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Um acidente geográfico é um termo genérico utilizado para se referir a qualquer alteração ou transformação que ocorre sobre a superfície terrestre. Portanto, dependendo do ponto de vista, qualquer forma de relevo ou composição estrutural pode ser considerada como um exemplo de acidente geográfico.
Os acidentes geográficos costumam ser divididos em dois tipos: os acidentes naturais e os acidentes artificiais. A primeira expressão refere-se aos fenômenos da natureza, como a formação de rios e lagos, a constituição de canyons ou a ocorrência de vulcanismos e terremotos. Já o segundo termo é aplicado sobre as atividades e construções humanas, como a formação de cidades, a devastação ou reconstrução de florestas, entre outros elementos.
Compreender os acidentes geográficos é compreender, assim, todas as variações existentes sobre a superfície, bem como os processos sistemáticos de transformação da dinâmica da Terra.
É interessante perceber, também, como ocorre a relação entre os acidentes naturais e os artificiais.
A construção de uma cidade, que é um acidente artificial, poder ocasionar o surgimento de acidentes naturais, como a ocorrência de processos erosivos em zonas de elevada declividade ou o assoreamento de rios. Além disso, os acidentes naturais também podem intervir diretamente sobre como o ser humano constrói o seu espaço. O surgimento do Rio Nilo pode ser considerado como um acidente geográfico natural que forneceu condições para a ocorrência de um acidente geográfico artificial, que foi a formação da civilização egípcia.
Os acidentes geográficos são a evidência da dinamicidade do planeta que, desde o seu surgimento, há mais de 4,5 bilhões de anos, sempre esteve em constante transformação.
Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia