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A Segunda Batalha do Marne foi um conflito travado em julho de 1918 que foi decisivo na Primeira Guerra Mundial. Antecedida por um impasse prolongado e pela entrada dos Estados Unidos no conflito em 1917, a Alemanha, pressionada pela deterioração interna e pela necessidade de uma vitória rápida, lançou uma ofensiva desesperada para quebrar o impasse. O ataque alemão ao longo do rio Marne foi rapidamente contido por tropas aliadas bem-preparadas, que, em 18 de julho, lançaram uma contraofensiva massiva que rompeu as linhas inimigas e forçou a retirada alemã. Os Aliados venceram a batalha, revertendo os ganhos alemães e marcando uma virada crucial na guerra.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre a Segunda Batalha do Marne
- 2 - Antecedentes históricos da Segunda Batalha do Marne
- 3 - Causas da Segunda Batalha do Marne
- 4 - Como foi a Segunda Batalha do Marne?
- 5 - Quem venceu a Segunda Batalha do Marne?
- 6 - Consequências da Segunda Batalha do Marne
- 7 - Exercícios resolvidos sobre a Primeira Guerra Mundial
Resumo sobre a Segunda Batalha do Marne
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A Segunda Batalha do Marne foi um conflito travado em julho de 1918 que foi decisivo na Primeira Guerra Mundial.
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A Segunda Batalha do Marne ocorreu em um contexto de impasse prolongado na Primeira Guerra Mundial.
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As forças exauridas estavam entrincheiradas, e a entrada dos Estados Unidos em 1917 trouxe um novo fôlego aos Aliados, enquanto a Alemanha, após a retirada russa, planejou ofensivas decisivas para 1918.
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A necessidade desesperada da Alemanha de quebrar o impasse e forçar uma vitória decisiva antes que a força total estadunidense fosse sentida, juntamente com a deterioração interna e a pressão por uma vitória rápida, levou o alto comando alemão a planejar a ofensiva que resultou na Segunda Batalha do Marne.
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A batalha começou em 15 de julho de 1918, com um ataque alemão ao longo do rio Marne, rapidamente contido por tropas aliadas preparadas, e culminou em uma contraofensiva massiva liderada pelos Aliados em 18 de julho, que rompeu as linhas alemãs e forçou sua retirada.
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Os Aliados venceram a Segunda Batalha do Marne, revertendo os ganhos alemães com uma defesa eficaz seguida de uma poderosa contraofensiva, o que marcou uma virada crucial na Primeira Guerra Mundial e revelou o declínio das forças alemãs.
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A vitória dos Aliados iniciou uma série de ofensivas que levaram ao colapso alemão e ao fim da guerra, contribuiu para o descontentamento interno na Alemanha, fortaleceu a posição aliada nas negociações de paz e influenciou o desenvolvimento de táticas de guerra modernas.
Antecedentes históricos da Segunda Batalha do Marne
A Segunda Batalha do Marne, ocorrida entre julho e agosto de 1918, foi um dos conflitos decisivos da Primeira Guerra Mundial. Para entender os antecedentes dessa batalha, é essencial compreender o contexto mais amplo da guerra. Em 1914, as potências europeias foram arrastadas para um conflito global após o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando da Áustria. A guerra se transformou rapidamente em um impasse brutal e prolongado, com o front ocidental sendo marcado por trincheiras e batalhas sangrentas.
Em 1917, a guerra passou por uma fase de estagnação, com ambos os lados exauridos. No entanto, a entrada dos Estados Unidos na guerra em abril de 1917 trouxe um novo fôlego para os Aliados, enquanto a Revolução Russa e a subsequente retirada da Rússia do conflito permitiram que a Alemanha transferisse tropas do front oriental para o ocidental. A Alemanha, ciente de que precisava vencer antes que a força total estadunidense pudesse ser sentida, planejou uma série de ofensivas para 1918, conhecidas como Ofensivas da Primavera. As primeiras ofensivas tiveram sucesso limitado, mas exauriram ainda mais os recursos alemães.
Causas da Segunda Batalha do Marne
A principal causa da Segunda Batalha do Marne foi a necessidade desesperada da Alemanha de quebrar o impasse e forçar uma vitória decisiva antes que o impacto completo da entrada estadunidense fosse sentido. Após os fracassos das Ofensivas da Primavera, o alto comando alemão, liderado por Erich Ludendorff, planejou uma última ofensiva. O objetivo era dividir as forças aliadas e capturar Paris, forçando os Aliados a negociar um armistício em termos favoráveis à Alemanha.
