Os hotspots, também chamados de hotsposts de biodiversidade, podem ser definidos como áreas com grande biodiversidade, ricas principalmente em espécies endêmicas, e que apresentam alto grau de ameaça. Essas áreas são, portanto, locais que necessitam de atenção urgente, sendo consideradas prioritárias nos programas de conservação.
O termo hotspot foi usado pela primeira vez em 1988, por Norman Myers, em um artigo em que ele listava dez florestas tropicais com altos níveis de endemismo e destruição. Seu objetivo era analisar e definir as áreas com prioridade em conservação em face de sua riqueza e área devastada. Nesse trabalho, no entanto, ainda não ficou estabelecido nenhum critério quantitativo para a definição de um hotspot.
→ Critérios utilizados para definir um hotspost
Atualmente, considera-se um local como hotspot se ele obedecer a dois critérios básicos:
→ Exemplos de hotspots
A quantidade de hotspots no mundo está em constante mudança, uma vez que a cada dia os estudos na área são ampliados. Para se ter noção dessas mudanças, em 1999, considerava-se a existência de 25 hotspots; em 2005, esse número elevou-se para 34. Estima-se que esses 34 hotsposts abriguem cerca de 75% de todos os mamíferos, aves e anfíbios mais ameaçados do mundo.
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No Brasil, existem duas regiões reconhecidas como hotspots: o Cerrado e a Mata Atlântica. No Cerrado, existem mais de onze mil espécies de plantas, sendo mais de 4000 endêmicas. A fauna também é rica, com cerca de 199 espécies de mamíferos, 837 espécies de aves, 120 espécies de répteis e 150 espécies de anfíbios. Já na Mata atlântica existem 20 mil espécies de plantas, sendo oito mil endêmicas. No que diz respeito às espécies animais, existem cerca de 261 espécies de mamíferos, 1020 espécies de aves, 197 espécies de répteis e 340 de anfíbios.
Por Ma. Vanessa dos Santos