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Durante a Idade Média, o mundo vivia sob as égides do feudalismo. A Europa, soberana, direcionou sua economia para o campo e a Igreja a acompanhou. Quando se situava na cidade, a Igreja sofria enorme interferência da monarquia na escolha de cargos. Mas ao se voltar para o campo, a situação mudou.
Além de ser proprietária de uma vasta biblioteca, a Igreja era a instituição mais letrada da época. E, por esse fato, seus membros, que dominavam a escrita e a leitura, eram os mais preparados para ocupar cargos públicos. No entanto, a monarquia não estava nem um pouco satisfeita com a situação.
A igreja era dividida em clero secular e clero regular. O clero secular era composto, entre outros, por bispos e pelo papa. Um de seus membros mais ilustres foi São Bento de Núrsia, que mandou construir o mosteiro de Monte Cassino, localizado na Itália. Esse mosteiro ficou conhecido pelas ordens que os monges recebiam de obedecer ao seu chefe supremo, o abade. O clero regular seguia a filosofia do isolamento, era mais espiritualizado e menos materialista. Pregava a castidade, a simplicidade e a caridade.
Com a união de alguns territórios da Europa Central, no final da Idade Média, formando o Sacro Império, o Estado iniciou uma política intervencionista nas ações da Igreja. O imperador participava diretamente da escolha de membros clericais, função exclusiva de monges e presbíteros. Tal intervenção ficou conhecida como cesaropapismo e não agradava à Igreja. No século X tiveram início os movimentos contra a participação da Monarquia na administração da Igreja.
Por Demercino Júnior
Graduado em História