Além disso, a deterioração da situação interna na Alemanha, com escassez de alimentos e crescente descontentamento entre a população, aumentou a pressão sobre os militares para alcançar uma vitória rápida. Os Aliados, por outro lado, estavam cada vez mais fortalecidos pela chegada de tropas e suprimentos estadunidenses. A coordenação e cooperação entre as forças aliadas também melhoraram, permitindo uma defesa mais eficaz contra os ataques alemães.
Como foi a Segunda Batalha do Marne?
A Segunda Batalha do Marne começou em 15 de julho de 1918, quando as forças alemãs lançaram um ataque ao longo do rio Marne. A ofensiva envolveu um bombardeio de artilharia maciço seguido por um avanço de infantaria. No entanto, os Aliados estavam bem-preparados, tendo interceptado comunicações alemãs e previsto o ataque. Tropas francesas, britânicas, americanas e italianas estavam posicionadas para defender o setor.
Os primeiros dias da batalha foram intensos, com pesadas baixas de ambos os lados. As forças alemãs conseguiram alguns avanços iniciais, mas foram rapidamente contidas pelos defensores aliados. As pontes sobre o Marne foram destruídas, impedindo a progressão das tropas alemãs e expondo-as ao fogo aliado.
Em 18 de julho, os Aliados lançaram uma contraofensiva massiva, liderada pelo general francês Ferdinand Foch. Utilizando tanques e aviões para apoiar as tropas terrestres, os Aliados conseguiram romper as linhas alemãs e forçar uma retirada. A contraofensiva foi caracterizada por ataques coordenados que visavam desorganizar e desmoralizar as forças alemãs. Nos dias seguintes, os Aliados continuaram a pressionar, recapturando território e empurrando os alemães de volta para suas posições iniciais.
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Quem venceu a Segunda Batalha do Marne?
A Segunda Batalha do Marne foi uma vitória decisiva para os Aliados. A bem-sucedida defesa inicial, seguida por uma poderosa contraofensiva, reverteu os ganhos alemães e infligiu pesadas baixas ao inimigo. A vitória dos Aliados nessa batalha marcou uma virada crucial na Primeira Guerra Mundial, mostrando que as forças alemãs estavam em declínio e que os Aliados possuíam a iniciativa.
Os alemães foram forçados a recuar e adotar uma postura defensiva, enquanto os Aliados passaram para a ofensiva contínua que duraria até o fim da guerra. O moral dos soldados alemães caiu drasticamente após a derrota, e a confiança no alto comando foi abalada. Por outro lado, a vitória no Marne impulsionou o moral dos Aliados e confirmou a eficácia da cooperação interaliada.
Consequências da Segunda Batalha do Marne
As consequências da Segunda Batalha do Marne foram profundas e de longo alcance. Em termos estratégicos, a batalha marcou o início de uma série de ofensivas aliadas que eventualmente levariam ao colapso das forças alemãs e ao fim da guerra em novembro de 1918. A perda de tropas e recursos na batalha debilitou ainda mais a capacidade alemã de continuar a luta.
Politicamente, a derrota no Marne contribuiu para o crescente descontentamento na Alemanha. A população, já sofrendo com a escassez de alimentos e recursos devido ao bloqueio naval aliado, começou a perder a confiança no governo e no alto comando militar. Movimentos de protesto e greves se tornaram mais comuns, culminando na Revolução Alemã de novembro de 1918, que levou à abdicação do Kaiser Wilhelm II e à proclamação da República de Weimar.
No campo diplomático, a vitória no Marne fortaleceu a posição dos Aliados nas negociações de paz. O Tratado de Versalhes, assinado em junho de 1919, impôs duras condições à Alemanha, incluindo reparações de guerra e a perda de territórios. As consequências econômicas e sociais desse tratado teriam impactos duradouros, contribuindo para a instabilidade política na Alemanha e, eventualmente, para a ascensão do nazismo e a eclosão da Segunda Guerra Mundial.
A Segunda Batalha do Marne também teve um impacto significativo no desenvolvimento da guerra moderna. O uso eficaz de tanques, aviões e a coordenação entre diferentes ramos das forças armadas durante a batalha serviram como um precursor para as táticas de guerra combinada que seriam refinadas e amplamente utilizadas na Segunda Guerra Mundial. A importância da mobilidade e da velocidade, demonstrada na contraofensiva aliada, influenciou o pensamento militar nas décadas seguintes.
