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A epilepsia é um distúrbio de saúde grave que afeta diretamente a qualidade de vida do portador. Essa doença apresenta uma prevalência em torno de 0,5% a 1,0% da população, e a incidência das crises é maior no primeiro ano de vida e após os 60 anos de idade, apesar de poder ocorrer em qualquer idade.
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Tópicos deste artigo
- 1 - O que é a epilepsia?
- 2 - Quais são os tipos de crises epilépticas?
- 3 - Quais são os sintomas da epilepsia?
- 4 - Como é feito o diagnóstico de epilepsia?
- 5 - Existe tratamento para a epilepsia?
- 6 - O que é possível fazer para ajudar uma pessoa em crise?
O que é a epilepsia?
A epilepsia é uma doença cerebral crônica relacionada com uma alteração reversível e temporária no funcionamento do cérebro, desencadeada por descargas elétricas anormais nos neurônios cerebrais. Sua principal característica é a recorrência de crises epiléticas não provocadas. A crise não provocada é aquela que não foi desencadeada por traumatismos, febre e alterações hidroeletrolíticas, por exemplo.
Quais são os tipos de crises epilépticas?
As crises epilépticas costumam ser classificadas em dois grandes grupos:
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Generalizadas: apresentam como característica o envolvimento dos dois hemisférios cerebrais ao mesmo tempo. Normalmente, essas crises são determinadas geneticamente e são acompanhadas de quadros de alteração consciência. Quando apresentam manifestações motoras, estas sempre são bilaterais.
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Focais: nesse tipo de epilepsia, as crises apresentam o seu início em uma área específica do cérebro, ficando restritas a um hemisfério cerebral. Sendo assim, sua manifestação está diretamente ligada ao local em que a crise se iniciou. Essas crises podem ainda ser classificadas em simples, quando não há perda de consciência, e em complexas, quando ocorre perda de consciência.
Vale salientar que uma epilepsia focal pode ter o estímulo propagado para todo o córtex cerebral, desencadeando uma crise focal secundariamente generalizada.
Quais são os sintomas da epilepsia?
Durante uma crise epiléptica, os pacientes permanecem, em geral, como se estivessem desligados e, após o episódio, sentem-se confusos e podem ter problemas de memória. Nas chamadas crises tônico-clônicas, o paciente fica com corpo rígido, e suas extremidades tremem e contraem-se. Vale lembrar que existem outras formas de crise. Normalmente, em crises com duração de menos de cinco minutos, uma pessoa epilética não necessita de ajuda médica.
Como é feito o diagnóstico de epilepsia?
O diagnóstico de epilepsia é feito pelo entendimento da vida do paciente, analisando-se, por exemplo, quando ocorrem as crises, quais os intervalos existentes entre elas e realizando exames físicos. Para entender o histórico das crises, é importante que uma outra pessoa que já tenha presenciado o episódio descreva-o ao médico. Exames complementares ainda podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico, e o principal deles é a eletroencefalografia.
Existe tratamento para a epilepsia?
A epilepsia possui tratamento que visa melhorar a qualidade de vida do paciente, controlando a quantidade de crises com medicamentos anticonvulsivantes. Em alguns casos, é necessário o tratamento cirúrgico, que é uma alternativa para tratar as crises que não podem ser controladas.
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O que é possível fazer para ajudar uma pessoa em crise?
Inicialmente, é fundamental manter a calma, pois, de uma maneira geral, a crise dura apenas poucos minutos. Algumas recomendações são feitas, tais como:
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deixar a pessoa em local seguro;
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retirar qualquer objeto da mão do paciente, ou próximo, que possa causar ferimentos;
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manter a pessoa deitada de lado;
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afrouxar as roupas;
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se possível, colocar a cabeça do paciente sobre um travesseiro.
Além disso, é fundamental não dar nada para a pessoa beber ou cheirar durante a crise, nem tentar segurar a sua língua.
Atenção: É importante ligar para o serviço de emergência quando as crises durarem mais de cinco minutos ou se o paciente não retornar a seu estado normal de consciência.