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Economias de Aglomeração

As economias de aglomeração são estratégias das grandes e médias indústrias para dinamizar suas ações e maximizar os lucros.

Parque Industrial em Tempe, Arizona (EUA).
Parque Industrial em Tempe, Arizona (EUA).
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Entende-se por economias de aglomeração uma etapa do processo de industrialização em que ocorre a concentração da instalação de empresas produtivas ou de atividades econômicas em uma determinada região do espaço geográfico.

No processo de industrialização, os investidores procuram realizar a instalação de suas indústrias em locais estrategicamente viáveis, o mais próximo possível de matérias-primas, e que possuam um vasto mercado consumidor e mão de obra, além de uma infraestrutura adequada para o transporte de mercadorias.

Essa lógica promove uma concentração industrial tanto em âmbito local quanto em âmbito regional, o que pode reverberar diretamente na produção e transformação do espaço geográfico. Um exemplo é o processo de industrialização no Brasil, em que as vantagens produtivas direcionaram o setor secundário para a região Sudeste do país, sobretudo para a grande São Paulo. Essa concentração, no entanto, é mais pontual e não abrange todo o estado, registrando a presença de atividades industriais, principalmente, na região do ABC paulista.

Os centros industriais formados costumam receber uma ampla e dinâmica infraestrutura em termos de malha rodoviária, transportes, energia e comunicação, impulsionando o dinamismo industrial, o crescimento das cidades e o consequente aumento da oferta de força de trabalho, atraindo cada vez mais indústrias e formando as aglomerações ou economias de aglomeração. Formam-se verdadeiras manchas industriais.

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Com o passar do tempo, essa prática, de vantajosa, passa a ser mal vista pelos investidores, uma vez que o crescimento das cidades gera efeitos diretos sobre a produção industrial, como a dificuldade de transporte em função da saturação do trânsito urbano, aumento no preço dos imóveis em razão da especulação imobiliária, aumento da força sindical, entre outros fatores.

 Tal ocorrência contribui para a migração dessas indústrias para outras regiões que, além de oferecerem condições estruturalmente favoráveis, ofertam incentivos fiscais traduzidos em reduções ou isenções de impostos. Essa é a chamada fuga de indústrias, que propicia a emergência de deseconomias de aglomeração, que elevam o desemprego local e provocam um processo de emigração populacional e urbana na região afetada.

No caso brasileiro, as deseconomias de aglomeração contribuíram para uma relativa desconcentração industrial do Sudeste brasileiro, com a migração de indústrias, principalmente, para as regiões Sul e Centro-Oeste do país, embora o Sudeste ainda lidere a maior quantidade de indústrias no Brasil.

Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Rodolfo F. Alves Pena Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

PENA, Rodolfo F. Alves. "Economias de Aglomeração"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/economias-aglomeracao.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

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