Exercícios resolvidos sobre a Primeira Guerra Mundial
Questão 1
Durante a Primeira Guerra Mundial, a Segunda Batalha do Marne, ocorrida em julho de 1918, foi um evento decisivo que marcou o início da ofensiva final dos Aliados contra as forças alemãs. Após uma série de ofensivas frustradas conhecidas como Ofensivas da Primavera, a Alemanha lançou uma nova tentativa de quebrar o impasse e forçar uma vitória antes que o impacto completo da entrada americana fosse sentido. Esse ataque alemão foi rapidamente contido por uma defesa eficaz dos Aliados, que, em 18 de julho, lançaram uma contraofensiva massiva liderada pelo General Ferdinand Foch. Essa contraofensiva reverteu os ganhos alemães, resultando em uma vitória decisiva para os Aliados. A vitória na Segunda Batalha do Marne não só foi crucial para o desfecho da Primeira Guerra Mundial, mas também influenciou significativamente o desenvolvimento de táticas de guerra moderna.
Qual foi o impacto estratégico e político da Segunda Batalha do Marne para os Aliados e a Alemanha na Primeira Guerra Mundial?
A) Fortaleceu a posição alemã nas negociações de paz e levou ao prolongamento da guerra.
B) Permitiu aos Aliados iniciar uma série de ofensivas que levaram ao colapso alemão e aumentou o descontentamento interno na Alemanha.
C) Resultou na retirada dos Estados Unidos do conflito, enfraquecendo as forças aliadas.
D) Garantiu uma vitória decisiva para a Alemanha e consolidou seu controle sobre o território francês.
E) Teve um impacto limitado, sem influenciar significativamente o curso da guerra ou as negociações de paz.
Resolução:
Alternativa B.
A vitória dos Aliados na Segunda Batalha do Marne marcou uma virada crucial na Primeira Guerra Mundial, permitindo que eles iniciassem uma série de ofensivas que levaram ao colapso das forças alemãs. Além disso, essa derrota aumentou o descontentamento interno na Alemanha, contribuindo para a queda do regime imperial e a assinatura do Tratado de Versalhes.
Questão 2
A Segunda Batalha do Marne foi uma das batalhas mais significativas da Primeira Guerra Mundial. Em meio a um cenário de exaustão e impasse prolongado, a Alemanha, sob a liderança de Erich Ludendorff, planejou uma ofensiva decisiva em julho de 1918, visando dividir as forças aliadas e capturar Paris. No entanto, os Aliados, prevendo o ataque, estavam bem-preparados e conseguiram conter o avanço alemão, resultando em uma vitória decisiva que reverteu os ganhos alemães. Essa vitória fortaleceu a cooperação entre as forças aliadas e demonstrou a eficácia das táticas de guerra combinada, influenciando os desenvolvimentos futuros na arte da guerra.
De que maneira a Segunda Batalha do Marne influenciou o desenvolvimento das táticas militares modernas?
A) Introduziu o uso extensivo de trincheiras como a principal estratégia de defesa.
B) Demonstrou a eficácia da guerra de movimento e da utilização coordenada de diferentes ramos das forças armadas, como tanques e aviões.
C) Resultou na abolição do uso de artilharia pesada em conflitos futuros.
D) Mostrou a superioridade das táticas de cerco prolongado em relação às ofensivas rápidas.
E) Levou ao desenvolvimento de novas estratégias navais, influenciando principalmente as batalhas marítimas subsequentes.
Resolução:
Alternativa B.
A Segunda Batalha do Marne foi crucial para o desenvolvimento das táticas militares modernas, pois mostrou a eficácia da guerra de movimento e a importância da coordenação entre diferentes ramos das forças armadas, como o uso de tanques e aviões, influenciando significativamente as estratégias militares nas décadas seguintes.
Crédito de imagem
[1] Bundesarchiv / Wikimedia Commons (reprodução)
Fontes
HOBSBAWN, Eric. A Era dos Extremos: o breve século XX (1914 – 1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
HOBSBAWNS, Eric. Nações e Nacionalismo desde 1870. São Paulo: Paz e Terra, 2012.
SONDHAUS, Lawrence. A primeira guerra mundial: História Completa. São Paulo: Contexto, 2013.