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Formados sempre nas águas dos oceanos, os furacões são ciclones tropicais, assim como os tufões. A origem desses fenômenos meteorológicos é a mesma das chuvas. No entanto, os furacões podem durar até uma semana e, quando alcançam o litoral, causam grande destruição, com ventos que ultrapassam os 200 km/h.
A grande diferença entre os tufões e os furacões são os locais onde são formados. O primeiro é formado, geralmente, no Oceano Pacífico Noroeste e costuma atingir o sul da Ásia. Os furacões podem ser formados no Atlântico Norte, Pacífico Nordeste e no Pacífico Sul, podendo afetar as Américas, especialmente a do Norte.
Para entender como esses fenômenos ocorrem, é necessário compreender a origem das chuvas, que se dá em dois estágios: primeiro, a vaporização das águas; depois, a condensação desse vapor, caindo novamente em forma de água. Quando isso ocorre nas águas quentes do oceano, com temperatura acima dos 27ºC, furacões podem ser formados.
Veja também: como são escolhidos os nomes dos furacões e tufões
Em geral, esse aquecimento das águas acontece em zonas tropicais, isto é, entre os Trópicos de Câncer e Capricórnio, por isso, o fenômeno é classificado como ciclone tropical. Nessas latitudes, a água transforma-se em vapor e sobe aquecida do oceano para as nuvens, deixando a região atmosférica, próxima à superfície do mar, com uma pressão menor. Isso faz com que o ar frio, que possui uma pressão maior, invada o espaço desocupado pelo vapor que subiu. Com isso, o ar frio também se aquece e sobe em movimentos circulares.
Já na alta atmosfera, o ar quente esfria-se e transforma-se em nuvem, formando um sistema de nuvens e ar em movimento. O calor do oceano e da água que evapora faz com que os ventos acelerem-se cada vez mais, formando uma corrente de ar que se desloca em um movimento circular, dando a aparência de cone para o furacão.
O curioso é que, apesar da rapidez em que os ventos circulam, o “olho do furacão” fica em relativa calmaria, uma média de 30 km/h. O motivo para isso é bem simples: com ventos em sentido circular, a velocidade fica só nas paredes do tornado, deixando uma passagem livre no centro.
Outro fato interessante é que, no Hemisfério Sul, os furacões movimentam-se no sentido horário; mas, no Hemisfério Norte, no sentido anti-horário. Esse fato ocorre por causa da movimentação do ar que se concentra em direções diferentes.
Tópicos deste artigo
Devastação
A destruição começa quando os ventos avançam pelo litoral. Os furacões costumam destruir prédios, arrastar carros e arrancar árvores, mas tudo depende da velocidade dos ventos. A escala Saffir-Simpson classifica os furacões em cinco categorias. A Categoria 1 agrupa os furacões com ventos de 118 km/h a 153 km/h; já a Categoria 5 reúne furacões com ventos acima de 250 km/h.
Muitos furacões perdem força ao atingir áreas com águas frias e não chegam a ter contato com o continente. Aqueles que encontram a costa tendem a perder velocidade à medida que se deslocam para o interior.
Vários furacões ou tufões devastaram cidades e zonas rurais, deixando um rastro de destruição e desespero por onde passaram. Entre os mais conhecidos o Irma, em 2017, Matthew, em 2016, Patrícia, em 2015, o Hayan, em 2013, o Katrina e o Wilma, em 2005, Sandy, em 2002, e o Audrey, em 1957, para citar alguns.
Apesar de serem comuns nas Américas Central e do Norte, os furacões já atingiram algumas regiões da América do Sul, como o Catarina, que, em 2004, causou destruição no sul do Brasil.
Tornado e Furacão
Vale lembrar que furacão e tornado são fenômenos diferentes, pois o primeiro tem origem no oceano e o segundo, geralmente, na terra. Além disso, um tornado pode ser percebido inteiramente a olho nu, enquanto os furacões são grandes demais para isso.