PUBLICIDADE
A natureza tem capacidade de se reconstruir e refazer, no caso dos oceanos isso não é diferente, no entanto, nas últimas três décadas as águas marinhas ingressaram em um intenso processo de poluição, os níveis se elevaram de tal forma que os oceanos e mares já não conseguem se regenerar.
As águas dos oceanos e mares são contaminadas e poluídas, principalmente, pelos dejetos introduzidos pelos rios que, em sua maioria, deságuam no litoral, desse modo, a poluição pode ser emitida em grandes distâncias, porém seus reflexos são percebidos em áreas costeiras.
A poluição oceânica é oriunda principalmente de esgotos e produtos químicos e tóxicos, além do petróleo, que provocam sérios prejuízos à fauna e microfauna, como plânctons, e também ao homem.
Todos os dias os oceanos e mares recebem milhões de toneladas de substâncias poluentes, dejetos vindos de áreas centrais carregados pela água dos rios.
É grande o número de agentes poluidores das águas marinhas, como o esgoto doméstico, industrial, resíduos agrotóxicos, sem contar os lixos sólidos das mais variadas formas, como pneus, garrafas de refrigerante, latas e muitos outros tipos de materiais, que aos poucos são dispersos pelo oceano.
Quando há uma grande quantidade de poluição, as praias ficam sujas e impróprias para o lazer e a pesca, pois as águas ficam contaminadas por coliformes fecais, além de outras bactérias nocivas aos seres humanos e à fauna marinha. Outro fator é quanto à pesca, uma vez que são lançados poluentes no litoral, principalmente resíduos químicos (cloro, mercúrio, cromo e chumbo) que contaminam todo o ambiente, dessa forma, os alimentos dos peixes, por exemplo, ficam infectados e transmitem para os animais que, posteriormente, servirão de alimentos aos seres humanos, que também poderão contrair alguns males.
Recentemente, a revista científica Science propagou um panorama dos impactos provocados pela ação antrópica nos oceanos e mares do mundo, o estudo, que deu origem aos dados da divulgação, foi realizado por um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia (EUA), a partir da pesquisa foi constatado que 41% de toda área marinha já sofreu impactos.
Para elaboração da pesquisa foram usados 17 pontos, que tomaram como base diversos fatores e em variados ecossistemas marinhos, como recifes de corais, colônias de algas, plataformas continentais e oceanos profundos.
O mapa das regiões mais afetadas está localizado respectivamente na costa leste da América do Norte, no mar Mediterrâneo e no mar da China oriental e também do sul, as áreas que sofrem menos impactos estão ao redor dos polos.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia