Tipos textuais

Tipos textuais são o conjunto de estruturas que possibilitam a construção de textos diversos.

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Os tipos textuais são o conjunto de estruturas que delimitam e possibilitam a construção de textos de diferentes gêneros textuais. Assim, os tipos textuais delimitam os gêneros textuais, produzidos conforme a mobilização de elementos estruturais e os tipos. Eles se dividem em cinco:

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Leia também: Afinal, o que é um texto?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre tipos textuais

  • São estruturas que possibilitam a construção de textos diversos.

  • São divididos em cinco tipos: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo, injuntivo.

  • Tipos textuais e gêneros textuais não são sinônimos, mas estão intimamente relacionados.

  • Delimitam os gêneros textuais, o que possibilita identificar as diferenças estruturais entre os gêneros.

Videoaula sobre tipos textuais

O que são tipos textuais?

Os tipos textuais, ou tipologias textuais, são as diferentes estruturas linguísticas mobilizadas em textos. Nesse sentido, eles definem a presença de determinados elementos estruturais em um texto, como operadores argumentativos, organizadores textuais, expressões, estruturas sintáticas, relações lógicas, tempos verbais etc. Os tipos textuais são divididos em cinco: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo, injuntivo.

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Quais são os tipos textuais?

Textos narrativos

O tipo textual narrativo se caracteriza pela presença de um enredo em que podem aparecer acontecimentos reais ou ficcionais. São diversos os textos sob essa tipologia, por isso, deve-se levar em consideração que os textos narrativos são estruturados de diferentes formas. Ainda, nesses textos, há a presença de narrador(es), personagens, tempo e espaço.

Nos mais diversos textos narrativos, é comum a presença de um narrador, mas existem romances, por exemplo, em que há mais de um. É pela perspectiva do narrador que a narrativa se desenrola, que os personagens e os acontecimentos são percebidos. Além do mais, o narrador pode ser expresso na primeira pessoa do discurso ou na terceira.

Quando ele aparece em primeira pessoa, é quem vivencia os acontecimentos no texto. Diferentemente, o narrador em terceira pessoa apenas relata o que acontece na narrativa, sem qualquer participação nos acontecimentos.

Os personagens podem ser principais (protagonista e antagonista) ou secundários (coadjuvantes). Já o tempo narrativo marca o momento em que a trama está sendo desenvolvida, podendo ser cronológico ou psicológico.

Quanto ao espaço, ele pode não só ser, a depender da narrativa, físico, como também social ou psicológico.

Textos dissertativos

O tipo textual dissertativo é aquele em que há o posicionamento do autor em defesa de um tema ou assunto. Por buscar persuadir o leitor, esse tipo textual depende da apresentação de argumentos, justificativas, conceitos, exemplos, dados, conceitos filosóficos, operadores argumentativos etc.

Estruturalmente, os textos dissertativos dividem-se em introdução, desenvolvimento e conclusão:

  1. Introdução: contextualiza-se o tema abordado no texto, e, geralmente, é quando a tese defendida é apresentada.

  2. Desenvolvimento: busca-se comprovar a tese apresentada na introdução do texto. Para isso, apresenta-se justificativas, dados, análises, argumentos, comparações, explicações detalhadas e outras diversas estratégias argumentativas que podem ser empregadas para a defesa de uma ideia.

  3. Conclusão: retoma-se os argumentos desenvolvidos, apresenta-se os resultados obtidos, reafirma-se a tese diante dos resultados encontrados, e, em casos específicos, apresenta-se possíveis soluções para os problemas analisados.

Textos descritivos

O tipo textual descritivo expõe as propriedades de seres, locais, paisagens, produtos, sensações, sentimentos etc. Nesse sentido, esse tipo busca apresentar propriedades ou características de forma detalhada.

Para o seu desenvolvimento, é comum que se utilize verbos de ligação, adjetivos, advérbios, analogias e metáforas. Esses elementos linguísticos podem contribuir, por exemplo, com a descrição pormenorizada de acontecimentos, lugares e sensações.

Além do mais, os textos de tipo descritivo podem conter descrições objetivas ou subjetivas. No primeiro caso, busca-se não apresentar juízos de valor a respeito do que está sendo descrito. Já no segundo, busca-se expor, além de características e de propriedades, avaliações do que está sendo descrito.

Textos expositivos

O tipo textual expositivo busca apresentar, expor e explicar um tema por meio de recursos específicos, como a descrição, a conceituação, a definição, a enumeração e a comparação. O tipo textual expositivo é caracterizado como informativo-expositivo, pois busca expor, sem qualquer juízo de valor, informações a respeito de um tema específico.

  • Exemplos de textos expositivos

    • dissertação expositiva;

    • resumo expositivo;

    • verbete de enciclopédia;

    • entrevista;

    • verbete de dicionário;

    • seminário;

    • conferência.

Textos injuntivos

O tipo textual injuntivo expressa ordens, instruções ou pedidos, com objetivo de que alguma ação ou atitude seja tomada pelo receptor do texto. Estruturalmente, os textos injuntivos apresentam orações com o uso de verbos no imperativo para evidenciar uma atitude ou ação a ser tomada pelo leitor.

  • Exemplos de textos injuntivos

Leia também: Textualidade — o estudo dos elementos que caracterizam um texto

Mapa mental sobre tipos textuais

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Tipos textuais x gêneros textuais

Os tipos textuais compõem, além dos objetivos, os elementos estruturantes que prevalecem em determinados textos, como classes de palavras predominantes e estruturas sintáticas empregadas. Enquanto isso, os gêneros textuais dizem respeito aos textos produzidos conforme os elementos estruturantes de um tipo textual específico.

Diante disso, destaca-se que os gêneros textuais delimitam o contexto de produção textual, a situacionalidade, a intencionalidade, os recursos linguísticos que devem ser empregados etc. Portanto, compreende-se que os tipos textuais e os gêneros textuais estão relacionados, pois os tipos delimitam e fornecem elementos estruturais aos gêneros, produzidos, por sua vez, conforme os tipos.

Mapa mental sobre os tipos textuais.
Mapa mental sobre os tipos textuais.
Escritor do artigo
Escrito por: Elivelto Cardoso e Silva Escritor oficial Brasil Escola
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SILVA, Elivelto Cardoso e. "Tipos textuais"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/tipos-textuais.htm. Acesso em 10 de dezembro de 2025.
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"Argumentação" escrito sobre fundo amarelo ao lado da imagem do professor
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Professor ao lado do texto"Tipologias Textuais".
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Professor ao lado do texto"Tipologias Textuais: Injunção".
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Lista de exercícios


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Exercício 1

(Enem)

Amor é fogo que arde sem se ver;
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
é solitário andar por entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões.

O poema pode ser considerado como um texto:

A) argumentativo.

B) narrativo.

C) épico.

D) de propaganda.

E) teatral.

Exercício 2

Analise este enunciado:

Alice é alta, bonita e tem pele escura. Seu cabelo é cacheado. Seus olhos são pretos e grandes. Seu nariz é proeminente, atrevido. Sua boca está pintada com um batom muito vermelho. E seu sorriso é misterioso e encantador. Alice caminha lentamente pelos corredores do prédio, dentro de um leve vestido estampado e sobre saltos altos.

O texto acima apresenta caráter:

A) argumentativo.

B) descritivo.

C) expositivo.

D) injuntivo.

E) narrativo.

Exercício 3

(Enem)

O jivaro

Um Sr. Matter, que fez uma viagem de exploração à América do Sul, conta a um jornal sua conversa com um índio jivaro, desses que sabem reduzir a cabeça de um morto até ela ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operações, e o índio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo.

O Sr. Matter:

― Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça de um macaco.

E o índio:

― Por que um macaco? Ele não me fez nenhum mal!

Rubem Braga.

O assunto de uma crônica pode ser uma experiência pessoal do cronista, uma informação obtida por ele ou um caso imaginário. O modo de apresentar o assunto também varia: pode ser uma descrição objetiva, uma exposição argumentativa ou uma narrativa sugestiva. Quanto à finalidade pretendida, pode-se promover uma reflexão, definir um sentimento ou tão-somente provocar o riso.

Na crônica O jivaro, escrita a partir da reportagem de um jornal, Rubem Braga se vale dos seguintes elementos:

A)Alternativa A questão 3 exercícios sobre tipos textuais.

B) Alternativa B questão 3 exercícios sobre tipos textuais.

C) Alternativa C questão 3 exercícios sobre tipos textuais.

D) Alternativa D questão 3 exercícios sobre tipos textuais.

E) Alternativa E questão 3 exercícios sobre tipos textuais.

Exercício 4

Leia este trecho da obra Ilíada:

[...]

Ali mesmo efetua o chefe Argivo

Sua ameaça; dous arautos chama,

Taltíbio e Euríbate, expeditos servos:

“Ide ao Pelides e agarrai-me a escrava;

Aliás, mais agro transe, à força aberta

A formosa Briseida eu vou tirar-lha”.

E com ríspidas ordens os despede.

O infrugífero mar cercando invitos,

Junto ao real e à capitânia quedo,

Entre os seus Mirmidões na praia o acharam.

Por certo não gostou de os ver Aquiles.

De assombro estacam, nem tugir se atrevem

Ante o herói formidável, que o percebe:

“Salve, núncios de Jove e dos guerreiros;

Sus, não vos culpo, arautos. Agamemnon

Vo-lo ordenou. Vai tu, celeste aluno,

Vai por ela, Pátroclo, e a moça levem.

Aos mortais, ao rei sevo, às divindades,

Vós mo atesteis, se for mister meu braço

A desviar dos outros a vergonha...

Que furor cego! alheio do presente,

O porvir não prevê, nem como os Dânaos

Das naus sem risco em derredor pelejem”.

[...]

HOMERO. Ilíada. Tradução de Manoel Odorico Mendes. Rio de Janeiro: Tipografia Guttemberg, 1874.

O poema de Homero é do tipo textual:

A) argumentativo.

B) descritivo.

C) expositivo.

D) injuntivo.

E) narrativo.