As plaquetas são estruturas sanguíneas que, diferentemente das hemácias e leucócitos, não são células, mas, sim, fragmentos citoplasmáticos. Em média, um indivíduo adulto normal apresenta de 125.000 a 450.000 plaquetas por mm3, e cerca de 30.000 são formadas diariamente.
→ Características gerais das plaquetas
As plaquetas são fragmentos citoplasmáticos de megacariócitos produzidos na medula óssea. Por serem fragmentos, essas células não apresentam núcleo, sendo, portanto, anucleadas. Possuem um formato discoide com cerca de 2-4 μm de diâmetro e uma estrutura interna muito complexa dividida em quatro zonas: zona periférica, zona sol-gel, zona de organelas e sistema membranar.
O interior da plaqueta consegue comunicar-se com o meio externo em virtude da presença de um sistema de canais conhecido como sistema canalicular aberto. Essa comunicação é importante, pois garante a liberação de moléculas armazenadas nas plaquetas.
As plaquetas apresentam tempo de circulação no sangue bastante reduzido, demorando, em média, 10 dias para serem removidas. Esses fragmentos celulares são retirados da circulação pelas células reticuloendoteliais do fígado e baço.
→ Funções das plaquetas
As plaquetas apresentam importantes funções para a manutenção do nosso organismo. Quando ocorre, por exemplo, alguma lesão em um vaso sanguíneo, elas se aglutinam, formando um tampão, e liberam substâncias que garantem que mais plaquetas movam-se para o local. Além disso, participam da cascata de coagulação, liberando substâncias importantes que garantem a formação de um coágulo. Vale frisar que as plaquetas também possuem enzimas que contribuem para a remoção do coágulo.
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→ Anormalidades relacionadas com as plaquetas
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Plaquetopenia: Ocorre quando o paciente apresenta uma queda razoável no número normal de plaquetas. Essa análise pode ser feita após a contagem de plaquetas em uma amostra de sangue. Quando um paciente apresenta plaquetopenia, sangramentos ocorrem com maior facilidade, assim como o surgimento de manchas roxas pelo corpo. O paciente pode ainda apresentar sangue nas fezes, vômitos com sangue, dores nas articulações e músculos e apresentar fraqueza.
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Plaquetose: Ocorre quando um paciente apresenta um número elevado de plaquetas no sangue. Ela pode ser classificada, analisando-se o aumento de plaquetas, em leve, moderada, grave e extrema. Nesse último caso, o número é superior a 1.000.000 plaquetas por mm3. A plaquetose pode ser ainda classificada em primária e secundária. A primária relaciona-se com doenças mieloproliferativas (relacionadas com a produção anormal de células sanguíneas), e a secundária é desencadeada por alguma doença subjacente, como infecções e anemias.
Por Ma. Vanessa dos Santos