustáceos, o corpo está dividido em cefalotórax e abdômen.
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Em muitas espécies, os três primeiros segmentos do tronco está fundido à cabeça, formando o escudo da cabeça.
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Muitas espécies possuem uma carapaça revestindo o tórax e os segmentos anteriores.
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Geralmente, apresentam apêndices birremes (dois ramos).
As lagostas são crustáceos do grupo dos decápodes.
Os crustáceos apresentam uma boca ventral e um tubo digestório completo praticamente reto. A maioria dos crustáceos realiza suas trocas gasosas por meio de brânquias. O sistema circulatório desses animais é aberto e formado por um coração, vasos e uma hemocele, espaço onde a hemolinfa, líquido corporal que irriga os tecidos, é lançada.
No que diz respeito à excreção, os crustáceos possuem órgãos excretores conhecidos como glândulas das antenas ou glândulas maxilares. Essas estruturas possuem essa denominação porque os poros excretores abrem-se no lado inferior das bases das segundas antenas ou próximos às bases das segundas maxilas.
O sistema nervoso dos crustáceos apresenta uma tendência à concentração e fusão dos gânglios. Como órgãos sensoriais dos crustáceos, podemos citar a presença de olhos e pelos sensoriais.
→ Alimentação dos crustáceos
Assim como os crustáceos possuem uma variedade de formas corporais, apresentam também várias formas de alimentação. A alimentação dessas espécies é variada e, muitas vezes, está relacionada com a disponibilidade de alimento. Algumas espécies são herbívoras, outras são carnívoras. Existem ainda espécies que se alimentam de partículas suspensas na água, as quais podem ser formadas por plânctons, bactérias e detritos orgânicos. A digestão acontece de forma extracelular, e o intestino desses animais é terminado em ânus.
→ Respiração dos crustáceos
Os crustáceos apresentam diferentes formas de realizarem suas trocas gasosas. Nos crustáceos pequenos, as trocas gasosas ocorrem em regiões onde a cutícula é delgada. Já as espécies maiores possuem estruturas especializadas, as chamadas brânquias, as quais apresentam localização e estrutura diferentes em cada espécie.
Leia também: Tipos de respiração dos animais
→ Reprodução dos crustáceos
As cracas são crustáceos hermafroditas.
A maioria das espécies de crustáceos possui sexo separado, ou seja, é possível observar a presença de macho e fêmea. Essas espécies realizam a cópula e, geralmente, o macho apresenta apêndices modificados com a finalidade de segurar a fêmea nesse momento. Além disso, é possível verificar a presença de apêndices especializados na transferência de espermatozoide até o poro reprodutivo da fêmea no momento da copulação.
Vale destacar que nem todos os crustáceos reproduzem-se dessa forma. As cracas, por exemplo, são hermafroditas e apresentam fecundação cruzada, o que significa que, apesar de terem os dois sexos, acasalam-se com indivíduos diferentes. Outro grupo que apresenta reprodução diferente da maioria dos crustáceos são algumas espécies de ostracodes, os quais se reproduzem por partenogênese (tipo de reprodução assexuada).
Leia também: Partenogênese, pedogênese, poliembrionia e poliovulação
Após a fecundação, muitas espécies de crustáceos incubam seus ovos. Em algumas espécies, os ovos ficam presos a alguns apêndices ou ainda dentro de um saco, o qual é secretado no momento que os ovos são expulsos.
A maioria dos crustáceos possui um ou mais estágios larvais natantes. Dá-se o nome de náuplio ao tipo mais inicial e básico de larva do ciclo de vida dos crustáceos.
O caranguejo-ermitão utiliza conchas de moluscos para proteger seu corpo.
→ Tipos de crustáceos
Existem diferentes espécies de crustáceos. Muitas delas são bastante conhecidas, principalmente, em virtude do interesse comercial. Entre os grupos de crustáceos que merecem destaque, podemos citar:
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Decápodes: nesse grupo, encontramos crustáceos com uma cutícula bastante endurecida em decorrência da presença de carbonato de cálcio. A maioria das espécies desse grupo é marinha, como lagostas, caranguejos e camarões. É o grupo mais estudado de crustáceos em virtude, principalmente, de sua abundância e importância econômica e ecológica.
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Isópodes: esse grupo inclui um grande número de espécies, entre as quais podemos citar representantes de água doce, salgada e ambiente terrestre. Nesse grupo de crustáceos, encontramos o tatuzinho-de-jardim, um exemplo de crustáceo terrestre.
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Copépodes: esses animais (microcrustáceos) são encontrados, geralmente, formando o plâncton.
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Cirripédios: nesse grupo, temos as cracas, grupo de crustáceos sésseis que apresenta uma carapaça com carbonato de cálcio. As cracas são, constantemente, encontradas presas em rochas, barcos e outros substratos.
→ Exemplos de crustáceos
Existem vários organismos que podem ser classificados como crustáceos. Conheça a seguir um pouco mais sobre alguns animais desse grupo:
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Lagostas: são animais bentônicos (que vivem associados ao substrato) e possuem corpo ligeiramente achatado. Esses animais destacam-se por apresentarem comportamentos migratórios. Geralmente, apresentam hábitos noturnos, escondendo-se durante o dia em rochas e corais.
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Caranguejos: são animais muito bem-sucedidos. Apresentam abdômen pequeno e dobrado sob o cefalotórax e pinças que auxiliam na defesa. Os caranguejos são animais que podem movimentar-se rapidamente, e a maioria consegue mover-se facilmente para os lados.
O camarão é um animal bastante utilizado na nossa alimentação.
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Camarões: são animais que apresentam um exoesqueleto fino e flexível e corpo cilíndrico. De uma maneira geral, os camarões são necrófagos, alimentando-se de restos orgânicos que ficam dispersos no substrato, porém há espécies com outros hábitos. Existem camarões, por exemplo, que removem parasitas da pele de peixes para alimentarem-se.
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Tatuzinhos-de-jardim: são crustáceos terrestres que se destacam por serem detritívoros. Recebem essa denominação em virtude da capacidade que algumas espécies têm de enrolarem seu corpo.
→ Crustáceos terrestres
Os tatuzinhos-de-jardim são crustáceos terrestres.
Os crustáceos são animais, preferencialmente, marinhos, entretanto, existem representantes de água doce e terrestre. Os crustáceos terrestres estão no grupo dos isópodes e são chamados, coletivamente, de tatuzinhos-de-jardim. Recebem essa denominação em decorrência da capacidade que algumas espécies têm de enrolarem-se e tornarem-se esféricas. Por serem detritívoros, atuam no processo de ciclagem dos nutrientes.
→ Curiosidades sobre os crustáceos
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Os crustáceos são os únicos artrópodes com dois pares de antenas.
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Apresentam tamanhos variáveis, possuindo representantes microscópicos até espécies de grandes proporções, como é o caso do caranguejo-aranha-japonês, que pode atingir até quatro metros de envergadura.
O caranguejo-gigante-japonês apresenta uma envergadura de quatro metros.
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Em alguns crustáceos, os espermatozoides, como camarões e lagostas, não possuem flagelo, sendo incapazes de locomoverem-se (imóveis).
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Caranguejos-ermitões não possuem conchas próprias e necessitam de conchas de moluscos para sua proteção.
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As cracas não eram consideradas crustáceos até o ano de 1800.
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Entre os crustáceos mais pesados, destacam-se as lagostas americanas, que podem pesar até 20 quilos.
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Camarões que vivem em grandes profundidades apresentam órgãos produtores de bioluminescência, ou seja, capazes de produzir luz.
Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos