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Pré-modernismo

O pré-modernismo esteve calcado nas grandes mudanças políticas, sociais e econômicas da época em que se fez visto por meio das grandes representatividades artísticas.

Capa de uma obra do pré-modernismo – Os Sertões
Capa de uma obra do pré-modernismo – Os Sertões
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O universo literário está ligado à forma como o artista se coloca diante da realidade (seja ela histórica, política, econômica ou social) para criar suas obras. Essa forma de ver a realidade e transpô-la para o papel muitas vezes se materializa como forma de repúdio, de ruptura com moldes passadistas, e foi assim que ocorreu com os artistas que compuseram o período pré-modernista, ou seja, resolveram implantar uma literatura de cunho nacionalista, uma literatura que pudesse retratar acerca da realidade brasileira, levando em conta seus aspectos mais críticos. Esse novo posicionamento foi justamente para contrapor as ideias até então materializadas, demarcadas pelo gosto, pela adesão a tudo que era importado, haja vista que as tendências se baseavam numa cópia de tudo que se fazia presente na moda parisiense. Assim, compuseram esse cenário de “denúncia da realidade brasileira” autores de grande peso, tais como Graça Aranha, Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato, sendo que esse último se voltou mais acirradamente para as questões relativas à miséria campesina, buscando uma sociedade mais justa, o que podemos perceber bem na obra “Urupês”.

Mediante todas as informações que estarão registradas nesta subseção, você poderá perceber que a literatura pré-modernista esteve amplamente arraigada em questões políticas, demarcadas pela aliança feita entre os cafeicultores de São Paulo e os produtores de leite de Minas Gerais, o que resultou na política do café-com-leite; em questões econômicas, haja vista que com o declínio da atividade açucareira no Nordeste, tal região se manteve totalmente ao descaso dos políticos - o que ocasionou o fluxo migratório para o centro-sul do país; e também em questões sociais, pois foi uma época de muitas revoltas, provenientes da urbanização, do crescimento da classe operária e da marginalização dos escravos recém-libertados.

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Dessa forma, não é de desacreditar que as percepções advindas desse meio social eram materializadas por meio da arte, registrada no grande acervo cultural de que podemos usufruir, pois singulares foram os representantes da época alvo de nossos estudos. Assim, ao se interagir melhor com todas as informações atribuídas a tudo que se deu no pré-modernismo, fará importantes descobertas. Por essa razão não deixe de imergir nesse universo da literatura, em que a palavra tem sua vez e voz, que aqui, somente aqui, encontra-se demarcado para você, alvo principal de todos os intentos a que nos propomos.


Por Vânia Duarte
Graduada em Letras

Escritor do artigo
Escrito por: Vânia Maria do Nascimento Duarte Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. "Pré-modernismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/premodernismo.htm. Acesso em 19 de março de 2024.

Videoaulas


Lista de exercícios


Exercício 1

Assinale a alternativa que enumera apenas escritores da literatura Pré-modernista brasileira:

a) Augustos dos Anjos, Lima Barreto, Raul Pompeia;

b) Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Alcântara Machado;

c) Machado de Assim, Lima Barreto, Augusto dos Anjos;

d) Lima Barreto, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato;

e) José de Alencar, Euclides da Cunha, Oswald de Andrade.

Exercício 2

Com a obra Os Sertões (1902), Euclides da Cunha foi um escritor pré-modernista pioneiro ao aproximar a literatura e a história quando recriou literariamente o sangrento conflito da Guerra de Canudos (1897). Além de retratar os conflitos ocorridos durante o período, o autor atribuiu maior destaque a três principais aspectos:

a) A escravidão, o povo e a luta;

b) A terra, o homem e a luta;

c) O povo, a raça e a luta;

d) O homem, a luta, a guerra;

e) O sertão, o homem, a luta.

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